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16/08/2012

Evangelho do dia e comentário








T. Comum – XX Semana


Evangelho: Mt 18, 21 - 19, 1

21 Então, aproximando-se d'Ele Pedro, disse: «Senhor, até quantas vezes poderá pecar meu irmão contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?». 22 Jesus respondeu-lhe: «Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23 «Por isso, o Reino dos Céus é comparável a um rei que quis fazer as contas com os seus servos. 24 Tendo começado a fazer as contas, foi-lhe apresentado um que lhe devia dez mil talentos. 25 Como não tivesse com que pagar, o seu senhor mandou que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo o que tinha, e se saldasse a dívida. 26 Porém, o servo, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei tudo”. 27 E o senhor, compadecido daquele servo, deixou-o ir livre e perdoou-lhe a dívida. 28 «Mas este servo, tendo saído, encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários e, lançando-lhe a mão, sufocava-o dizendo: “Paga o que me deves”. 29 O companheiro, lançando-se-lhe aos pés, suplicou-lhe: “Tem paciência comigo, eu te pagarei”. 30 Porém ele recusou e foi mandá-lo meter na prisão, até pagar a dívida. 31 «Os outros servos seus companheiros, vendo isto, ficaram muito contristados e foram referir ao seu senhor tudo o que tinha acontecido. 32 Então o senhor chamou-o e disse-lhe: “Servo mau, eu perdoei-te a dívida toda, porque me suplicaste. 33 Não devias tu também compadecer-te do teu companheiro, como eu me compadeci de ti?”. 34 E o seu senhor, irado, entregou-o aos guardas, até que pagasse toda a dívida. 35 «Assim também vos fará Meu Pai celestial, se cada um não perdoar do íntimo do seu coração ao seu irmão»
19 1 Tendo Jesus acabado estes discursos, partiu da Galileia e foi para o território da Judeia, além Jordão.

Comentário:

Falando de dívidas, todos, em qualquer altura das nossas vidas devemos algo a alguém. Não se trata só de dever bens materiais, algo que precisamos e que alguém nos emprestou, possivelmente até, dinheiro, mas, também, daquelas dívidas que se geram nos actos de amor, de solidariedade, de intercessão.
O amor deve pagar-se com amor, aliás a única forma de ‘pagamento’. O que é emprestado deve devolver-se no prazo acordado ou informar o credor do que se passa. No fim e ao cabo, somos os beneficiários e é de justiça que mostremos gratidão e procuremos compensar quem nos beneficiou.

Assim com Deus Nosso Senhor!

Como pagar-lhe esses «dez mil talentos» [i], essa dívida astronómica que desde o primeiro momento da nossa vida não para de crescer?

Pois a única forma concreta e aceitável de Lhe pagar é fazer, em tudo, a Sua Vontade Santa.

Se assim fizermos, no nosso último momento, teremos saldado a dívida e receberemos um prémio inimaginável.

(ama, comentário sobre Mt 18, 21; 19, 1, 2011.08.11)


[i] Cerca de vinte mil quilos de prata

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