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08/07/2013

Resumos da Fé cristã 37

TEMA 35. O sexto mandamento do Decálogo


4. A castidade no matrimónio 
A união sexual «ordena-se para o amor conjugal do homem e da mulher» (Catecismo, 2360): quer dizer, quando se «realiza de maneira verdadeiramente humana, somente se é parte integral do amor com o qual homem e mulher se empenham totalmente um para com o outro até à morte» 14.

A grandeza do acto pelo qual o homem e a mulher cooperam livremente com a acção criadora de Deus exige estritas condições morais, justamente devido à importância antropológica que possui: a capacidade de gerar uma nova vida humana chamada à eternidade. É este o motivo pelo qual o homem não deve separar voluntariamente as dimensões unitiva e procriativa do referido acto, como é o caso da contracepção 15.

Os esposos castos saberão descobrir os momentos mais adequados para viver a união corporal, de modo que reflicta sempre, em cada acto, o que o dom de si significa 16.

Diferentemente da dimensão procriadora, que se pode actualizar de modo verdadeiramente humano somente através do acto conjugal, a dimensão afectiva e unitiva própria desse acto pode e deve manifestar-se de muitos outros modos. Isto explica que, se devido a determinadas condições de saúde ou de outro tipo, os esposos não podem realizar a união conjugal, ou decidem que é preferível abster-se temporariamente (ou definitivamente em situações especialmente graves) do acto próprio do matrimónio, podem e devem continuar a actualizar esse dom de si, que faz crescer o amor verdadeiramente pessoal, do qual a união dos corpos é manifestação.

pablo requena

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 2331-2400.
Bento XVI, Enc. Deus Caritas est, 25-XII-2005, 1-18.
João Paulo II, Ex. Ap. Familiaris Consortio, 22-XI-1981.

Leituras recomendadas:
S. Josemaria, Homilia «Porque verão a Deus», em Amigos de Deus, 175-189; «O matrimonio, vocação cristã», em Cristo que Passa, 22-30.
Congregação para a Doutrina da Fé, Decl. Persona Humana, 29-XII-1975.
Congregação para a Educação Católica, Orientações educativas sobre o amor humano, 1-XI-1983.
Conselho Pontifício para a Família, Sexualidade Humana: Verdade e Significado, 8-XII-1995.
Conselho Pontifício para a Família, Lexicon de términos ambiguos y discutidos sobre familia, vida y cuestiones éticas (2003). (Tem especial interesse para os pais e educadores a entrada «Educación sexual» de Aquilino Polaino-Lorente).

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)
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Notas:
14 João Paulo II, Familiaris Consortio, 11.
15 Na fecundação artificial também se produz a ruptura entre estas dimensões próprias da sexualidade humana, como ensina claramente a Instrução Donum Vitae (1987).
16 Como ensina o Catecismo, o prazer que deriva da união conjugal é algo bom e querido por Deus (cf. Catecismo, 2362).


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