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20/11/2012

Demónio 12


Demónio, Exorcismo e Oração de Libertação: Questão 12

Os demónios podem possuir as pessoas?

Normalmente aos demónios é apenas permitido pela Providência divina tentar os homens ao pecado, mas por vezes encontram-se casos de ataques diabólicos que vão muito para além das simples tentações. A maior parte destes distúrbios menos comuns estão directamente relacionados com formas de adivinhação [i] ou magia [ii] em que explícita ou implicitamente os homens pedem à ajuda dos demónios [iii].
Tais pactos, muitas vezes, conferem aos demónios a possibilidade de causar distúrbios que vão para além das simples tentações.

(Estas breves questões foram preparadas pelo P. Duarte Sousa Lara (www.santidade.net), exorcista e doutor em teologia. NUNC COEPI agradece ao P. Nuno Serras Pereira)



[i] 25 Cf. At 16,16-19: «Aconteceu que, um dia, indo nós à oração, nos veio ao encontro uma jovem escrava que tinha um espírito pitónico, e que com as suas adivinhações dava muito lucro a seus amos. Ela, seguindo-nos a Paulo e a nós, gritava, dizendo: “Estes homens são servos do Deus excelso e vos anunciam o caminho da salvação”. E fez isto muitos dias. Paulo, porém, enfadado, tendo-se voltado para ela, disse ao espírito: “Ordeno-te, em nome de Jesus Cristo, que saias dessa mulher”. E ele na mesma hora saiu. Mas, vendo seus amos que se lhes tinha acabado a esperança do lucro, pegando em Paulo e em Silas, os levaram ao foro, às autoridades»; AGOSTINHO DE HIPONA (santo), De divinatione daemonum liber unus: PL 40; TOMÁS DE AQUINO (santo), Summa theologiae, II-II, q. 95, a. 2, c.: «toda a adivinhação é obra dos demónios».
[ii] Cf. At 19,18-19: «Muitos dos que tinham acreditado iam confessar e declarar as suas práticas. Muitos também daqueles que se tinham dedicado à magia, trouxeram os seus livros e queimaram-nos diante de todos»; AGOSTINHO DE HIPONA (santo), De Trinitate, 3,7,12: «os anjos prevaricadores [...] que conferem à magia todo o poder que essa tem».
[iii] Cf. TOMÁS DE AQUINO (santo), Summa theologiae, II-II, q. 95, a. 2, ad 2: «esse modo de adivinhação é culto aos demónios, enquanto com eles se fazem pactos implícitos ou explícitos».

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