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23/08/2013

Leitura espiritual para 23 Ago

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.

Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mc 15, 1-22

1 Logo pela manhã, os príncipes dos sacerdotes tiveram conselho com os anciãos, os escribas e todo o Sinédrio. Manietando Jesus, O levaram e entregaram a Pilatos. 2 Pilatos perguntou-Lhe: «Tu és o Rei dos Judeus?». Ele respondeu: «Tu o dizes». 3 Os príncipes dos sacerdotes acusavam-n'O de muitas coisas .4 Pilatos interrogou-O novamente: «Não respondes coisa alguma? Vê de quantas coisas Te acusam». 5 Mas Jesus não respondeu mais nada, de forma que Pilatos estava admirado. 6 Ora ele costumava, pela Páscoa, soltar-lhes um dos presos que eles pedissem. 7 Havia um, chamado Barrabás -  que estava preso com outros sediciosos - que, num motim, tinha cometido um homicídio. 8 Juntando-se o povo começou a pedir o indulto que sempre lhes concedia. 9 Pilatos respondeu-lhes: «Quereis que vos solte o Rei dos Judeus?».10 Porque sabia que os príncipes dos sacerdotes O tinham entregue por inveja. 11 Porém, os príncipes dos sacerdotes incitaram o povo a que pedisse antes a liberdade de Barrabás. 12 Pilatos falando outra vez, disse-lhes: «Que hei-de fazer, então, d'Aquele que vós chamais o Rei dos Judeus?». 13 Eles tornaram a gritar: «Crucifica-O!». 14 Pilatos, porém, dizia-lhes: «Que mal fez Ele?». Mas eles cada vez gritavam mais: «Crucifica-O!». 15 Então Pilatos, querendo satisfazer o povo, soltou-lhes Barrabás. Depois de fazer açoitar Jesus, entregou-O para ser crucificado. 16 Os soldados conduziram-n'O ao interior do átrio, isto é, o Pretório, e ali juntaram toda a coorte. 17 Revestiram-n'O de púrpura e cingiram-Lhe a cabeça com uma coroa entretecida de espinhos. 18 E começaram a saudá-l'O: «Salve, Rei dos Judeus!». 19 E davam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe no rosto, e, pondo-se de joelhos, faziam-Lhe reverências. 20 Depois de O terem escarnecido, despojaram-n'O da púrpura, vestiram-Lhe os Seus vestidos e levaram-n'O para O crucificar. 21 Obrigaram um certo homem que ia a passar, Simão de Cirene, que vinha do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a levar a cruz. 22 Conduziram-n'O ao lugar do Gólgota, que quer dizer lugar do Crânio.



JESUS CRISTO NOSSO SALVADOR

Iniciação à Cristologia

SEGUNDA PARTE
A OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO

Capítulo X

A PAIXÃO E MORTE DE CRISTO E A NOSSA REDENÇÃO

6. A contemplação da Paixão de Cristo

    A contemplação da Paixão de Cristo fez muitos santos. Oxalá seja também este o nosso caso! Oxalá possamos parecer-nos com são Paulo, que dizia: «Não me gloriei entre vós de saber outra coisa senão a Jesus Cristo, e a este, crucificado» (1 Cor 2,2).
    Para isto temos de juntar a piedade com a doutrina; temos de meditar atentamente e com carinho esses acontecimentos de modo que nos interpelem pessoalmente, sabendo que Jesus, durante a sua vida e a sua Paixão nos tinha presentes e nos amava a todos; por cada um de nós ofereceu-se e padeceu esses sofrimentos: «o Filho de Deus amou-me e entregou-se a si mesmo por mim’ (Gal 2,20)» [i]
    Deste modo, a contemplação da Paixão de Cristo move-nos a amá-lo, já que Ele nos deu provas da verdade e da grandeza do seu amor: «Ninguém tem maior amor que o de dar a sua vida pelos seus amigos» (Jo 15,13). E amor com amor se paga.
    Por isso mesmo a contrição, a conversão movem-nos a evitar o pecado, já que apreciamos mais claramente a malícia do pecado e o que lhe custámos: «Fostes comprados mediante um preço; glorificai, portanto, a Deus no vosso corpo» (1Cor 6,20; Pd 1,18-19).
    Também nos move ao desagravo, pois assim como fomos causa do seu pesar (pois Ele via-nos em Getsémani e no Calvário) também podemos ser-lhe causa de algum consolo com a nossa boa conduta.
    A Paixão de Cristo move-nos a segui-lo e a emita-lo: «Cristo padeceu por vós, dando-vos exemplo para que sigais as suas pegadas» (1 Pd 2,21). Com efeito, Jesus é exemplo de caridade (cf. Jo 15,13), de fortaleza e paciência, de humildade e obediência (cf. Fil 2,7-8), assim como de toda a virtude.
    A contemplação da Paixão de Cristo também nos move à generosidade para abraçar a vontade de Deus, ainda que por vezes suponha carregar com a cruz. Para seguir Cristo não há outro caminho: «Se alguém quer vir após mim negue-se a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia e siga-me» (Lc 9,23).
    A paixão de Cristo ensina-nos o sentido da dor e do sofrimento, pois Ele chegou à glória através da sua Paixão: «Não era mister que Cristo padecesse tudo isto, e entrasse assim na sua glória?» (Lc 24,26). Desta forma ensinava-nos que «é necessário que passemos por muitas tribulações para entrar no reino de Deus» (Act 14,21). Jesus não eliminou os nossos sofrimentos nem nos evita a morte, mas transformou todas essas penalidades: agora os nossos sofrimentos não são uma simples pena do pecado, mas sim servem de purificação e de mérito, são participação da sua cruz e da sua obra redentora, são caminho da salvação e da verdadeira vida.

Capítulo XI

A GLORIFICAÇÃO DE CRISTO E O SEU VALOR SALVÍFICO

    A pregação dos Apóstolos sobre Jesus não termina na sua Morte, mas na sua exaltação a partir da sua ressurreição dentre os mortos. Por exemplo, São Paulo escreve aos coríntios como um resumo essencial dos seus ensinamentos: «Transmiti-vos, em primeiro lugar, o que por minha vez recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; que foi sepultado e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as escrituras; que apareceu a Cefas e depois aos Doze» (1 Cor 15,3-4).

1. A Ressurreição de Cristo, acontecimento histórico e transcendente

a) Teorias que negam a realidade histórica da Ressurreição

    Para o racionalismo só são «históricos» aqueles acontecimentos cujas causas e efeitos são intra-mundanos e comprováveis pela experiência. E, de acordo com essa mentalidade, a crítica histórica rejeitou como mito não histórico o facto da Ressurreição de Cristo. Segundo esses autores, na mente dos discípulos foi-se abrindo, pouco a pouco, a crença na Ressurreição, que realmente nunca aconteceu: foi a fé em Jesus que criou a ideia da Ressurreição (que seria um «produto da fé ou da credulidade da primeira comunidade cristã), e não a Ressurreição de Cristo que a fé n’Ele engendrou.
Em concreto, para uns, o mito da Ressurreição de Cristo seria uma expressão simbólica da crença em Cristo como Salvador, isto é, expressão da fé no valor redentor da sua Paixão, o que teria sido confirmado por Deus ressuscitando-o. Para outros, seria um modo figurado de expressar a experiência subjectiva e interior da visão de Cristo que alguns cristãos tiveram (como São Paulo no episódio da sua conversão no caminho de Damasco) que se interpretaram como aparições externas e reais. E para outros, seria o modo figurado de figurar a sobrevivência do influxo da memória de Cristo nos seus discípulos. Assim, chegam a conceder que Cristo ressuscitou «na fé dos discípulos» [ii].
    Por outro lado, há outros autores, também católicos, que ainda que aceitando a verdade da Ressurreição, a qualificam como acontecimento «ahistórico» ou «metahistórico», e não propriamente «histórico». Mas empregando essa terminologia – ainda que afirmem o facto da Ressurreição – existe o risco de negar o seu carácter real, já que na linguagem usual o que não é histórico não se pode dizer que tenha ocorrido verdadeiramente.

b) A revelação afirma indubitavelmente a realidade histórica da Ressurreição

    A Escritura insiste de muitas formas na realidade da Ressurreição; p. ex. «O Senhor ressuscitou realmente e apareceu a Simão!» 8Lc 24,34). Da mesma forma a Tradição repete que Jesus ressuscitou verdadeiramente, de modo paralelo como afirma que nasceu verdadeiramente de Maria Virgem, e morreu verdadeiramente na cruz.
    A Ressurreição de Cristo é um acontecimento real verificado numa circunstância precisa de lugar e de tempo, que teve manifestações historicamente comprovadas por testemunhos fiáveis que no-lo transmitiram, e que teve os sinais suficientes para poder afirmar que verdadeiramente sucedeu. Por isso goza pelo menos da mesma historicidade que qualquer outro acontecimento real acontecido no passado.

    O sinal do sepulcro vazio. A ausência do corpo de Cristo no sepulcro não é em si prova directa da Ressurreição, pois poderia explicar-se de outro modo (cf. Jo 20,13; Mt 28,11-15). Apesar disso, o sepulcro vazio constitui um sinal essencial e necessário para poder comprovar que realmente tinha ressuscitado. O sepulcro vazio e as mortalhas no solo preparam os discípulos para o reconhecimento do facto da Ressurreição, como sucedeu em primeiro lugar com as santas mulheres e depois com Pedro.

    A comprovação da Ressurreição pelas aparições de Jesus ressuscitado. O próprio Jesus, ao qual tinham visto morto, manifestou-se vivo e glorioso aos seus (a sua Mãe, a Maria de Magadala e às santas mulheres; a Pedro; aos dois de Emaús; aos discípulos no cenáculo; outra aparição aos oito dias com Tomé, etc.
    Com as aparições deu-lhes provas concludentes da verdade da sua Ressurreição: que vive verdadeiramente; que o seu corpo é verdadeiro, de carne e osso, e não um espírito; e que é Ele mesmo, o que tinha sido crucificado (continua levando as marcas da sua Paixão: (cf. Lc 24,40; Jo 20,20.27). Realmente Cristo voltou á vida: surrexit Dominus vere!

c) A fé na Ressurreição não procede da credulidade dos apóstolos, mas sim da experiência directa da realidade de Jesus ressuscitado

    «Ante estes testemunhos é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física, e não a reconhecer como um facto histórico. Sabemos pelos acontecimentos que a fé dos discípulos foi submetida à prova radical da Paixão e da Morte na cruz do seu Mestre (…) Os Evangelhos, longe de nos mostrar uma comunidade arrebatada por uma exaltação mística, apresentam-nos os discípulos abatidos (‘a cara sombria’: Lc 24,17) e assustados (cf. Jo 20,19). Por isso não acreditaram nas santas mulheres que regressavam do sepulcro e ‘as suas palavras pareciam-lhes como desatinos’ (Lc 24,11; cf. Mc 16,11.13). Quando Jesus se manifesta aos onze na tarde de Páscoa ‘atirou-lhe à cara a sua incredulidade e a sua dureza de cabeça por não terem acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado’ (Mc 16,14)» [iii].
    Tão impossível parece este facto aos discípulos que, inclusive postos perante a realidade de Jesus ressuscitado, todavia duvidam (cf. Lc 24,38): julgam ver um espírito (cf. Lc 24,39). «Não conseguem acreditar por causa da alegria, e estavam assombrados» (Lc 24,41). Por isto a hipótese segundo a qual a Ressurreição teria sido um produto da fé (ou da credulidade, ou da sugestão) dos apóstolos não tem consistência. «pelo contrário, a sua fé na Ressurreição nasceu – sob a acção da graça divina – da experiência directa da realidade de Jesus ressuscitado» [iv].

d) A Ressurreição, além de ser um facto histórico, é também uma verdade de fé, um mistério, que transcende a história

    «Acontecimento histórico demonstrável pelo sinal do sepulcro vazio e pela realidade dos encontros dos apóstolos com Cristo Ressuscitado, nem por isso a Ressurreição pertence menos ao centro do mistério da fé naquilo que transcende e ultrapassa a história»[v]. Este facto histórico é ao mesmo tempo um mistério que transcende a história naqueles assuntos que se relacionam com a vida e a acção de Deus Uno e Trino.
    Em primeiro lugar, a Ressurreição de Cristo é objecto de fé enquanto intervenção transcendente do próprio Deus na história, enquanto é obra da Santíssima Trindade.
    Em segundo lugar, é um facto misteriosamente transcendente no que se refere à glorificação de Cristo, à perfeita participação da sua humanidade na vida divina.
    E, em terceiro lugar, é objecto de fé enquanto ao sentido e ao valor salvífico que tem para nós: Cristo ressuscitado revela-se definitivamente como nosso Deus e Senhor; Ele é o nosso Salvador que nos livra do pecado e nos comunica a vida de Deus.
    Assim, pois a Ressurreição de Cristo, que é em si mesma um facto plenamente histórico (não ahistórico» ou «metahistórico»), tem também alguns aspectos transcendentes (ou metahistóricos, se se quiser chamá-los assim) que superam a pura dimensão histórica.

Vicente Ferrer Barriendos

(trad do original castelhano por ama)

Bibliografia:
Alguns documentos do Magistério da Igreja

JOÃO PAULO II, Enc. Redemptor hominis, 1979.
JOÃO PAULO II, Catequesis sobre el Credo, em Creo en Jesucristo, Pa­labra, Madrid 1996.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Mysterium Filii Dei, 1972.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis nun­tius, 1984.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Instr. Libertatis cons­cientia, 1986.
CONGR. PARA A DOUTRINA DA FÉ, Decl. Dominus Iesus, 2000.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA, p. I, secção 2, cap. 2, nn. 422-682.
CONFERENCIA EPISCOPAL ESPANHOLA, COMISSÃO EPIS­COPAL PARA A DOUTRINA DA FÉ, Cristo presente na Igreja. Nota doutrinal sobre algumas questões cristológicas e im­plicações eclesiológicas, 1992.

Relação de abreviaturas:

Sagrada Escritura

Am                  Amos
Ap                    Apocalipse
Col                   Epístola aos Colossenses
1 Cor               Primeira Epístola aos Coríntios
2 Cor               Segunda Epístola aos Coríntios
1 Cro               Livro I das Crónicas e Paralipómenos
2 Cro               Livro II das Crónicas e Paralipómenos
Dan                  Daniel
Dt                    Deuteronómio
Ef                     Epístola aos Efésios
Ex                    Êxodo
Ez                    Ezequiel
Flp                   Epístola aos Filipenses
Gal                   Epístola aos Gálatas
Gen                 Génesis
Act                   Actos dos Apóstolos
Heb                 Epístola aos Hebreus
Is                     Isaías
Jb                    Job
Jer                   Jeremias
Jo                    Evangelho de São João
1 Jo                 Primeira Epístola de São João
2 Jo                 Segunda Epístola de São João
3 Jo                 Terceira Epístola de São João
Lc                    Evangelho de São Lucas
Lv                    Levítico
Mal                   Malaquias
Mc                   Evangelho de São Marcos
Miq                  Miqueias
Mt                    Evangelho de São Mateus
Os                    Oseias
1 Pd                 Primeira Epístola de São Pedro
2 Pd                 Segunda Epístola de São Pedro
Qo                   Livro de Qohélet (Eclesiastes)
1 Re                 Livro I dos Reis
2 Re                 Livro II dos Reis
Rom                Epístola aos Romanos
Sab                  Livro da Sabedoria
Sal                   Salmos
1 Sam              Livro I de Samuel
2 Sam              Livro II de Samuel
Tg                    Epístola de São Tiago
Sir                    Livro de Bem Sirá (Eclesiástico)
1 Tes               Primeira Epístola aos Tesalonicenses
2 Tes               Segunda Epístola aos Tesalonicenses
1 Tim               Primeira Epístola a Timóteo
1 Tim               Senda Epístola a Timóteo
Tit                    Epístola a Tito
Zc                    Zacarias

Outras siglas empregues

a.                     Artigo
Cap.                 Capítulo
CCE                  Catecismo da Igreja Católica (Cathecismus Catholicae Ecclesiae)
cf.                    Confira-se
Conc.               Concílio
Congr.             Congregação
Const.              Constituição
Decl.                Declaração
DS                   Enchiridion Symbolorum de Dezinguer-Schönmetzer
DV                   Constituição Dogmática Dei Verbum do Concílio Vaticano II
Enc.                 Encíclica
GS                   Constituição dogmática Gaudium et spes do Concílio Vaticano II
LG                    Constituição dogmática Lumen gentium do Concílio Vaticano II
p. / pp.            Página / páginas
p. ex.               Por exemplo
p.                     Pergunta
s. / ss.             Seguinte / Seguintes
S. Th.               Summa Theologiae de São Tomás de Aquino
t.                     Tomo





[i] Cf. CEC, 478.
[ii] Esta expressão é um tópico que se difundiu também entre alguns católicos. Para justificar que a Ressurreição não é um facto histórico, aduz-se frequentemente que ninguém foi testemunha ocular desse acontecimento e que nenhum evangelista o descreve: portanto, ninguém poderia dizer como sucedeu fisicamente. Este é um raciocínio tão néscio como negar a realidade histórica da morte de uma pessoa, cujo cadáver estamos contemplando, pela simples razão de não ter visto o transe da sua morte.
[iii] CCE, 643.
[iv] CCE, 644; cf. 656.
[v] CCE, 647.

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