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18/05/2013

Resumos da Fé cristã



TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação 3
Baptismo 3

3. Necessidade

A catequese neotestamentária afirma categoricamente de Cristo que «não há no Céu outro nome dado aos homens pelo qual sejamos salvos». E visto que ser «baptizados em Cristo» equivale a ser «revestido de Cristo» (Gl 3, 27), devem entender-se com toda a sua força aquelas palavras de Jesus segundo as quais «quem acreditar e for baptizado será salvo; mas, quem não acreditar será condenado» (Mc 16, 16). Daqui deriva a fé da Igreja sobre a necessidade do Baptismo para a salvação.

Deve-se entender esta última afirmação segundo a cuidadosa formulação do Magistério: «O Baptismo é necessário para a salvação de todos aqueles a quem o Evangelho foi anunciado e que tiveram a possibilidade de pedir este sacramento (cf. Mc 16, 16). A Igreja não conhece outro meio a não ser o Baptismo para garantir a entrada na bem-aventurança eterna. Por isso, tem cuidado em não negligenciar a missão que recebeu do Senhor de fazer “renascer da água e do Espírito” todos os que podem ser baptizados. Deus ligou a salvação ao sacramento do Baptismo; mas Ele próprio não está prisioneiro dos seus sacramentos» (Catecismo, 1257).

Com efeito, existem situações especiais nas quais os principais frutos do Baptismo se podem adquirir sem a mediação sacramental. Mas precisamente porque não há signo sacramental, não existe a certeza da graça conferida. O que a tradição eclesial chamou Baptismo de sangue e Baptismo de desejo não são «actos recebidos», mas um conjunto de circunstâncias que concorrem num sujeito, determinando as condições para que se possa falar de salvação. Entende-se assim «a firme convicção de que aqueles que sofrem a morte por causa da fé, sem terem recebido o Baptismo, são baptizados pela sua morte por Cristo e com Cristo» (Catecismo, 1258). De modo análogo, a Igreja afirma que «todo o homem que, na ignorância do Evangelho de Cristo e da sua Igreja, procura a verdade e faz a vontade de Deus conforme o conhecimento que dela tem, pode salvar-se. Podemos supor que tais pessoas teriam desejado explicitamente o Baptismo se dele tivessem conhecido a necessidade» (Catecismo, 1260).

As situações de Baptismo de sangue e de desejo não incluem as crianças mortas sem Baptismo. A essas, «a Igreja não pode senão confiá-las à misericórdia de Deus, como o faz no rito do respectivo funeral. De facto, a grande misericórdia de Deus, “que quer que todos os homens se salvem” (1 Tm 2, 4) (...) permite-nos esperar que haja um caminho de salvação para as crianças que morrem sem Baptismo» (cf. Catecismo, 1261).

philip goyret

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 251-270.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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