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17/05/2013

Resumos da Fé cristã



TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação 2
Baptismo 2

2. A justificação e os efeitos do Baptismo

Lê-se na Epístola aos Romanos (Rm 6, 3-4): «Ou ignorais que todos nós, que fomos baptizados em Cristo Jesus, fomos baptizados na sua morte? Pelo Baptismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova». O Baptismo, que reproduz no fiel a passagem de Jesus Cristo pela Terra e a sua acção salvadora, outorga ao cristão a justificação. Para isto mesmo aponta Cl 2, 12: «Sepultados com Ele no Baptismo, foi também com Ele que fostes ressuscitados, pela fé que tendes no poder de Deus, que o ressuscitou dos mortos». Acrescente-se agora a incidência da fé que, com o rito da água, nos «revestimos de Cristo», como afirma Gl 3, 26-27: «É que todos vós sois filhos de Deus em Cristo Jesus, mediante a fé; pois todos os que fostes baptizados em Cristo, revestistes-vos de Cristo mediante a fé».

Esta realidade de justificação pelo Baptismo traduz-se em efeitos concretos na alma do cristão, que a teologia apresenta como efeitos curativos e santificantes. Os primeiros referem-se ao perdão dos pecados, como sublinha a pregação petrina: «Pedro respondeu-lhes: “Convertei-vos e peça cada um o baptismo em nome de Jesus Cristo, para a remissão dos seus pecados; recebereis, então, o dom do Espírito Santo”» (Act 2, 38). Isto inclui o pecado original e, nos adultos, todos os pecados pessoais. Ocorre também a remissão da totalidade da pena temporal e eterna. No entanto, permanecem no baptizado «certas consequências temporais do pecado, como os sofrimentos, a doença, a morte, ou as fragilidades inerentes à vida, como as fraquezas de carácter, etc., assim como uma inclinação para o pecado a que a Tradição chama concupiscência ou, metaforicamente, a “isca” ou “aguilhão” do pecado (“fomes peccati”)» (Catecismo, 1264).

O aspecto santificante consiste na efusão do Espírito Santo; com efeito, «num só Espírito, fomos todos baptizados» (1 Cor 12, 13). Porque se trata do próprio «Espírito de Cristo» (Rm 8, 9), recebemos «um Espírito que faz de vós filhos adoptivos» (Rm 8, 15), como filhos no Filho. Deus concede ao baptizado a graça santificante, as virtudes teologais e morais e os dons do Espírito Santo.

Com esta realidade de graça «o Baptismo marca o cristão com um selo espiritual indelével («charactere») da sua pertença a Cristo. Esta marca não é apagada por nenhum pecado, embora o pecado impeça o Baptismo de produzir frutos de salvação» (Catecismo, 1272).

Como fomos baptizados num só Espírito «para formar um só corpo» (1 Cor 12, 13), a incorporação em Cristo é contemporaneamente incorporação na Igreja, e nela ficamos vinculados com todos os cristãos, também com aqueles que não estão em comunhão plena com a Igreja Católica.

Finalmente, recordemos que os baptizados são «linhagem escolhida, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido em propriedade, a fim de proclamarem as maravilhas daquele que os chamou das trevas para a sua luz admirável» (1 Pe 2, 9): participam do sacerdócio comum dos fiéis, «”devem confessar diante dos homens a fé que de Deus receberam por meio da Igreja” (LG 11) e participar na actividade apostólica e missionária do povo de Deus» (Catecismo, 1270).

philip goyret

Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 251-270.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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