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05/04/2013

SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A comunhão dos Santos 2


1.1. A Igreja é comunhão e sociedade. Os fiéis: hierarquia, leigos e vida consagrada.

A Igreja na terra é, simultaneamente, comunhão e sociedade estruturada pelo Espírito Santo através da Palavra de Deus, dos sacramentos e dos carismas. Portanto, a sua estrutura não se pode separar da sua realidade de comunhão, não se pode sobrepor a ela nem pode entender-se como um modo de se auto-manter e auto-dirigir, depois de um primeiro período de fervor “carismático”. Os próprios sacramentos que fazem a Igreja são os que a estruturam para que, na terra, seja o sacramento universal de salvação. Concretamente, pelos sacramentos do Baptismo, Confirmação e Ordem, os fiéis participam – de formas diferentes – da missão sacerdotal de Cristo e, portanto, do seu sacerdócio. Da acção do Espírito Santo nos sacramentos, e através dos carismas, provêm as três grandes posições históricas que se encontram na Igreja: os fiéis leigos, os ministros sagrados (que receberam o sacramento da Ordem e formam a hierarquia da Igreja) e os religiosos (cf. Compêndio, 178). Todos eles têm em comum a condição de fiéis, isto é, ao serem «incorporados em Cristo pelo Baptismo, são constituídos membros do Povo de Deus. Tornados participantes, segundo a sua condição, da função sacerdotal, profética e real de Cristo, são chamados a exercer a missão confiada por Deus à Igreja. Entre eles subsiste uma verdadeira igualdade, na sua dignidade de filhos de Deus» (Compêndio, 177).

Cristo instituiu a hierarquia eclesiástica com a missão de fazer presente Cristo a todos os fiéis por meio dos sacramentos e através da pregação da Palavra de Deus com autoridade, em virtude do mandato d’Ele recebido. Os membros da hierarquia receberam também a missão de guiar o Povo de Deus (cf. Mt 28, 18-20). A hierarquia é formada pelos ministros sagrados, bispos, presbíteros e diáconos. O ministério da Igreja tem uma dimensão colegial, quer dizer, a união dos membros da hierarquia eclesiástica está ao serviço da comunhão dos fiéis. Cada bispo exerce o seu ministério como membro do colégio episcopal – que sucede ao colégio apostólico – e em união com a cabeça, que é o Papa, tornando-se participante, com ele e os outros bispos, da solicitude pela Igreja universal. Além disso, se lhe foi confiada uma igreja particular, governa-a em nome de Cristo com a autoridade que recebeu, com potestade ordinária, própria e imediata, em comunhão com toda a Igreja e sob o poder do Santo Padre. O ministério episcopal também tem um carácter pessoal, porque cada um é responsável diante de Cristo, que o chamou pessoalmente e lhe conferiu a missão ao receber o sacramento da Ordem em plenitude.

miguel de salis amaral

Bibliografia básica
Catecismo da Igreja Católica, 976-987.
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, 200-201.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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