Art. 7 — Se há um só fim último para todos os homens.
(Supra, a. 5, Ethic., lect. IX).
O
sétimo discute-se assim.— Parece que não há um só fim último para todos os
homens.
1. — Pois, parece que o último e soberano fim do homem é o bem incomutável. Ora, alguns desviam-se dele, pecando. Logo, não há só um fim último para todos os homens.
2.
Demais. — A vida total do homem regula-se pelo último fim. Se, pois, este fosse
só um para todos os homens resultaria que eles não teriam intentos diversos no
viver, o que patentemente é falso.
3.
Demais. — O fim é o termo da acção e as acções referem-se ao singular. Ora, os
homens embora convenham pela natureza específica, diferem contudo pelo que
respeita ao indivíduo. Logo, não há um só fim para todos os homens.
Mas,
em contrário, diz Agostinho: todos os homens convêm no desejar o último fim,
que é a felicidade.
DONDE
A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJECÇÃO. — Os que pecam transviam-se daquilo em que
verdadeiramente consiste a essência do último fim, não porém, da intenção mesma
para este, a qual falsamente os leva para outras coisas.
RESPOSTA
À SEGUNDA. — Os homens têm diversos intentos na vida, por causa das coisas
diversas em que buscam a essência do sumo bem.
RESPOSTA
À TERCEIRA. — Embora as acções se refiram ao singular, contudo é-lhes o
princípio primeiro de agir a natureza, que tende para um termo, como já se
disse.
Nota:
Revisão da tradução portuguesa por ama.
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