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30/01/2012

Leitura Espiritual para 30 Jan 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Ninguém é irrecuperável 1

Foi a visitar um preso que convive com a sida e advertem-no que tinham que fechá-la durante o encontro. «Que medo pode dar-me se é meu irmão!», recriminou os enfermeiros. Quando abraçou o paciente este pôs-se a chorar. Sor Mari Luz só quer «dar contentar Deus por todos os que o rejeitam».

Ainda que pequenita e delgada, é audaz e tem uma força arrasadora. Esta irmã das Filhas da Caridade aproxima-se dos presos e dá-lhes uma palavra de Deus que, segundo eles, lhes muda a vida. «Chamam-me sor Tripi, porque quando vou ao cárcere põem-se melhores que se tomassem droga», explica a irmã Mari Luz.

«Quando tu vens alegras o pátio», «quando se vai fica o pátio com uma paz!», assinalam os presos e funcionários. E ela só responde que «a palavra de Deus dá sempre a paz». O que não falta a esta irmãzinha é valentia. Em Carabanchel vai pelo pátio sozinha entre internos que muitos qualificariam de «perigosos». «Mas irmã, não tem medo?», perguntam-lhe. «Mas como terei medo se são os meus irmãozitos!».
Prisão de Carabanchel

O mesmo repete quando vai à enfermaria. Na sala para pessoas que convivem com o vírus da sida, no Hospital penitenciário de Carabanchel, alguns disseram-lhe: «irmã aqui não vem nem Deus». «Deus sim e eu também», responde-lhes. «Mas irmã se entra na cela, tenho que fechá-la com ele». Ela sem problema. Basta dizer sorridente «ouve irmãozito, que eu estou aqui porque Deus te ama muito» para que eles se ponham a chorar.




(mónica vázquez, trad ama)   

Va Pensiero

Verdi - Nabucco - MET.2002

selecção ALS

Tratado sobre a Obra dos Seis Dias 2

Questão 44: De como procedem de Deus as criaturas e da causa primeira de todos os seres.

Art. 1 – Se é necessário sejam todos os seres criados por Deus.

(Infra, q. 65, a. 1; II Sent., dist. 1. q. 1, a. 2; dist. XXXVII, q. 1, a. 2; II Cont. Gent., cap. XV; De Pot., q. 3, a. Compend. Theol., cap. LXVIII; Opusc. XV. De Angelis, cap. IX; De Div. Nom., cap. V, lect I).

O primeiro discute-se assim. – Não parece necessário sejam todos os seres causados por Deus.

1. – Nada impede existir uma coisa sem o que não é da sua essência, como, um homem sem a brancura. Ora, a relação do causado com a causa não parece ser da essência dos seres, pois, sem ela, compreendem-se alguns seres. Logo, podem existir sem ela. Por onde, nada impede existam alguns seres não causados por Deus.

2. Demais. – Um ser precisa da causa eficiente para existir. Logo, o que não pode deixar de existir não precisa de causa eficiente. Mas nada do que é necessário pode deixar de existir, pois o que necessariamente existe não pode deixar de existir. Como, porém, muitas coisas sejam necessárias, nos seres, parece que nem todos provêm de Deus.

3. Demais. – Os seres que têm causa podem por esta ser demonstrados. Ora, nas matemáticas não há demonstração pela causa agente, como se vê no Filósofo [1]. Logo, nem todos os seres provêm de Deus como de causa agente.

Mas, em contrário, a Escritura (Rm 9, 36): Porque dele, e por ele, e nele existem todas as coisas.


Para ver a solução, clicar:

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– IV Semana



Evangelho: Mc 5, 1-20

1 Chegaram ao outro lado do mar, ao território dos gerasenos. 2 Ao sair Jesus da barca, foi logo ter com Ele, saindo dos sepulcros, um homem possesso de um espírito imundo. 3 Tinha o seu domicílio nos sepulcros, e já ninguém conseguia segurá-lo com cadeias. 4 Tendo sido preso muitas vezes com grilhões e com cadeias, tinha quebrado as cadeias e despedaçado os grilhões e ninguém o podia dominar. 5 E sempre, dia e noite, andava pelos sepulcros e pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. 6 Ao ver de longe Jesus, correu e prostrou-se diante d'Ele 7 e clamou em alta voz: «Que tens Tu comigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Por Deus eu Te conjuro que não me atormentes». 8 Porque Jesus dizia-lhe: «Espírito imundo sai desse homem». 9 Depois perguntou-lhe: «Como te chamas?». Ele respondeu: «O meu nome é Legião, porque somos muitos». 10 E suplicava-Lhe insistentemente que não o expulsasse daquela região. 11 Andava ali, próximo do monte, uma grande vara de porcos a pastar. 12 Os espíritos imundos suplicaram-Lhe: «Manda-nos para os porcos, para nos metermos neles». 13 Jesus consentiu. Então os espíritos imundos saíram e entraram nos porcos, e a vara, que era de cerca de dois mil, precipitou-se por um despenhadeiro no mar onde se afogaram. 14 Os guardadores fugiram e contaram o facto pela cidade e pelos campos. E o povo foi ver o que tinha sucedido. 15 Foram ter com Jesus e viram o que tinha estado possesso do demónio sentado, vestido e são do juízo; ele, que tinha estado possesso de uma legião inteira; e tiveram medo. 16 Os que tinham visto contaram-lhes o que tinha acontecido ao endemoninhado e aos porcos. 17 Então começaram a pedir a Jesus que se retirasse do seu território. 18 Quando Jesus subia para a barca, o que fora possesso do demónio começou a pedir-Lhe que lhe permitisse acompanhá-l'O . 19 Mas Jesus não o permitiu, antes lhe disse: «Vai para tua casa, para os teus, e conta-lhes tudo o que o Senhor te fez, e como teve piedade de ti». 20 Ele retirou-se e começou a proclamar pela Decápole que grandes coisas Jesus lhe tinha feito; e todos se admiravam.

Comentário:

Para os que validam a "teoria" que a possessão diabólica não existe verdadeiramente, que é, mais ou menos, uma figura de retórica, aqui está gravado para todo o sempre, a prova do que negam.
O possesso reconhece Jesus como O Filho de Deus e declara expressamente que, sabe, Este veio ao mundo para lhe retirar o poder quase discricionário que a queda dos pais da humanidade, lhe consentira.
O demónio só pode fazer o mal, proporcionar sofrimento e dor, ainda que, não poucas vezes, se sirva do prazer, da fortuna e, até da felicidade, - que são sempre efémeras - para atingir os seus fins.
É, portanto, da sua natureza, fazer o mal, sendo-lhe impossível praticar qualquer acto bom.
Em suma, tenta atingir Deus, através das Suas criaturas, os homens.
Como se vê neste episódio que S. Marcos relata: pretende "vingar-se" de Jesus e, aparentemente consegue-o, os gerasenos não aceitam a presença de Jesus.
Como o conseguiu o demónio?
Provocando a hecatombe dos porcos.
Mas - e o evangelista refere-o expressamente - só o pode fazer depois de Jesus lho ter consentido.
Então, Cristo, é também "responsável" pela rejeição dos gerasenos?
Claro que não!
Permite a tentação de O rejeitarem face ao elevado prejuízo com os porcos mas dá-lhes os meios para a vencerem com a constatação do enormíssimo ganho que é a cura do pobre endemoninhado.
Sosseguemo-nos!
O Senhor nunca permitirá que o demónio tenha o menor poder sobre nós se, nós, não o consentirmos.

(ama, comentário sobre Mc 5, 1-20, 2010.12.31)