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23/11/2012

Evangelho dia e comentário




   



T. Comum – XXXIII 

Semana





Evangelho: Lc 19, 45-48

45 Tendo entrado no templo, começou a expulsar os vendedores, 46 dizendo-lhes: «Está escrito: “A Minha casa é casa de oração; e vós fizestes dela um covil de ladrões”». 47 Todos os dias ensinava no templo. Mas os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam perdê-l'O; 48 porém, não sabiam como proceder, porque todo o povo estava suspenso quando O ouvia.

Comentário:

Não são assim tão poucos os que se servem da Igreja para fins meramente pessoais, para alcançarem proeminência ou honrarias que, se outra forma, lhes talvez lhes fosse difícil conseguir.

A estes, o Senhor, expulsa com violência porque não é esse o fim da Igreja. Ensinar a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo, promover o amor e a paz entre todos os homens, esta é a missão que o Senhor lhe deu com o objectivo de que todos se salvem e obtenham a vida eterna.

A rectidão de intenção é também o respeito pelas coisas de Deus, principalmente pelos Seus ministros os sacerdotes.

(ama, comentário sobre Lc 19, 45-48, 2009.11.20)

Leitura espiritual para 23 Nov 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.


CULTIVAR A FÉ 3


QUE O TALENTO RENDA

Desenvolver os talentos implica iniciativa. O Senhor não disse aos servos em que deviam investir; cada um tinha os meios para saber que negócios podia enfrentar e a segurança de que o dinheiro que se lhe tinha confiado era o necessário para os levar a cabo.

Por isso, responder à própria vocação requer descobrir as qualidades que cada um recebeu e pô-las em jogo, dando-lhes saída em múltiplas iniciativas. O essencial é procurar que o talento renda e nos empenhemos continuamente em produzir bom fruto [i], procurando ir ampliando, pouco a pouco, o impacto social, cultural ou político das nossas actividades, confiados na palavra do Senhor: ao que tem será dado e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado [ii]. Frase que, na sua aparente dureza, nos faz recordar que é Deus que dá o incremento [iii].

Assim, os nossos talentos darão frutos, não tanto ou não só pelo esforço posto, mas pela benevolência de Deus, que olha com olhos de bondade as oferendas que lhe apresentamos [iv]. Quando se dedica tempo aos amigos, aos vizinhos, aos que trabalham connosco, aos condiscípulos da escola ou da universidade, quando se fomentam os interesses – culturais ou desportivos – dos filhos, o fruto apostólico chega; e além disso, abundará, sobretudo na própria alma; porque a primeira consequência será a alegria de ter servido, de ter ajudado os outros a crescer.

Algo parecido acontece com os instrumentos apostólicos que promovem os fiéis do Opus Dei em todo o mundo, com tantas pessoas que são ou não cristãs. Sem perder a sua própria natureza, são fermento que fecunda a sociedade a partir do seu interior, colaborando com outras instituições semelhantes na promoção humana, dando a conhecer nos meios de comunicação os seus projetos, etc. E pondo sempre em tudo o sinal mais.

A parábola continua. O Senhor regressa e pede contas e os que fizeram frutificar os talentos escutam o elogio da sua fidelidade: muito bem, servo bom e fiel, foste fiel em coisas de pouca monta, muito te confiarei. Entra no gozo do teu Senhor [v]. Chama a atenção que o amo considere pouco as imensas fortunas que tinha doado e que os seus servos multiplicaram; são nada e menos que nada, comparadas com o muito que Ele tinha previsto dar-lhes: participar da sua própria alegria.

Na passagem paralela do Evangelho segundo São Lucas [vi], o prémio consiste em dar aos servos o governo de cidades. Esta variante ajuda-nos a considerar que os servidores participam da potestade do seu Senhor, que corresponder aos dons implica participar no cuidado que o Rei tem para todos os homens.

Os talentos dos servos hão-de ser administrados para os outros: desenvolvem-se na sociedade e para a melhorar. Os servos que aproveitaram os seus dons, com a graça de Deus, estão em melhores condições para se interessarem pelo bem-estar dos seus concidadãos. Preocupam-se com a sua saúde física e moral; promovem propostas que envolvam muitas outras pessoas na evangelização da sociedade, começando pelo âmbito, talvez limitado ou um pouco restrito ao início, em que se desenvolvem.

O importante é mover-se e pôr o nosso ambiente cristã, alegre, primeiro aí onde estamos: se não o fazemos nós, quem o fará? O fundador do Opus Dei resumia tudo isto dizendo que nós, os cristãos, somos para o mundo. Quando servimos, a chamada de Deus atinge toda a sua pujança.

m. díez, j. morales, j. verdiá, 2012.02.27

Nota: Revisão gráfica por ama.



[i] Cfr. Amigos de Deus, n. 47.
[ii] Mt 25, 29.
[iii] Cfr. Mc 4, 26-29; 1 Cor 3, 7.
[iv] Cfr. Missal Romano, Oração eucarística III, Réspice, quæsumus...
[v] Mt 25, 21.23.
[vi] Cfr. Lc 19, 17.19.

Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 62


Questão 116: Se há fado. [i]
Art. 2 — Se há fado nas coisas criadas.

(I Sent., dist. XXXIX, q. 2. a. 1, ad. 5, III Cont. Gent., cap. XCIII, De Verit., q. 5. a. 1, ad I, Quodl. XII, q. 3, a. 2, Compend. Theol., cap. CXXXVIII, Opusc. XXXVIII. De Fato, cap. II).



O segundo discute-se assim. — Parece que não há fado, nas coisas criadas.




Depois da morte vos receberá o Amor

Textos de S. Josemaria Escrivá 
 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet

Agora compreendes quanto fizeste sofrer Jesus, e enches-te de dor: como lhe pedes perdão, deveras e choras pelas tuas traições passadas! Não te cabem no peito as ânsias de reparar! Bem. Mas não esqueças que o espírito de penitência está principalmente em cumprir, custe o que custar, o dever de cada instante. (Via Sacra, 9ª Estação, n. 5)
Como será maravilhoso quando o nosso Pai nos disser: servo bom e fiel, porque foste fiel nas coisas pequenas, eu te confiarei as grandes: entra no gozo do teu Senhor!. Esperançados! Esse é o prodígio da alma contemplativa. Vivemos de Fé, de Esperança e de Amor; e a Esperança torna-nos poderosos. Recordais-vos de S. João? Eu vos escrevo, jovens, porque sois valentes e a palavra de Deus permanece em vós e vencestes o maligno. Deus urge-nos, para a juventude eterna da Igreja e de toda a humanidade. Podeis transformar em divino todo o humano, como o rei Midas convertia em ouro tudo o que tocava!

Nunca esqueçais que depois da morte vos receberá o Amor. E no amor de Deus encontrareis, além do mais, todos os amores limpos que tenhais tido na terra. O Senhor dispôs que passemos esta breve jornada da nossa existência, trabalhando e, como o seu Unigénito, fazendo o bem. Entretanto, temos de estar alerta, à escuta daquelas chamadas que Santo Inácio de Antioquia notava na sua alma, ao aproximar-se a hora do martírio: vem para junto do Pai, vem para o teu Pai que te espera ansioso (Amigos de Deus, n. 221)

Demónio 14


Demónio, Exorcismo e Oração de Libertação: Questão 14

O que é um malefício?

«O malefício é o poder de fazer mal a outros, graças a um pacto e com a ajuda dos demónios. Distingue-se da magia, a qual tem como objectivo realizar prodígios, enquanto este vem direcionado a fazer mal a alguém» [i].



(Estas breves questões foram preparadas pelo P. Duarte Sousa Lara (www.santidade.net), exorcista e doutor em teologia. NUNC COEPI agradece ao P. Nuno Serras Pereira)



[i] AFONSO MARIA DE LIGÓRIO (santo), Theologia moralis, Tipografia Vaticana, Roma 1905, tom. 1, lib. 3, tract. 1, cap. 1, dub. 5, n. 23.