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16/05/2013

Resumos da Fé cristã



TEMA 18. O Baptismo e a Confirmação
O Baptismo outorga ao cristão a justificação. Com a Confirmação completa-se o património baptismal com os dons sobrenaturais da maturidade cristã.

Baptismo

1. Fundamentos bíblicos e instituição

De entre as numerosas prefigurações vetero-testamentárias do Baptismo, destaca-se o dilúvio universal, a travessia do Mar Vermelho e a circuncisão, visto se encontrarem explicitamente mencionadas no Novo Testamento ao aludirem a este sacramento (cf. 1 Pe 3, 20-21; 1 Cor 10, 1; Cl 2, 11-12). Com S. João Baptista, o ricto da água, ainda sem eficácia salvadora, une-se à preparação doutrinal, à conversão e ao desejo da graça, pilares do futuro catecumenato.

Jesus é baptizado nas águas do rio Jordão no início do Seu ministério público (cf. Mt 3, 13-17), não por necessidade, mas por solidariedade redentora. Nessa ocasião fica definitivamente indicada a água como elemento material do signo sacramental. Além disso, abrem-se os céus, desce o Espírito Santo em forma de pomba e ouve-se a voz de Deus Pai que confirma a filiação divina de Cristo: acontecimentos que revelam nos primórdios da futura Igreja o que depois se realizará sacramentalmente nos seus membros.

Depois disso, teve lugar o encontro com Nicodemos, durante o qual Jesus afirma o vínculo pneumatológico que existe entre a água baptismal e a salvação, daí a sua necessidade: «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3, 5).

O mistério pascal confere ao baptismo o seu valor salvífico. Jesus, com efeito, «já tinha falado da sua paixão, que ia sofrer em Jerusalém, como dum “baptismo” com que devia ser baptizado (Mc 10, 38; cf. Lc 12, 50). O sangue e a água que manaram do lado aberto de Jesus crucificado são tipos do Baptismo e da Eucaristia, sacramentos da vida nova» (Catecismo, 1225).

Antes de subir aos céus, o Senhor disse aos Apóstolos: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20). Este mandato é seguido fielmente a partir do Pentecostes e marca o sentido primordial da evangelização, que continua a ser actual.

Comentando estes textos, disse S. Tomás de Aquino que a instituição do Baptismo foi múltipla: no que se refere à matéria, no Baptismo de João; a sua necessidade foi afirmada em Jo 3, 5; o seu começou quando Jesus enviou os seus discípulos a pregar e a baptizar; a sua eficácia provém da Paixão; a sua difusão foi imposta em Mt 28, 19 1.

philip goyret


Bibliografia básica:

Catecismo da Igreja Católica, 1212-1321.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica 251-270.
(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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Notas:

1 Cf. S. Tomás, In IV Sent., d.3, q. 1, a. 5, sol. 2.

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