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05/11/2012

A hora da morte


Ludovico Carraci (1555 -1619)
Anjo liberta as almas do Purgatório

Leitura espiritual para 05 Nov 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Viagem no oceano da fé 3


Um nexo particularmente caro a Bento XVI, que muitas vezes o sublinhou explicitamente, ou o iluminou em filigrana em muitos dos seus textos e reflexões. Santo Agostinho era, a este respeito, incisivo: «Quem crê, pensa, e pensando, crê. A fé, se não é pensada, é nula». O crente autêntico é posto sobre uma crista cortante e delicada. É fácil, efectivamente, deslizar para uma fé que seja apenas abandono confiante, quase cego, fugindo de toda a interrogação, cancelando qualquer rumor do pensamento, fazendo empalidecer e definhar a religião num progressivo sentimentalismo devocional. Contudo também é perigoso avançar pela outra vertente, a de uma racionalidade de tal maneira absorvente que reduz a religião a um conjunto de teoremas, a um sistema especulativo no qual tudo se ordena, a uma geometria teológica que não deixa espaço ao mistério e ao transcendente.
A este respeito é sugestiva a definição de fé que nos é oferecida por aquela deslumbrante homilia neo-testamentária que é a Carta aos Hebreus: «A fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se veem» (11, 1).
De um lado está o confiar-se seguramente à revelação divina, à esperança que cintila: não é por acaso que se fala de “fundamento”, de base em que se apoiar, como sugere o próprio verbo hebraico do “crer”, que se tornou no nosso ámen, que indica um “fundar-se” sobre a palavra e sobre a presença do Outro divino, um procurar nele estabilidade e segurança numa relação interpessoal.
Por outro lado a fé é “prova”, é como traduzia a Vulgata latina “argumentum” (...). «A fé se não é pensada, argumentada, é nula», era, como vimos, a convicção de Agostinho. E este grande Padre da Igreja e génio da humanidade é talvez – com Tomás de Aquino – o exemplo mais alto do equilíbrio entre fé e razão. A força extraordinária do seu pensamento, da sua intuição, da sua investigação conjugava-se continuamente com a intensidade da sua fé, de tal maneira que muitas vezes os seus textos são marcados por uma teologia orante: a sua análise é construída literáriamente como se fosse dirigida a um “Tu”, é uma constante interpelação, é um apelo dirigido a Deus, objecto dessa procura.

armindo dos santos vaz, ocd, Semana de Espiritualidade 2012, Avessadas, © SNPC | 11.10.12
Card. gianfranco ravasi, Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, In L'Osservatore Romano (26.7.2012), © SNPC (trad.) | 11.10.12

Tratado sobre a conservação e o governo das coisas 44


Questão 113: Da guarda dos bons anjos.


Art. 3 — Se guardar os homens pertence só à ínfima ordem dos anjos.



(II Sent., dist. XI, part. I, a. 2, III Cont. Gent., cap. LXXX).

O terceiro discute-se assim. — Parece que guardar os homens não pertence só à ínfima ordem dos anjos.


Poemas da minha vida: Tens razão

P o e m a s  d a  m i n h a  v i d a


Não há dúvida amor,
que tens razão.

Realmente,
as palavras
ternas,
cheias de calor
que te disse baixinho,
o que são?

Coisas fáceis de esquecer
e rapidamente
se desvanecem,
ou porque se ouvem outras,
ou porque elas adormecem
e a gente se esquece
de as despertar.

Lisboa,   61

A maior revolução de todos os tempos!

                                                             
Textos de S. Josemaria Escrivá

 http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979     © Gabinete de Inform. do Opus Dei na Internet
Se nós, os cristãos, vivêssemos realmente de acordo com a nossa fé, far-se-ia a maior revolução de todos os tempos! A eficácia da corredenção depende também de cada um de nós! Pensa nisto. (Forja, 945)

Sentir-te-ás plenamente responsável quando compreenderes que, perante Deus, só tens deveres. Ele se encarrega de te conceder direitos! (Forja, 946)

Um pensamento te ajudará nos momentos difíceis: quanto mais aumente a minha fidelidade, melhor contribuirei para que os outros cresçam nesta virtude. E é tão atraente sentir-nos apoiados uns pelos outros! (Forja, 948)

Corres o grande perigo de te conformares com viver (ou pensar que deves viver...) como um "bom rapaz", que se hospeda numa casa arrumada, sem problemas, e que não conhece senão a felicidade.

Isso é uma caricatura do lar de Nazaré. Cristo, justamente porque trazia a felicidade e a ordem ao mundo, saiu a propagar esses tesouros entre os homens e mulheres de todos os tempos. (Forja, 952).

Evangelho do dia e comentário






   T. Comum – XXXI Semana





Evangelho: Lc 14, 12-14

12 Dizia mais àquele que O tinha convidado: «Quando deres um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem os vizinhos ricos; para que não aconteça que também eles te convidem e te paguem com isso. 13 Mas, quando deres algum banquete, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos; 14 e serás bem-aventurado, porque esses não têm com que retribuir-te; mas ser-te-á isso retribuído na ressurreição dos justos».

Comentário:

As nossas acções têm vários objectivos que se podem reduzir a dois: servir desinteressadamente ou, pelo contrário, servir para ser servido.
Obviamente que, a segunda, depende da resposta que se obtiver, enquanto a primeira não.

A primeira tem sempre compensação a segunda nem sempre.

A compensação da primeira tem indiscutível valor de eternidade, a da segunda, quando se verifica, e porque é temporal é meramente passageira.

(ama, comentário sobre Lc 14, 12-14, 2011.11.31)