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09/03/2012

Leitura espiritual para 09 de Março de 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

Debilidade

Reflectindo



Quando tu desejavas poder só com as tuas forças, Deus tornou-te inútil, para dar-te o Seu próprio poder, porque tu não és mais que debilidade. [i]


[i] Stº agostinho, Confissões, 19. 5

Sobre o casamento 9

S. Josemaria responde a dez perguntas sobre o matrimónio, o amor, o namoro, a fidelidade, a educação dos filhos, os principais valores para conseguir a unidade familiar, o que acontece quando não se têm filhos…


Há casais que por situações degradantes e insustentáveis se separaram. Nestes casos, têm dificuldade em aceitar a indissolubilidade matrimonial e lamentam que lhes seja negada a possibilidade de constituir um novo lar. Que resposta daria ante estas situações?

Diria a essas mulheres, compreendendo o seu sofrimento, que também podem ver nessa situação a Vontade de Deus, que nunca é cruel, porque Deus é Pai amoroso. É possível que por algum tempo a situação seja especialmente difícil, mas, se recorrerem ao Senhor e à sua Santa Mãe, não lhes faltará a ajuda da graça.

A indissolubilidade do matrimónio não e um capricho da Igreja e nem sequer uma mera lei positiva eclesiástica. É de lei natural, de direito divino, e corresponde perfeitamente à nossa natureza e à ordem sobrenatural da graça. Por isso, na imensa maioria dos casos, é condição indispensável de felicidade dos cônjuges, e de segurança, mesmo espiritual, para os filhos. E sempre - ainda nesses casos dolorosos de que falámos - a aceitação rendida da vontade de Deus traz consigo uma profunda satisfação, que nada pode substituir. Não é um recurso, não é uma simples consolação, é a essência da vida cristã.

Se essas mulheres já têm filhos a seu cargo, hão-de ver nisso uma exigência contínua de entrega amorosa, maternal, então especialmente necessária para suprir nessas almas as deficiências de um lar dividido. E hão-de entender generosamente que essa indissolubilidade, que para elas implica sacrifício, é para a maior parte das famílias uma defesa da sua integridade, algo que enobrece o amor dos esposos e impede o desamparo dos filhos.

Este assombro em face da aparente dureza do preceito cristão da indissolubilidade não é novo. Os Apóstolos estranharam quando Jesus o confirmou. Pode parecer uma carga, um jugo; mas o próprio Cristo disse que o seu jugo é suave e a sua carga leve.

Por outro lado, reconhecendo embora a inevitável dureza de bastantes situações - as quais, em não poucos casos, se poderiam e deveriam ter evitado -, é necessário não dramatizar demasiado. A vida de uma mulher nessas condições será realmente mais dura que a de outra mulher maltratada, ou que a vida de quem padece algum dos outros grandes sofrimentos físicos ou morais que a existência traz consigo?

O que verdadeiramente torna uma pessoa infeliz - e até uma sociedade inteira - é essa busca ansiosa de bem-estar, o cuidado de eliminar, seja como for, tudo o que nos contrariar. A vida apresenta mil facetas, situações diversíssimas, umas árduas, outras, talvez só na aparência, fáceis. A cada uma delas corresponde a sua própria graça; cada uma é uma chamada original de Deus, uma ocasião inédita de trabalhar, de dar o testemunho divino da caridade. A quem sentir a angústia de uma situação difícil, eu aconselharia que procurasse também esquecer-se um pouco dos seus próprios problemas para se preocupar com os problemas dos outros. Fazendo isto, terá mais paz e, sobretudo, santificar-se-á.

(s. josemaria, Temas actuais do cristianismo, 97)

Não é tão simples 1

Refiro-me ao encontrar a felicidade. A primeira coisa a fazer é colocar-se o conceito de felicidade. Nisto há notabilíssimas diferenças e inclusive discrepâncias. Há quem procure a felicidade na liberação de todas as obrigações, do trabalho programado e das privações, dores e sacrifícios. Há quem espere encontrá-la na satisfação emocional que pode proporcionar o sentir-se querido, o encontro ou a convivência com uma pessoa agradável e querida. Há quem a obtenha no desfrute do poder, o do dinheiro, ou da comodidade, ou do bem-estar material. E assim poderíamos pensar n outros horizontes muito diferentes que, para muitos, marcam o campo da felicidade.

Todavia a experiência social que nos chega por tão diversos caminhos, leva ao convencimento de que a felicidade como tal, em toda a sua profundidade e solidez, capaz de nos ajudar a gozar o dom da vida, e a descobrir a grandeza de cada momento e circunstância, está noutra órbita e não depende do gozo de sentimentos e satisfações programáveis a partir dos desejos exclusivamente humanos.

(mons. garcía aracil, trad ama)

Cataterismo

Notável analogia entre a humanidade e a espiritualidade humana. Nesta Quaresma, é de ter muito em conta esta verdade:


Há que prevenir e tratar!



Tratado Dos Anjos 1

Questão 50: Da substância dos anjos em absoluto.
Questão 51: Da relação dos anjos com os corpos.
Questão 52: Da relação dos anjos com os lugares.
Questão 53: Do movimento local dos anjos.
Questão 54: Do conhecimento angélico.
Questão 55: Dos meios do conhecimento angélico.
Questão 56: Do conhecimento angélico dos seres imateriais.
Questão 57: Do conhecimento angélico em relação às coisas materiais.
Questão 58: Do modo do conhecimento angélico.
Questão 59: Da vontade dos anjos.
Questão 60: Do amor ou da dilecção dos anjos.
Questão 61: Da produção natural do ser angélico.
Questão 62: Da perfeição dos anjos na existência da graça e da glória.
Questão 63: Da malícia dos anjos quanto à culpa.
Questão 64: Da pena dos demónios.
Questão 50: Da substância dos anjos em absoluto.

Para ver o desenvolvimento, clicar

The Lady is a Tramp

Errol Garner - 2008

Evangelho do dia e comentário


Quaresma -  II Semana


Evangelho: Mt 21, 33-43; 45-46

33 «Ouvi outra parábola: Havia um pai de família que plantou uma vinha, e a cercou com uma sebe, e cavou nela um lagar e edificou uma torre; depois, arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquela região. 34 Estando próxima a época da colheita, enviou os seus servos aos vinhateiros para receberem os frutos da sua vinha. 35 Mas os vinhateiros, agarrando os servos, feriram um, mataram outro, e a outro apedrejaram-no. 36 Enviou novamente outros servos em maior número do que os primeiros, e fizeram-lhes o mesmo.37 Por último enviou-lhes seu filho, dizendo: “Hão-de respeitar o meu filho”. 38 Porém, os vinhateiros, vendo o filho, disseram entre si: “Este é o herdeiro; vamos, matemo-lo, e ficaremos com a herança”. 39 E, agarrando-o, puseram-no fora da vinha, e mataram-no. 40 Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles vinhateiros?». 41 Responderam-Lhe: «Matará sem piedade esses malvados, e arrendará a sua vinha a outros vinhateiros que lhe paguem o fruto a seu tempo». 42 Jesus disse-lhes: «Nunca lestes nas Escrituras: “A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular; pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”? 43 Por isso vos digo que vos será tirado o reino de Deus e será dado a um povo que produza os seus frutos. 45 Tendo os príncipes dos sacerdotes e os fariseus ouvido as Suas parábolas, perceberam que falava deles. 46 Procuravam prendê-l'O, mas tiveram medo do povo, porque este O tinha como um profeta.

Comentário:

Muitos aduzem que Cristo, conforme se poderá ver pelos Evangelhos, fala de um modo enigmático e de difícil compreensão como que tentando justificar o motivo da rejeição dos fariseus e chefes do povo.

Mas, o próprio evangelista os contradiz: «Os príncipes dos sacerdotes e os fariseus (…) perceberam que falava deles.» e, assim, se pode ver que entendiam muito bem o que Cristo queria dizer, as Suas intenções e propósitos.

Se assim foi, como de facto se percebe, então fica bem demonstrada a falsa fé e preconceito desta gente. Este Cristo, realmente, não é o Messias que lhes convém, aquele porque esperavam. Esse, que as suas mentes tinham idealizado, haveria de, em primeiro lugar, ir ter com eles para os tornar ‘embaixadores’ da Sua pregação, do Seu reino.
Era inadmissível que, ao contrário, não só fosse o ‘filho’ de um humilde carpinteiro da Galileia como, ainda por cima, os Seus ‘ministros’ e colaboradores mais directos fossem simples trabalhadores normais e correntes, alguns pescadores, e, pior ainda, pelo menos um publicano cobrador de impostos!

Também nós, por vezes não queremos entender o que Jesus nos diz porque… não nos convém. Queremos um Cristo à nossa medida, de acordo com o que desejamos que seja. Esperamos que nos diga o que nos agrada ouvir e que aceite a nossa própria concepção de vida.

Pensemos bem se, de facto, às vezes somos assim tão diferentes, hoje, do que foram os príncipes dos sacerdotes e os fariseus do tempo de Jesus.

(ama, comentário sobre Mt 21, 33-43; 45-46, 2012.02.13)