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20/04/2013

SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A Igreja na história 12


5. A Idade Contemporânea (a partir de 1789) 2

O catolicismo no séc. XIX perdeu, em quase todas as nações, a protecção do Estado que, pelo contrário, passou a ter uma atitude adversa; e em 1870 terminou o poder temporal dos papas, com a conquista italiana dos Estados Pontifícios e a unificação da península. No entanto, ao mesmo tempo, a Igreja soube retirar vantagens desta crise para fortalecer a união de todos os católicos à volta da Santa Sé, e para se libertar das intromissões dos estados no governo interno da Igreja, actuação diferente da que sucedeu no período das monarquias confessionais da Idade Moderna. O clímax deste fenómeno foi a solene declaração, em 1870, do dogma da infalibilidade do Papa pelo Concílio Vaticano I, celebrado durante o pontificado de Pio IX (1846-1878). Além disso, neste século a vida da Igreja caracterizou-se por uma grande expansão missionária (em África, Ásia e Oceânia), por um grande florescimento de fundações de congregações religiosas femininas de vida activa e pela organização de um vasto apostolado laical.

No séc. XX, a Igreja enfrentou numerosos desafios, Pio X teve que reprimir as tendências teológicas modernistas dentro do próprio corpo eclesiástico. Estas correntes caracterizavam-se, nas suas manifestações mais radicais, por um imanentismo religioso que, embora mantivesse as formulações tradicionais da fé, na realidade as esvaziava de conteúdo. Bento XV enfrentou a tempestade da Primeira Guerra Mundial, conseguindo manter uma política de imparcialidade entre os contendores e desenvolvendo uma actividade humanitária a favor dos prisioneiros de guerra e da população afectada pela catástrofe bélica. Pio XI opôs-se aos totalitarismos de diverso tipo, que perseguiram, de um modo mais ou menos aberto, a Igreja durante o seu pontificado, o comunista na União Soviética e em Espanha, o nacional-socialista na Alemanha, o fascista em Itália, o de inspiração maçónica no México; além disso, este Papa desenvolveu uma grande promoção do clero e do episcopado local nas terras de missão africanas e asiáticas que, continuada depois pelo seu sucessor, Pio XII, permitiu à Igreja apresentar-se diante do fenómeno da descolonização como elemento autóctone e não estrangeiro.

carlo pioppi

Bibliografia básica
J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares, Milano 1989.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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