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28/07/2013

Resumos da Fé cristã 56

TEMA 39. A oração
A oração é necessária para a vida espiritual: é a respiração que permite que a vida do espírito se desenvolva e actualize a fé na presença de Deus e do seu amor.

1. O que é a oração 1 
Há dois vocábulos para designar a relação consciente e coloquial do homem com Deus: prece e oração. A palavra “prece” provém do verbo latino precor, que significa rogar, socorrer-se de alguém, solicitando um benefício. O termo “oração” provém do substantivo latino oratio, que significa fala, discurso, linguagem.

As definições de oração, que habitualmente são dadas, costumam reflectir estas diferenças de matiz que acabamos de encontrar ao aludir à terminologia. Por exemplo, São João Damasceno considera-a como «a elevação da alma a Deus e a petição de bens convenientes» 2; enquanto que para São João Clímaco, trata-se antes de uma «conversa familiar e união do homem com Deus» 3.

A oração é absolutamente necessária para a vida espiritual. É como a respiração que permite que a vida do espírito se desenvolva. Na oração actualiza-se a fé na presença de Deus e do seu amor. Fomenta-se a esperança que leva a orientar a vida para Ele e a confiar na sua providência. E engrandece-se o coração ao responder, com o próprio amor, ao Amor divino.

Na oração, a alma, conduzida pelo Espírito Santo no mais profundo de si mesma (cf. Catecismo, 2562), une-se a Cristo, mestre, modelo e caminho de toda a oração cristã (cf. Catecismo, 2599 e seg.), e com Cristo, por Cristo e em Cristo, dirige-se a Deus Pai, participando da riqueza da vida trinitária (cf. Catecismo, 2559-2564). Daí a importância que a Liturgia tem na vida de oração e, no seu centro, a Eucaristia.

josé luis illanes

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

Bibliografía básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2558-2758.

Leituras recomendadas:

São Josemaria, Homilias «O triunfo de Cristo na humildade»; «A Eucaristia, mistério de fé e de amor»; «A Ascensão do Senhor aos céus»; «O Grande Desconhecido» e «Por Maria, a Jesus»,em Cristo que passa, 12-21, 83-94, 117-126, 127-138 y 139-149. Homilias «A intimidade com Deus»; «Vida de oração» e «Rumo à santidade», em Amigos de Deus, 142-153, 238-257, 294-316.
J. Echevarría, Itinerários de vida cristã, Diel, Lisboa 2006, pp. 105-120.
J.L. Illanes, Tratado de teología espiritual, Eunsa, Pamplona 2007, pp. 427-483.
M. Belda, Guiados por el Espíritu de Dios. Curso de Teología Espiritual, Palabra, Madrid 2006, pp. 301-338.

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Notas:
1 A Igreja professa a sua Fé no Símbolo dos Apóstolos (Primeira parte destes guiões). Celebra o Mistério, ou seja, a realidade de Deus e do seu amor a que nos abre a fé, na Liturgia sacramental (Segunda parte). Como fruto dessa celebração do Mistério os fiéis recebem uma vida nova que os leva a viver de acordo com a condição de filhos de Deus (Terceira parte). Essa comunicação da vida divina ao homem reclama ser recebida e vivida numa atitude de relação pessoal com Deus; esta relação exprime-se, desenvolve-se e potencia-se na oração (Quarta parte).
2 São João Damasceno, De fide orthodoxa, III, 24; PG 94,1090.

3 São João Clímaco, Scala paradisi, grado 28; PG 88, 1129.

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