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05/09/2013

Leitura espiritual para 05 Set

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Lc 4, 33-44; 5, 1-11

33 Estava na sinagoga um homem possesso de um demónio imundo, o qual exclamou em alta voz: 34 «Deixa-nos. Que tens Tu que ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: o Santo de Deus». 35 Jesus o repreendeu, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». E o demónio, depois de o ter lançado por terra no meio de todos, saiu dele sem lhe fazer nenhum mal. 36 Todos se atemorizaram e falavam uns com os outros, dizendo: «Que é isto, Ele manda com autoridade e poder aos espíritos imundos, e estes saem?» 37 E a Sua fama ia-se espalhando por todos os lugares da região. 38 Saindo Jesus da sinagoga, entrou em casa de Simão. Ora a sogra de Simão estava com febre muito alta. Pediram-Lhe por ela. 39 Ele, inclinando-Se para ela, ordenou à febre, e a febre deixou-a. Ela, levantando-se logo, servia-os. 40 Quando foi sol-posto, todos os que tinham doentes de diversas moléstias, traziam-Lhos. E Ele, impondo as mãos sobre cada um, curava-os. 41 De muitos saíam os demónios, gritando: «Tu és o Filho de Deus». Mas Ele repreendia-os severamente e impunha-lhes silêncio, porque sabiam que Ele era o Cristo. 42 Quando se fez dia, tendo saído, foi para um lugar solitário. As multidões foram à Sua procura e, tendo-O encontrado, tentavam retê-l'O para que não se afastasse deles. 43 Mas Ele disse-lhes: «É necessário que Eu anuncie também às outras cidades a boa nova do reino de Deus, pois para isso é que fui enviado». 44 E andava pregando nas sinagogas da Judeia.
5 1 Um dia, comprimindo-se as multidões em volta d'Ele para ouvir a palavra de Deus, Jesus estava junto do lago de Genesaré. 2 Viu duas barcas acostadas à margem do lago; os pescadores tinham saído e lavavam as redes. 3 Entrando numa destas barcas, que era a de Simão, pediu-lhe que se afastasse um pouco da terra. Depois, estando sentado, ensinava o povo desde a barca. 4 Quando acabou de falar, disse a Simão: «Faz-te ao largo, e lançai as redes para pescar». 5 Respondeu-Lhe Simão: «Mestre, tendo trabalhado toda a noite, não apanhámos nada; porém, sobre a Tua palavra, lançarei as redes». 6 Tendo feito isto, apanharam tão grande quantidade de peixes, que as redes se rompiam. 7 Então fizeram sinal aos companheiros, que estavam na outra barca, para que os viessem ajudar. Vieram e encheram tanto ambas as barcas, que quase se afundavam. 8 Simão Pedro, vendo isto, lançou-se aos pés de Jesus, dizendo: «Afasta-Te de mim, Senhor, pois eu sou um homem pecador». 9 Porque, tanto ele como todos os que se encontravam com ele, ficaram possuidos de espanto, por causa da pesca que tinham feito. 10 O mesmo tinha acontecido a Tiago e a João, filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. Jesus disse a Simão: «Não tenhas medo; desta hora em diante serás pescador de homens». 11 Trazidas as barcas para terra, deixando tudo, seguiram-n'O.



CARTA ENCÍCLICA
MYSTERIUM FIDEI
DE SUA SANTIDADE PAPA PAULO VI
AOS VENERÁVEIS IRMÃOS PATRIARCAS, PRIMAZES, ARCEBISPOS, BISPOS
E A TODOS OS ORDINÁRIOS DO LUGAR
EM PAZ E COMUNHÃO COM A SÉ APOSTÓLICA
E AO CLERO E AOS FIÉIS DE TODO O MUNDO CATÓLICO
SOBRE O CULTO DA SAGRADA EUCARISTIA

…/2

O Mistério Eucarístico realiza-se no Sacrifício da Missa

26. Para comum edificação e conforto, apraz-nos, Veneráveis Irmãos, recordar a doutrina que a Igreja Católica recebeu da tradição e ensina com consenso unânime.

27. Convém recordar primeiramente aquilo que é, por assim dizer, a síntese e o ponto mais sublime desta doutrina: que no Mistério Eucarístico é representado de modo admirável o Sacrifício da Cruz, consumado uma vez para sempre no Calvário; e que nele se relembra perenemente a sua eficácia salutar na remissão dos pecados que todos os dias cometemos. 12

28. Nosso Senhor Jesus Cristo, ao instituir o Mistério Eucarístico, sancionou com o seu sangue o Novo Testamento de que é Mediador, do mesmo modo que Moisés sancionara o Velho com o sangue dos vitelos. 13 Segundo contam os Evangelistas, na última Ceia, "tomou um pão, deu graças, partiu e distribui-o a eles, dizendo, 'isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória'. E, depois de comer, fez o mesmo com o cálice, dizendo: 'Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado em favor de vós"' 14. E mandando aos Apóstolos que fizessem isto em sua memória, mostrou a vontade de que este Mistério se renovasse. Na realidade, foi o que a Igreja primitiva realizou fielmente, perseverando na doutrina dos Apóstolos e reunindo-se para celebrar o Sacrifício Eucarístico. Como testemunha São Lucas, "eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações". 15 E assim, chegavam a tal fervor, que deles se podia dizer: "A multidão dos que haviam crido era um só o coração e uma só a alma". 16

29. O Apóstolo São Paulo, que com toda a fidelidade nos transmitiu aquilo que recebera do Senhor, 17 fala claramente do sacrifício eucarístico, ao mostrar que os cristãos não podem tomar parte nos sacrifícios dos pagãos, exatamente porque já participavam da mesa do Senhor. Assim se exprime: "O cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão com o Corpo de Cristo?... Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. 18 Esta nova oblação do Novo Testamento, que Malaquias profetizara, 19 sempre a ofereceu a Igreja, ensinada pelo Senhor e pelos Apóstolos, "não só pelos pecados, penas, expiações e outras necessidades dos fiéis vivos, mas também em sufrágio dos defuntos em Cristo, ainda não de todo purificados". 20

30. Passando em silêncio outros testemunhos, queremos recordar apenas o de São Cirilo de Jerusalém. Instruindo os neófitos na fé cristã, pronunciou estas palavras memoráveis: "Depois de terminado o sacrifício espiritual, rito incruento, pedimos a Deus, sobre esta hóstia de propiciação, pela paz universal da Igreja, pela justa ordem do mundo, pelos imperadores, pelos nossos soldados e pelos aliados, pelos doentes, pelos aflitos, e todos nós rogamos por todos, em geral, quantos precisam de ajuda; oferecemos esta vítima... e depois recomendamos também os santos padres e bispos, e em conjunto todos os nossos defuntos, convencidos como estamos que esta será a maior ajuda para as almas, por quem se oferece a oração, enquanto está presente a Vítima santa que infunde o maior respeito". Confirmando o fato com o exemplo da coroa, que se tece ao imperador, para que ele conceda perdão aos exilados, o mesmo santo Doutor conclui: "Do mesmo modo também nós, oferecendo orações a Deus pelos defuntos, mesmo pecadores, não lhe tecemos uma coroa, mas oferecemos-lhe Cristo imolado pelos nossos pecados, procurando conciliar a clemência de Deus em nosso favor e em favor deles". 21 Este costume, de oferecer "o sacrifício do nosso preço" também pelos defuntos, vigorava na Igreja Romana, como testemunha Santo Agostinho, 22 que declara ser, além disso, observado por toda a Igreja, como herança recebida dos Padres. 23

31. Mas há outra coisa, que nos apraz acrescentar, por ser muito útil para aclarar o Mistério da Igreja: desempenhando esta, em união com Cristo, as funções de sacerdote e de vítima, é ela toda que oferece o Sacrifício da Missa, como também ela toda é oferecida no mesmo. Admirável doutrina, já ensinada pelos Padres, 24 exposta recentemente pelo nosso predecessor Pio XII de feliz memória, 25 que foi expressa ultimamente pelo Concílio Ecuménico Vaticano II na Constituição De Ecclesia, ao tratar do povo de Deus. 26 Muito desejamos que seja cada vez mais explicada e mais profundamente inculcada no ânimo dos féis, salva contudo a justa distinção, não só de grau, mas também de essência, entre o sacerdócio dos féis e o sacerdócio hierárquico. 27 Muito ajudou esta doutrina a alimentar a piedade eucarística e a tornar conhecida a dignidade de todos os féis, e não menos a estimular a alma para que suba até à mais alta santidade. Esta não consiste senão em pormo-nos inteiramente ao serviço da divina Majestade, com generosa oblação de nós mesmos.

32. E necessário recordar ainda a conclusão, que deriva desta doutrina, acerca da "natureza pública e social de toda e qualquer Missa". 28 Toda a Missa, ainda que celebrada privadamente por um sacerdote, não é acção privada, mas acção de Cristo e da Igreja. Esta, no sacrifício que oferece, aprende a oferecer-se a si mesma como sacrifício universal, e aplica, pela salvação do mundo inteiro, a única e infinita eficácia redentora do Sacrifício da Cruz. Na realidade qualquer Missa celebrada oferece-se não apenas pela salvação de alguns mas pela salvação do mundo inteiro. Donde se conclui: se muito convém que à celebração da Missa, quase por sua natureza, participe ativamente grande número de fiéis, não se deve condenar, mas sim aprovar, a Missa que um sacerdote, por justa causa e segundo as prescrições e tradições legítimas da Santa Igreja, reza privadamente, embora haja apenas um acólito para ajudar e responder; de tal Missa deriva grande abundância de graças particulares, para bem tanto do sacerdote, como do povo fiel e de toda a Igreja, e mesmo do mundo inteiro; graças estas, que não se obtêm em igual medida só por meio da sagrada Comunhão.

33. Os sacerdotes, que são mais que ninguém a nossa alegria e a nossa coroa no Senhor, lembram-se do poder que receberam do Bispo ordenante para oferecer a Deus o Sacrifício e celebrar Missas tanto pelos vivos como pelos defuntos no nome do Senhor. 29 Recomendamos-lhes com paternal insistência que celebrem todos os dias com dignidade e devoção, a fim de que, eles mesmos e os outros cristãos em geral, beneficiem da aplicação dos frutos copiosos que provêm do Sacrifício da Cruz. Deste modo, contribuirão muito para a salvação do género humano.

No sacrifício da missa Cristo torna-se presente sacramentalmente

34. O pouco, que a propósito do Sacrifício da Missa expusemos, leva-nos a dizer também alguma coisa do Sacramento da Eucaristia. Um e outro, Sacrifício e Sacramento, fazem parte do mesmo Mistério, tanto que não é possível separar um do outro. O Senhor imola-se de modo incruento no Sacrifício da Missa, que representa o Sacrifício da Cruz e lhe aplica a eficácia salutar, no momento em que, pelas palavras da consagração, começa a estar sacramentalmente presente, como alimento espiritual dos féis, sob as espécies de pão e de vinho.

35. Bem sabemos todos que vários são os modos da presença de Cristo na sua Igreja. Esta verdade muito consoladora, que a Constituição da Sagrada Liturgia expôs brevemente, 30 é útil que a lembremos com mais demora. Cristo está presente à sua Igreja enquanto esta ora, sendo Ele quem "roga por nós, roga em nós e por nós é rogado; roga por nós como nosso Sacerdote; roga em nós como nossa Cabeça; é rogado por nós como nosso Deus". 31 Ele mesmo prometeu: "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles". 32 Ele está presente na sua Igreja enquanto ela pratica as obras de misericórdia; isto não só porque, quando nós fazemos algum bem a um dos seus irmãos mais humildes, o fazemos ao mesmo Cristo, 33 mas também porque Cristo é quem faz estas obras por meio da sua Igreja, não deixando nunca de socorrer os homens com a sua divina caridade. Está presente à sua Igreja enquanto esta peregrina e anseia por chegar ao porto da vida eterna: habita nos nossos corações por meio da fé, 34 e neles difunde a caridade por meio da acção do Espírito Santo, que nos dá. 35

36. De outro modo, também verdadeiríssimo, Cristo está presente à sua Igreja enquanto ela prega, sendo o Evangelho, assim anunciado, Palavra de Deus, que é anunciada em nome de Cristo, Verbo de Deus Encarnado, e com a sua autoridade e assistência, para que haja "um só rebanho, cuja segurança virá de ser um só o pastor". 36

37. Está presente à sua Igreja, enquanto esta dirige e governa o povo de Deus, porque de Cristo deriva o poder sagrado, e Cristo, "Pastor dos Pastores", assiste os Pastores que o exercem, 37 segundo a promessa feita aos Apóstolos: "Eu estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos". 38

38. Além disso, de modo ainda mais sublime, está Cristo presente à sua Igreja enquanto esta, em seu nome, celebra o Sacrifício da Missa e administra os Sacramentos. Quanto à presença de Cristo na oferta do Sacrifício da Missa, apraz-nos recordar o que São João Crisóstomo, cheio de admiração, diz com verdade e eloquência: "Quero acrescentar uma coisa verdadeiramente estupenda, mas não vos espanteis nem vos perturbeis. Que coisa é? A oblação é a mesma, seja quem for o oferente, chame-se ele Pedro ou Paulo; é a mesma que Jesus Cristo confiou aos discípulos e agora realizam os sacerdotes: esta última não é menor que a primeira, porque não são os homens que a tornam santa, mas Aquele que a santificou. Como as palavras pronunciadas por Deus são exatamente as mesmas que agora diz o sacerdote, assim a oblação é também a mesma". 39

39. E ninguém ignora serem os Sacramentos ações de Cristo, que os administra por meio dos homens. Por isso, são santos por si mesmos e, quando tocam nos corpos, infundem, por virtude de Cristo, a graça nas almas.

40. Estas várias maneiras de presença enchem o espírito de assombro e levam-nos a contemplar o Mistério da Igreja. Outra é, contudo, e verdadeiramente sublime, a presença de Cristo na sua Igreja pelo Sacramento da Eucaristia. Por causa dela, é este Sacramento, comparado com os outros, "mais suave para a devoção, mais belo para a inteligência, mais santo pelo que encerra"; 40 contém, de fato, o próprio Cristo e é "como que a perfeição da vida espiritual e o fim de todos os Sacramentos". 41

41. Esta presença chama-se "real", não por exclusão como se as outras não fossem "reais", mas por antonomásia porque é substancial, quer dizer, por ela está presente, de fato, Cristo completo, Deus e homem. 42 Erro seria, portanto, explicar esta maneira de presença imaginando uma natureza "pneumática", como lhe chamam, do corpo de Cristo, natureza esta que estaria presente em toda a parte; ou reduzindo a presença a puro simbolismo, como se tão augusto Sacramento consistisse apenas num sinal eficaz "da presença espiritual de Cristo e da sua íntima união com os féis, membros do Corpo Místico". 43

42. E certo que do simbolismo eucarístico, especialmente em relação com a unidade da Igreja, muito trataram os Padres e os Doutores Escolásticos, cuja doutrina resumiu o Concílio de Trento, ensinando que o nosso Salvador deixou a Eucaristia à sua Igreja "como símbolo... da unidade desta e da caridade que Ele quis unisse intimamente todos os cristãos uns com os outros", "mais ainda, como símbolo daquele corpo único, de que Ele é a Cabeça". 44

43. Logo nos primórdios da literatura cristã, assim escrevia o autor desconhecido da "Didaché ou Doutrina dos doze Apóstolos": "Quanto à Eucaristia, dai graças deste modo: ...como este pão, agora partido, estava antes disperso pelos montes, mas, ao ser reunido, se tornou um só, do mesmo modo se reúna a tua Igreja, dos confins da terra, no teu reino". 45

44. Escreve igualmente São Cipriano, ao defender a unidade da Igreja contra o cisma: "Por fim, os mesmos Sacrifícios do Senhor põem em evidência a unanimidade dos cristãos, cimentada em caridade firme e indivisível. Pois, quando o Senhor chama seu Corpo ao pão, composto de muitos grãos juntos, indica o nosso povo reunido, por Ele sustentado; e quando chama seu Sangue ao vinho, espremido de muitos cachos e bagos, reduzidos à unidade, indica de maneira semelhante o nosso rebanho, composto de uma multidão reduzida à unidade". 46

45. Antes que ninguém, já o dissera o Apóstolo São Paulo, dirigindo-se aos coríntios: "Nós, embora muitos, somos um só corpo, visto que todos participamos desse único pão". 47

46. O simbolismo eucarístico, se nos faz compreender bem o efeito próprio do Sacramento, que é a unidade do Corpo Místico, não explica todavia nem exprime a natureza que distingue este Sacramento dos outros. A instrução dada constantemente pela Igreja aos catecúmenos, o sentido do povo cristão, a doutrina definida pelo Concílio Tridentino e as mesmas palavras que usou Cristo, ao instituir a sagrada Eucaristia, vão mais longe: obrigam-nos a professar "que a Eucaristia é a Carne do nosso Salvador Jesus Cristo, a qual sofreu pelos nossos pecados e foi ressuscitada pelo Pai na sua benignidade". 48 Às palavras do mártir Santo Inácio apraz-nos acrescentar as de Teodoro de Mopsuéstia, neste particular testemunha fiel da crença da Igreja: "O Senhor não disse: Isto é o símbolo do meu Corpo e isto é o símbolo do meu Sangue, mas, Isto é o meu Corpo e o meu Sangue, ensinando-nos a não considerar a natureza visível que os sentidos atingem, mas a (crer) que ela pela acção da graça se mudou em carne e sangue". 49

47. 0 Concílio Tridentino, baseando-se nesta fé da Igreja, "afirma clara e simplesmente que, no augusto Sacramento da santa Eucaristia, depois da consagração do pão e do vinho, Nosso Senhor Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, está presente verdadeira, real e substancialmente, sob a aparência destas realidades sensíveis". Portanto, o nosso Salvador, está presente com a sua humanidade não só à direita do Pai, segundo o modo de existir natural, mas também no Sacramento da Eucaristia "segundo um modo de existir, que nós, com palavras mal conseguimos exprimir, mas com a inteligência iluminada pela fé podemos reconhecer como possível a Deus, e que devemos aceitar firmissimamente como real". 50

(Revisão da tradução portuguesa por ama)
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Notas:
12 Cf. Conc. Tr id., Doctrina de Ss. Missa e Sacrificio , c. 1.
13 Cf. Ex 24, 8.
14 Lc 22,19-20; Cf. Mt 26,26-29; Mc 14,22-24.
15 At 2,42.
16 At 4,32.
17 1 Cor 11,23.
18 1 Cor 10,16.
19Cf. Ml 1,11.
20 Conc.Trid., Doctrina de Ss. Missae Sacrificio, c. 2.
21 Catech. 23 (mist. 5), 8,18; PG 33,1116.
22 Confess. IX,12, 32; PL 32, 777; Cf. ibid. 9,11, 27; PL 32, 775.
23 Cf. Serm.172, 2; PL 38, 936; Cf. De Cura gerenda pro mortuis, 13; PL 40, 34. 593.
24 Cf. Santo Agostinho, De civit. Dei, X, 6; PL 41, 284.
25 Cf. Carta Enc. Mediator Dei; AAS 39,1947, p. 552.
26 Cf. Const. Dogm. Lumen Gentium, c. 2, n.11; AAS 57,1965, p.15.
27 Cf. ibid, c. 2, n.10; AAS 57,1965, p.14.
28 Const. De sacra Liturgia,, c. 1, n. 27; AAS 56,1964, p.107.
29 Cf. Pontif. Rom.
30 Cf. AAS 56,1964, pp.100-101.
31 Santo Agostinho, In Ps. 81,1; PL 37,1081.
32 Mt 18,20.
33 Cf. Mt 25,40.
34 Cf. Ef 3,17.
35Cf. Rm 5,5.
36 Santo Agostinho, Contra Litt. Petiliani, 3,10, 43, 353.
37 Santo Agostinho, In Ps. 86, 3; PL 37,1102.
38 Mt 28,20.
39 In Epist. 2. ad Tim., hom. 2,4; PG 62,612.
40 Egídio Rom., Theoremata de Corpore Christi, theor. 50; Venetiae 1521, p. 127.
41 Santo Tomás, Summa Theol. III, q. 73, a. 3 c.
42 Cf. Conc.Trid., Decr. De SS. Euchar, c.3.
43 Pio XII, Carta Enc. Humani Generis; AAS 42,1950, p. 578.
44 Decr. De SS. Euchar., Proem. e c. 2.
45 Didaquê, 9,1; Funk, Patres Apostolici, l, 20.
46 Epist. ad Magnum, 6; PL 3,1189.
47 1 Cor 10,17.
48 Santo Inácio M., Epist. ad Smyrn., 7,1; PG 5, 713.
49 In Matth. Comm., c. 26; PG 66, 714.
50 Decr. De Ss. Euchar., c. 1.


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