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10/03/2013

Resumos sobre a Fé Cristã



A Fé sobrenatural


3. Os motivos de credibilidade:

«O motivo de crer não é o facto de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos “por causa da autoridade do próprio Deus que revela e que não pode enganar-Se nem enganar-nos”» (Catecismo, 156).

No entanto, para que o acto de fé fosse conforme à razão, Deus quis dar-nos motivos de credibilidade que mostram que «o assentimento da fé não é “de modo algum um movimento cego do espírito”» 6. Os motivos de credibilidade são sinais certos de que a Revelação é palavra de Deus.

Estes motivos de credibilidade são, entre outros:

- a gloriosa Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, sinal definitivo da Sua Divindade e prova certíssima da verdade das Suas palavras;

- «os milagres de Cristo e dos santos (cf. Mc 16, 20; Heb 2, 4)» (Catecismo, 156) 7;

- o cumprimento das profecias (cf. Catecismo, 156), feitas sobre Cristo ou pelo próprio Cristo (por exemplo, as profecias acerca da Paixão de Nosso Senhor; a profecia sobre a destruição de Jerusalém, etc.). Este cumprimento é prova da veracidade da Sagrada Escritura;

- a sublimidade da doutrina cristã é também prova da Sua origem divina. Quem medita atentamente os ensinamentos de Cristo, pode descobrir na sua profunda verdade, na sua beleza e na sua coerência; uma sabedoria que excede a capacidade humana de compreender e de explicar o que é Deus, o que é o mundo, o que é o homem, a sua história e o seu sentido transcendente;

- a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade «são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos» (Catecismo, 156).

Os motivos de credibilidade não só ajudam quem não tem fé para superar preconceitos que dificultam a sua recepção, mas também quem tem fé, confirmando-lhe que é razoável crer e afastando-o do fideísmo.

francisco díaz

Bibliografia básica:
Catecismo da Igreja Católica, 142-197.

Leituras recomendadas:
S. Josemaria, Homilia «Vida de fé», em Amigos de Deus, 190-204.

© 2013, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
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Notas:
6 Concílio Vaticano I: DS 3008-3010; Catecismo, 156.
7 O valor da Sagrada Escritura, como fonte histórica totalmente fiável, pode estabelecer-se com sólidas provas: por exemplo, as que se referem à sua antiguidade (vários dos livros do Novo Testamento foram escritos poucos anos após a Morte de Cristo, o que testemunha o seu valor), ou as que se referem à análise do conteúdo (que mostra a veracidade dos testemunhos).

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