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17/04/2013

SOBRE RESUMOS DA FÉ CRISTÃ


1. A Igreja na história 9


4. A Idade Moderna (até 1789, ano do início da Revolução Francesa) 2

A Igreja Católica, embora assolada pela crise e pela defecção de tantos povos em poucos decénios, soube encontrar energias insuspeitas para reagir e começar a realizar uma verdadeira reforma; este processo histórico tomou o nome de Contra Reforma, cujo clímax é a celebração do Concílio de Trento (1545-1563), no qual se proclamaram, com clareza, algumas verdades dogmáticas postas em dúvida pelos protestantes (cânon das Escrituras, sacramentos, justificação, pecado original, etc.), e se tomaram também decisões disciplinares que robusteceram e tornaram mais compacta a Igreja (por exemplo, a instituição dos seminários e a obrigação de residência dos bispos nas respectivas dioceses). O movimento da Contra Reforma Católica pôde também valer-se da actividade de muitas ordens religiosas fundadas no séc. XVI; trata-se de iniciativas de reforma no âmbito das ordens mendicantes (capuchinhos, carmelitas descalços), ou institutos de clérigos regulares (jesuítas, teatinos, barnabitas, etc.). Assim, a Igreja saiu da crise profundamente renovada e reforçada, e pôde compensar a perda de algumas regiões europeias com uma difusão verdadeiramente universal, graças à obra missionária.

No séc. XVIII a Igreja teve que combater dois inimigos, o Regalismo e a Ilustração. O primeiro coincidiu com o desenvolvimento da monarquia absoluta; apoiados na organização de uma moderna burocracia, os soberanos dos estados europeus conseguiram instaurar um sistema de poder autocrático e total, eliminando as barreiras que se interpunham (instituições de origem medieval como o sistema feudal, os privilégios eclesiásticos, os direitos das cidades, etc.). Neste processo de centralização do poder, os monarcas católicos tenderam a invadir o âmbito de jurisdição eclesiástica, na tentativa de criar uma Igreja submetida e dócil em relação ao poder do rei; é um fenómeno que assume nomes diversos, dependendo dos estados, regalismo em Portugal e Espanha, galicanismo em França, josefismo nos territórios dos Habsburgo (Áustria, Boémia, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Croácia, Lombardia, Toscana, Bélgica), jurisdiccionalismo em Nápoles e Parma. Este fenómeno teve o seu ponto mais acalorado na expulsão dos jesuítas por parte de muitos governos e na ameaçadora pressão sobre o papado para que suprimisse a ordem (como sucedeu em 1773).

carlo pioppi

Bibliografia básica
J. Orlandis, História Breve do Cristianismo, Rei dos Livros, 1993.
M. Clemente, A Igreja no tempo, Grifo, 2000.
A. Torresani, Breve storia della Chiesa, Ares, Milano 1989.

(Resumos da Fé cristã: © 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet)

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