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29/11/2013

Leitura espiritual para 29 Nov 2013

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Jo 20, 1-31

1 No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao sepulcro, de manhã, sendo ainda escuro, e viu a pedra retirada do sepulcro. 2 Correu então, e foi ter com Simão Pedro e com o outro discípulo a quem Jesus amava, e disse-lhes: «Levaram o Senhor do sepulcro e não sabemos puseram».3 Partiu, pois, Pedro com o outro discípulo e foram ao sepulcro. 4 Corriam ambos juntos, mas o outro discípulo corria mais do que Pedro e chegou primeiro ao sepulcro. 5 Tendo-se inclinado, viu os lençóis no chão, mas não entrou. 6 Chegou depois Simão Pedro, que o seguia, entrou no sepulcro e viu os lençóis postos no chão, 7 e o sudário que estivera sobre a cabeça de Jesus, que não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. 8 Entrou também, então, o outro discípulo que tinha chegado primeiro ao sepulcro. Viu e acreditou. 9 Com efeito, ainda não entendiam a Escritura, segundo a qual Ele devia ressuscitar dos mortos. 10 Depois os discípulos voltaram para casa. 11 Entretanto, Maria estava da parte de fora do sepulcro a chorar. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro 12 e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde fora posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. 13 Eles disseram-lhe: «Mulher, porque choras?». Respondeu-lhes: «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram». 14 Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus de pé, mas não sabia que era Jesus. 15 Jesus disse-lhe: «Mulher, porque choras? A quem procuras?». Ela, julgando que era o hortelão, disse-Lhe: «Senhor, se tu O levaste, diz-me onde O puseste; eu irei buscá-l'O». 16 Jesus disse-lhe: «Maria!». Ela, voltando-se, disse-Lhe em hebreu: «Rabboni!», 17 Jesus disse-lhe: «Não Me retenhas, porque ainda não subi para Meu Pai; mas vai a Meus irmãos e diz-lhes que subo para Meu Pai e vosso Pai, para Meu Deus e vosso Deus». 18 Foi Maria Madalena anunciar aos discípulos: «Vi o Senhor!», e as coisas que Ele lhe disse. 19 Chegada a tarde daquele mesmo dia, que era o primeiro da semana, e estando fechadas as portas da casa onde os discípulos se encontravam juntos, por medo dos judeus, foi Jesus, colocou-Se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!». 20 Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o lado. Os discípulos alegraram-se muito ao ver o Senhor. 21 Ele disse-lhes novamente: «A paz esteja convosco. Assim como o Pai Me enviou, também vos envio a vós». 22 Tendo dito esta palavras, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. 23 Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados, àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos». 24 Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. 25 Os outros discípulos disseram-lhe: «Vimos o Senhor!». Mas ele respondeu-lhes: «Se não vir nas Suas mãos a abertura dos cravos, se não meter a minha mão no Seu lado, não acreditarei». 26 Oito dias depois, estavam os discípulos outra vez em casa e Tomé com eles. Veio Jesus, estando as portas fechadas, colocou-Se no meio deles e disse: «A paz esteja convosco». 27 Em seguida disse a Tomé: «Mete aqui o teu dedo e vê as Minhas mãos, aproxima também a tua mão e mete-a no Meu lado; e não sejas incrédulo, mas fiel!». 28 Respondeu-Lhe Tomé: «Meu Senhor e Meu Deus!». 29 Jesus disse-lhe: «Tu acreditaste, Tomé, porque Me viste; bem-aventurados os que acreditaram sem terem visto».  30 Outros muitos prodígios fez ainda Jesus na presença de Seus discípulos, que não foram escritos neste livro. 31 Estes, porém, foram escritos a fim de que acrediteis que Jesus é o Messias, Filho de Deus, e para que, acreditando, tenhais a vida em Seu nome.


VIDA
CAPÍTULO 40.

21. Outras vezes estou de modo que nem me sinto viver, nem me parece ter vontade de morrer. Mas estou com uma tibieza e escuridão em tudo, como disse, que tenho muitas vezes, por causa de grandes trabalhos. E tendo o Senhor querido que se saibam em público estas mercês que Sua Majestade me faz, como me disse há alguns anos, que haviam de ser, isto me afligiu muito e até agora não tenho padecido pouco, como V. Mercê sabe, porque cada um o toma como lhe parece. Consolação me tem sido, todavia, o não ser por minha culpa; porque, em não o dizer senão a meus confessores ou a pessoas que eu sabia por eles que o sabiam, tenho tido grande e extremo cuidado. Não por humildade; senão porque, como tenho dito, até aos mesmos confessores me dava pesar dizê-lo.
Agora, graças a Deus, embora muito de mim murmurem com bom zelo, outros temam tratar comigo, mesmo confessar-me, e outros me digam muitas coisas, como vejo que por este meio quis o Senhor dar remédio a muitas almas (porque isto tenho eu visto claramente, e me recordo do muito que por uma só passaria o Senhor) muito pouco se me dá de tudo dó que de mim dizem.
Não sei se para isto contribuiu o ter-me Sua Majestade metido neste rincãozito tão encerrado e onde já pensei que, como de coisa morta, não haveria mais memória de mim. Mas não tem sido tanto como eu quisera; pois forçoso é ter de falar com algumas pessoas; porém, como estou onde me não vêem, parece que foi o Senhor servido de me trazer a um porto, que espero em Sua Majestade, será seguro.
[22]. Por estar já fora do mundo, e entre pouca e santa companhia olho como de alto e já bem pouco se me dá do que,digam ou se saiba. Em mais teria eu, se uma alma aproveitasse um pouquito, do que tudo quanto de mim se possa dizer. Depois que estou aqui, tem o Senhor sido servido que todos os meus desejos parem nisto. E tem-me dado como que uma espécie de sono na vida, que quase sempre me parece que estou sonhando o que vejo. Nem contentamento, nem pena, que seja muita, vejo em mim. Se algumas coisas me dão alguma pena, passa com tanta brevidade que, eu me maravilho e o sentimento que deixa é como uma coisa que se sonhou.
E isto é pura verdade, porque, embora eu depois me queira alegrar com aquele contento, ou ter pesar daquela pena, não está na minha mão; assim como não estaria na de uma pessoa discreta o ter pesar ou glória dum sonho que sonhou. É que o Senhor já despertou a minha alma daquilo que, por eu não estar mortificada e morta às coisas do mundo, me tinha feito sentimento, e Sua Majestade não quer que ela se torne a cegar.
23. Desta maneira vivo agora, Senhor e Padre meu. Suplique V. Mercê a Deus que me leve para Si ou me dê em que O sirva. Praza à Sua Majestade que isto que aqui vai escrito faça algum proveito a V. Mercê, pois, pelo pouco tempo que tenho, foi feito com trabalho. Mas ditoso trabalho, se acertei a dizer alguma coisa pela qual uma vez se louve o Senhor; que com isto me daria por paga, embora V. Mercê logo o queime.
24. Não quereria, no entanto, que o fizesse sem que isto vissem as três pessoas que V. Mercê sabe, pois são e têm sido confessores meus. E se isto vai mal, é bem que percam a boa opinião que têm de mim. Se vai bem, são bons e letrados; sei que verão de onde me vem è louvarão a Quem por mim o disse.
Sua Majestade tenha sempre a V. Mercê de Sua mão e o faça um tão grande santo que, com sua luz e espírito, alumie esta miserável, pouco humilde e muito atrevida, que ousou determinar-se a escrever coisas tão subidas. Praza ao Senhor não tenha eu nisto errado, tendo intenção e desejo de acertar e obedecer e que, por meu intermédio, se louvasse em alguma coisa ao Senhor, que é o que há muitos anos Lhe suplico. E, como me faltam para isto as obras, atrevi-me a pôr aqui por ordem esta minha desbaratada vida, embora não tenha empregado nisto mais cuidado, nem mais tempo do que tem sido preciso para escrevê-la, pondo apenas o que por mim tem passado com toda a lisura è verdade que tenho podido.
Praza ao Senhor, pois é poderoso e, se quer, pode, querer que em tudo eu acerte a fazer a Sua vontade, e não permita Sua Majestade se perca esta alma que, com tantos artifícios e maneiras, e tantas vezes, tem tirado do inferno e trazido a Si. Ámen.

J. H. S. Carta epílogo remetendo a «Vida».


1. O Espírito Santo seja sempre com V Mercê. Amen.
Não seria mau encarecer a V. Mercê este serviço para o obrigar a ter muito cuidado de me encomendar a Nosso. Senhor, pois segundo o que tenho passado em me ver descrita e trazer à memória tantas misérias, bem o poderia fazer; embora com verdade possa dizer que tenho sentido mais em escrever as mercês que o Senhor metem feito, do que as ofensas que eu fiz a Sua Majestade.
2. Eu fiz o que V Mercê me mandou em alongar-me, com a condição de que V Mercê faça o que prometeu de rasgar o que lhe parecer mal. Não tinha acabado de o ler, depois de escrito, quando V Mercê o manda buscar. Pode ser que algumas coisas vão mal declaradas e outras ditas duas vezes; porque tem sido tão pouco o tempo que tenho tido, que nem podia voltar a ver o que escrevia. Suplico a V. Mercê que o emende e mande copiar, se o tiver de mandar ao P Mestre Ávila, porque poderá ser que alguém conhecesse a letra? Eu desejo muito que se faça de modo a que ele o veja, pois com esse intento o comecei a escrever; porque, se a ele lhe parece que vou por bom caminho, ficarei muito consolada, pois já nada mais, me fica para fazer da minha parte.. Em tudo faça V. Mercê como lhe parecer e vê que está obrigado a quem assim lhe confia a sua alma.
3. A de V Mercê encomendarei eu toda a minha vida a Nosso Senhor. Por isso, dê-se pressa a servir a Sua Majestade para me fazer a mim mercê, pois V. Mercê verá, pelo que aqui vai, quão bem se emprega a vida em dar-se tudo, como V. Mercê o tem começado a fazer, a Quem tão sem medida se nos dá.
Seja Ele bendito para sempre, que eu espero em Sua misericórdia nos veremos onde V. Mercê e eu mais claramente vejamos as grandezas que fez connosco e para sempre jamais O louvaremos. Ámen.
Acabou-se este livro em Junho, do ano de 1562.

santa teresa de jesus


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