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19/01/2013

Carta do Prelado do Opus Dei por ocasião do Ano da Fé. 30


Pedir a fé e aprofundar nesta virtude

30. Ao longo destes meses – oxalá consigamos criar esse ânimo para sempre –, ao rezar o Credo na Missa e noutros momentos, esforcemo-nos por professar a fé da Igreja, com mais consciência, com uma atenção mais imediata às palavras e ao seu significado. Também suporia uma grande ajuda o estudo e a frequente meditação dos diversos artigos que compõem o Símbolo. Entre os meios que Bento XVI sugere para dar relevo e verdadeira eficácia a esse tempo, um de primordial importância concretiza-se no estudo do Catecismo da Igreja Católica, ou também do seu Compêndio, como preciosa herança do Concílio Vaticano II, onde se recolhem, de modo tão completo, orgânico e ordenado, todas as verdades da doutrina católica.

«Existe uma unidade profunda entre o ato com que se crê e os conteúdos a que damos o nosso assentimento» [54]. O conhecimento dos conteúdos da fé é essencial para lhes podermos dar o próprio assentimento, para aderirmos plenamente com a inteligência e a vontade ao que a Igreja propõe; tal aceitação implica, portanto, que, quando se crê, se acolhe livremente todo o mistério da fé, já que o próprio Deus garante a sua verdade ao revelar-se e oferecer à nossa razão o seu mistério de amor.

«Por outro lado, prossegue o Papa, não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da fé, todavia vivem uma busca sincera do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Esta busca é um verdadeiro “preâmbulo” da fé, porque move as pessoas pela estrada que conduz ao mistério de Deus» [55].

Não desfaleçamos na estupenda tentativa de pôr a descoberto as inquietações espirituais que se ocultam em todas as almas, para lhes oferecer a formação oportuna que sacie a sua sede da Verdade. Especialmente nos tempos actuais, tem muita importância ensinar ou recordar àqueles com quem nos damos por um motivo ou outro, que a vida terrena é uma etapa transitória da existência humana. Deus criou-nos para a vida eterna, destinou-nos a participar da sua própria Vida divina, alcançando assim uma felicidade completa e sem fim. Este dom da Santíssima Trindade só se consegue em plenitude depois da morte corporal, mas começa já aqui em baixo. Ora, a vida eterna consiste em que Te conheçam a Ti, um só Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo que enviaste (Jo 17, 3). Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna; e Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6, 54).

Copyright © Prælatura Sanctæ Crucis et Operis Dei
Nota: Publicação devidamente autorizada

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Notas:

[54] Bento XVI, Carta Apost. Porta fídei, 11-X-2011, n. 10.
[55] Bento XVI, Carta Apost. Porta fídei, 11-X-2011, n. 10.

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