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01/01/2012

Leitura Espiritual para 01 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.





Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Ante o apostolado: Eu… não sirvo… 1

Ante o apostolado que se apresenta ou a indicação de alguém que nos sugere um encargo concreto, há uma tentação que é a incapacidade. Pode ser verdade que em ocasiões nos indiquem um apostolado para o qual claramente não servimos, mas muitas outras vezes é uma subtil tentação. É a tentação da incapacidade. "Eu não sirvo".

Quantas e quantas vezes o coração diz "eu não sirvo, eu não valho"? Porque não? "A humildade é a verdade": no reconhecimento do que cada um é e o que cada um vale, conhecedor da sua fraqueza, debilidade e miséria, esconde-se o tesouro da graça, em vaso de barro. Cada cristão é, pois, um vaso de barro. E, na sua fragilidade, é chamado pelo Senhor.

(javier sánchez martínez [i], trad ama)




[i] Javier Sánchez Martínez, sacerdote de la diócesis de Córdoba, ordenado el 26 de junio de 1999. Ha ejercido el ministerio sacerdotal en varias parroquias, en el Centro de Orientación Familiar de Lucena (Córdoba) y como capellán de Monasterios. Ha predicado retiros, tandas anuales de Ejercicios espirituales a seglares y religiosas e impartido diversos cursillos de formación litúrgica; asimismo ha publicado artículos en distintas as revistas y colaborado en radio y TV locales. Es vicario parroquial de la Asunción y de Santa Clara en Palma del Río (Córdoba) y está terminando la licenciatura en Teología en la Facultad de San Dámaso (Madrid)"

A evolução do evolucionismo 1

Com A origem das espécies, Darwin brindou o mundo com uma novíssima teoria sobre a ascendência dos seres vivos e abriu um debate que se foi estendendo desde a biologia a todos os ramos do saber. Hoje a evolução continua a ser um fenómeno complexíssimo do que se ignora e se supõe muito mais do que se sabe. 

O que é a evolução?

Desde meados do século XIX, graças a Charles Darwin, a teoria da evolução repressenta a mais persistente tentativa de explicação da pluralidadaparentemente heterogénea dos organismos viventes. Por evolução entenda-se descendência e progressiva complexidade das espécies ao longo do tempo. Essa descendência ininterrupta começa com a bactéria que surge misteriosamente há quase 4.000 milhões danos e dá início à incrível aventura de multiplicar-se e diversificar-se em milhares de milhões de espécies. A evolução é testemunhada pelo registo fóssil e o parentesco genético, mas escapa-se o como do dito processo, o seu mecanismo. Longe de constituir um processo simples, trata-se de um complexíssimo fenómeno, do qual se ignora e se supõe muito mais do que se sabe.

(jose ramón ayllón, trad. ama)


Evangelho do dia e comentário


Natal II Semana




01 de Janeiro Santa Maria Mãe de Deus

Evangelho: Lc 2, 16-21

16 Foram a toda a pressa, e encontraram Maria, José e o Menino deitado na manjedoura. 17 Vendo isto, conheceram o que lhes tinha sido dito acerca deste Menino. 18 E todos os que ouviram, se admiraram das coisas que os pastores lhes diziam.19 Maria conservava todas estas coisas, meditando-as no seu coração. 20 Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, conforme lhes tinha sido dito. 21 Depois que se completaram os oito dias para ser circuncidado o Menino, deram-Lhe o nome de Jesus, como Lhe tinha chamado o anjo, antes que fosse concebido no ventre materno.

Comentário:
Os pastores de Belém são os primeiros seres humanos a encontrar-se face a face com o Salvador. Jesus, acabado de nascer indica assim a Sua profunda ligação a estes homens. Chamar-se-á a Si mesmo o Bom Pastor e aos homens as Suas ovelhas.
Esta ligação tão vincada tem um significado profundo.
As ovelhas não podem viver entregues a si próprias, precisam de alguém que as conduza às pastagens mais suculentas, as guarde e proteja dos ataques dos que pretendem fazer-lhes mal.
Sob a guarda e guia de Jesus não só encontraremos o alimento que necessitamos como estaremos a salvo de qualquer ataque.

(ama, comentário sobre Lc 2, 16-21, 2011.01.01)

Porquê se esconde Deus? 1

 “Se não houvesse escuridão,
o homem não notaria a sua corrupção
Pascal.

Porque o Senhor não se apresentou ante o sinédrio já ressuscitado?, Porque não apareceu ante Herodes ou Pilatos mostrando-lhes as suas mãos e  pés chagados? Porque na Eucaristia não surge uma corte celestial de anjos coroada pelo mesmíssimo Senhor no corpo glorioso?  Ante espectáculos semelhantes, figuram-se a perplexidade de Herodes, de Caifás, de Pilatos? Não se teriam caído redondos suplicando misericórdia e, convertidos ao novo Deus, teriam sido os melhores propagadores da nova fé?
Por outro lado as nossas Eucaristias estariam muito concorridas de fiéis: cada vez que o sacerdote consagrasse,   produzir-se-iam prodígios celestiais ante nós confirmando-nos na fé católica. Suspeito que a Igreja experimentaria um novo renascer; os ateus e agnósticos ficariam muito mal colocados e uma nova época se apresentaria à humanidade.

Mas por sorte nada disto se passou. Nada de isto se passará. Porquê?

Sempre me impressionaram aquelas passagens evangélicas em que o Senhor pede discrição aos seus discípulos sobre a sua condição divina; em muitos outros textos Jesus adverte com severidade os que curou milagrosamente que não falem com ninguém sobre a sua cura. Por exemplo, quando ressuscitou a filha de Jairo (Mc 5, 43) Jesus pede que ninguém se inteirasse de semelhante prodígio.
Tanta discrição não é contraditória com a mensagem de Jesus? Porquê calar o que, por outro lado, se anuncia?

Diz Fabrice Hadjadj que Deus joga às escondidas connosco. Não estou muito seguro de que seja assim. Imaginemo-nos um Deus que se mostra em todo o seu esplendor ou, pelo menos, num esplendor que o homem possa suportar. Uma situação destas,  obrigaria o homem a crer nele. Como não crer num Deus que se nos apresenta em cada Eucaristia sob as modestas espécies de pão e vinho, mas no  grande Deus nas manifestações perceptíveis pelos nossos sentidos?

Um Deus assim impor-se-ia à nossa consciência pela força da sua glória, pelo seu poder inabarcável, todo-poderoso. Este Deus submeteria o homem à sua magnificência e o homem, atazanado por um Deus resplandecente, ver-se-ia encadeado na sua luz. Com efeito, todos creríamos, o poder de Deus reinaria na Terra, o ateísmo desapareceria e a Igreja, e por fim!, poderia sem obstáculo ser portadora da  Revelação celestial.

Tudo sem amor. Tudo sem liberdade.   Satã teria vencido. A terceira tentação do demónio a Jesus no deserto não tem outro significado:

“De novo o diabo o levou a um monte altíssimo e lhe mostrou os reinos do mundo e a sua glória, e lhe disse: ‘Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares’. Então disse-lhe Jesus ‘Vai-te, Satanás, porque está escrito “Ao Senhor, tu Deus, adorarás e a ele só darás culto”’ (Mt 4,8-10).

Um Deus poderoso, que renega de a cruz e do amor, que pela força do poder domina ao homem, não é realmente um Deus: é o demónio transfigurado no Deus. Não é de estranhar que Jesus chamasse “Satanás” a Pedro quando este resistiu a que o Senhor viajasse para Jerusalém para ser crucificado (Mt 16, 23).  

Falando de física, Hegel ensinava que a luz se manifesta como tal na medida em que se distingue da escuridão. Porque há escuridão, há luz. O ensinamento hegeliano é também válido no espiritual. É imprescindível a escuridão para poder ver a luz. A nossa escuridão – o pecado, a terrível miséria humana que há em nós - permite buscar e viver  a luz de Deus.  Felix culpa.

Só porque podemos dizer não a Deus podemos ser abraçados por Ele. Paradoxo doloroso? Sem dúvida. Mas quereríamos um Deus cuja luz nos abrasasse? Sim, é verdade, tudo seria mais fácil. Todo o fácil que o demónio quereria. Mas Deus nega-se a tal.

Quando pedimos que Deus se nos revele com a claridade do dia, quando exigimos a Deus que se faça presente na nossa vida como se já não o estivesse ou quando lhe reprovamos o seu silêncio, a sua aparente ausência,   estamos reproduzindo sem o saber a petição do tentador.  

Tal como no deserto Deus deixa-se tentar por nós. Tal como naquela ocasião Deus não cai na tentação. Para nosso bem e para maior desespero do príncipe deste mundo.

carlos jariod borrego, trad ama

Jesus ainda está à procura de pousada

Textos de São Josemaria Escrivá

Jesus nasceu numa gruta em Belém, diz a Escritura, "porque não havia lugar para eles na estalagem". Não me afasto da verdade teológica, se te disser que Jesus ainda está à procura de pousada no teu coração. (Forja, 274)

Não me afasto da mais rigorosa verdade se vos digo que Jesus continua agora a buscar pousada no nosso coração. Temos de Lhe pedir perdão pela nossa cegueira pessoal, pela nossa ingratidão. Temos de Lhe pedir a graça de nunca mais Lhe fechar a porta das nossas almas.
O Senhor não nos oculta que a obediência rendida à vontade de Deus exige renúncia e entrega porque o amor não pede direitos: quer servir. Ele percorreu primeiro o caminho. Jesus, como obedecestes Tu? Usque ad mortem, mortem autem crucis, até à morte e morte de Cruz. É preciso sair de nós mesmos, complicar a vida, perdê-la por amor de Deus e das almas... Tu querias viver e que nada te acontecesse; mas Deus quis outra coisa... Existem duas vontades: a tua vontade deve ser corrigida para se identificar com a vontade de Deus, e não torcida a de Deus para se acomodar à tua.
Com alegria, tenho visto muitas almas que jogaram a vida – como Tu, Senhor, "usque ad mortem"! – para cumprir o que a vontade de Deus lhes pedia, dedicando os seus esforços e o seu trabalho profissional ao serviço da Igreja, pelo bem de todos os homens.
Aprendamos a obedecer, aprendamos a servir. Não há maior fidalguia do que entregar-se voluntariamente ao serviço dos outros. Quando sentimos o orgulho que referve dentro de nós, a soberba que nos leva a pensar que somos super-homens, é o momento de dizer que não, de dizer que o nosso único triunfo há-de ser o da humildade. Assim nos identificaremos com Cristo na Cruz, não aborrecidos ou inquietos, nem com mau humor, mas alegres, porque essa alegria, o esquecimento de nós mesmos, é a melhor prova de amor. (Cristo que passa, 19)

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