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06/06/2012

Leitura espiritual para 6 de Jun 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Mt 5, 33-48; 6, 1-4

33 «Igualmente ouvistes que foi dito aos antigos: “Não perjurarás, mas guardarás para com o Senhor os teus juramentos”. 34 Eu, porém, digo-vos que não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; 35 nem pela terra, porque é o escabelo de Seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande rei. 36 Nem jurarás pela tua cabeça, pois não podes fazer branco ou preto um só dos teus cabelos. 37 Seja o vosso falar: Sim, sim; não, não. Tudo o que passa disto, procede do Maligno. 38 «Ouvistes que foi dito: “Olho por olho e dente por dente”. 39 Eu, porém, digo-vos que não resistais ao homem mau; mas, se alguém te ferir na tua face direita, apresenta-lhe também a outra; 40 e ao que quer chamar-te a juízo para te tirar a túnica, cede-lhe também a capa. 41 Se alguém te forçar a dar mil passos, vai com ele mais dois mil. 42 Dá a quem te pede e não voltes as costas a quem deseja que lhe emprestes. 43 «Ouvistes que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. 44 Eu, porém, digo-vos: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem. 45 Deste modo sereis filhos do vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre maus e bons, e manda a chuva sobre justos e injustos. 46 Porque, se amais somente os que vos amam, que recompensa haveis de ter? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47 E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de especial? Não fazem também assim os próprios gentios? 48 Sede, pois, perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito
6 1 «Guardai-vos de fazer as boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. De contrário não tereis direito à recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2 «Quando, pois, dás esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 3 Mas, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4 para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará.





Ioannes Paulus PP. II
Redemptoris missio
sobre a Validade permanente
do Mandato Missionário

/…9


76. Para a direcção e coordenação da actividade missionária a nível nacional e regional, revestem-se de grande importância as Conferências episcopais e os seus diversos órgãos. O Concílio pede-lhes que «tratem de pleno acordo as questões mais graves e os problemas mais urgentes, sem transcurarem, porém, as diferenças locais» 162 nem o problema da inculturação. De facto, existe uma acção ampla e regular neste campo, e os frutos são visíveis. Essa acção, porém, deve ser intensificada e melhor interligada com a de outros organismos das mesmas Conferências, para que a solicitude missionária não seja deixada apenas ao cuidado de um certo sector ou organismo, mas seja partilhada por todos.

Os organismos, que se empenham na actividade missionária, unam esforços e iniciativas sempre que isso seja útil. As Conferências dos Superiores Maiores dirijam esse empenhamento no seu âmbito, em contacto com as Conferências episcopais, segundo as indicações e as normas estabelecidas, 163 recorrendo mesmo a comissões mistas. 164 Enfim são de desejar encontros e formas de colaboração entre as várias instituições missionárias, no referente tanto à formação e ao estudo, 165 como à acção apostólica.

CAPÍTULO VII
A COOPERAÇÃO NA ACTIVIDADE MISSIONÁRIA

77. Membros da Igreja por força do baptismo, todos os cristãos são corresponsáveis pela actividade missionária. A participação das comunidades e dos indivíduos cristãos neste direito-dever, é chamada «cooperação missionária».

Tal cooperação radica-se e concretiza-se, antes de mais, no estar pessoalmente unidos a Cristo: só se estivermos unidos a Ele, como 0 ramo à videira (cf. Jo 15, 5), é que poderemos dar bons frutos. A santidade de vida possibilita a cada cristão ser fecundo na missão da Igreja: «o Sagrado Concílio convida a todos a uma profunda renovação interior, para que, uma vez adquirida uma viva consciência da própria responsabilidade na difusão do Evangelho, cumpram a sua parte na actividade missionária no meio dos não cristãos», 166

A participação na missão universal, portanto, não se reduz a algumas actividades isoladas, mas é o sinal da maturidade da fé e de uma vida cristã que dá fruto. Deste modo o crente alarga os horizontes da sua caridade, ao manifestar solicitude por aqueles que estão longe e pelos que estão perto: reza pelas missões e pelas vocações missionárias, ajuda os missionários, acompanha-lhes a actividade com interesse e, quando regressam, acolhe-os com aquela alegria, com que as primitivas comunidades cristãs ouviam, dos Apóstolos, as maravilhas que Deus operara pela sua pregação (cf. At 14, 27).

Oração e sacrifício pelos missionários

78. Entre as várias formas de participação, ocupa o primeiro lugar a cooperação espiritual: oração, sacrifício, testemunho de vida cristã. A oração deve acompanhar os passos dos missionários, para que o anúncio da Palavra se torne eficaz pela graça divina. São Paulo, nas suas Cartas, pede tantas vezes aos fiéis que rezem por ele, para que lhe seja concedido anunciar o Evangelho com confiança e coragem.

A oração deve-se juntar o sacrifício: o valor salvífico de qualquer sofrimento, aceite e oferecido a Deus por amor, brota do sacrifício de Cristo, que chama os membros do Seu Corpo místico a associarem-se aos seus padecimentos, a completá-los na sua própria carne (cf. Col l, 24). O sacrifício do missionário deve ser partilhado e apoiado pelo dos fiéis. Por isso, àqueles que desempenham o seu ministério pastoral junto dos doentes, recomendo que estes sejam instruídos sobre o valor do sofrimento, encorajando-os a oferecê-lo a Deus pelos missionários. Com esta oferta, os doentes tornam-se também missionários, como sublinham alguns movimentos surgidos entre eles e para eles. Nesta perspectiva é que a solenidade do Pentecostes, que assinala o início da missão da Igreja, é celebrada, em algumas comunidades, como «jornada do sofrimento pelas Missões».

«Eis-me, senhor, estou pronto! Enviai-me!» (cf. Is 6, 8)

79. A cooperação exprime-se principalmente na promoção das vocações missionárias, que constituem o seu elemento indispensável. A este propósito, apesar da validade reconhecida às diversas formas de empenhamento missionário, todavia é necessário reafirmar ao mesmo tempo a prioridade da doação total e perpétua à obra das missões, especialmente nos Institutos e Congregações missionárias, masculinas e femininas. A promoção de tais vocações representa o coração da cooperação: o anúncio do Evangelho requer proclamadores, a messe tem necessidade de trabalhadores, a missão realiza-se sobretudo através de homens e mulheres que consagraram a vida à obra do Evangelho, dispostos a irem por todo o mundo levar a salvação.

Desejo, portanto, recomendar insistentemente esta solicitude pelas vocações missionárias. Conscientes da responsabilidade universal dos cristãos de contribuírem para a obra missionária e para o progresso das populações pobres, todos nos devemos interrogar porquê, em diversas nações, enquanto por um lado crescem os donativos materiais, por outro ameaçam desaparecer as vocações missionárias, que constituem a verdadeira medida da entrega aos irmãos. As vocações ao sacerdócio e à vida consagrada são um sinal seguro da vitalidade de uma Igreja.

80. Pensando neste problema grave, dirijo o meu apelo, com particular confiança e afecto, às famílias e aos jovens. As famílias, e sobretudo os pais, estejam conscientes do dever que têm de dar «um contributo particular à causa missionária da Igreja, cultivando as vocações missionárias entre os seus filhos e filhas». 167

Uma vida de intensa oração, um sentido real do serviço ao próximo, e uma generosa colaboração nas actividades eclesiais oferece às famílias as condições favoráveis à vocação dos jovens. Quando os pais estão prontos a consentir que um dos seus filhos parta para a missão, quando eles rogaram ao Senhor uma tal graça, Deus os recompensará, na alegria, no dia em que um dos seus filhos ou filhas escutar o Seu chamamento.

Aos jovens, eu peço que escutem a palavra de Cristo, a eles dirigida hoje, como então foi dita a Simão Pedro e a André na margem do lago: «Vinde após Mim, e Eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4, 19). Que eles tenham a coragem de responder como Isaías: «Eis-me Senhor, estou pronto! Enviai- me!» (cf. Is 6, 8). Esses jovens encontrarão à sua frente uma vida fascinante, e conhecerão a alegria profunda de anunciar a «Boa Nova» aos irmãos e irmãs que orientarão pelo caminho da salvação.

«Há mais alegria em dar do que em receber» (At 20, 35)

81. São muitas as necessidades materiais e económicas das missões: não apenas para dotar a Igreja de estruturas mínimas, tais como capelas, escolas para catequistas e seminaristas, residências, mas também para sustentar as obras de caridade, de educação e de promoção humana, campo vastíssimo de acção, especialmente nos Países pobres. A Igreja missionária dá aquilo que recebe, distribui aos pobres aquilo que os seus filhos mais dotados de bens materiais lhe põem generosamente à disposição. Neste momento, desejo agradecer a todos quantos, com sacrifício, contribuem para a obra missionária: as suas renúncias e a sua participação são indispensáveis para construir a Igreja e testemunhar a caridade.

Quanto às ajudas materiais, é importante ver o espírito com que se dá. Para isso torna-se necessário rever o próprio estilo de vida: as missões não solicitam apenas uma ajuda, mas uma partilha do anúncio e da caridade para os pobres. Tudo o que recebemos de Deus - tanto a vida como os bens materiais - não é nosso, mas foi-nos confiado em uso. Que a generosidade no dar seja sempre iluminada e inspirada pela fé! Então verdadeiramente haverá mais alegria em dar do que em receber.

O Dia Mundial das Missões, orientado à sensibilização para o problema missionário, mas também para a recolha de fundos, constitui um momento importante na vida da Igreja, porque ensina como se deve dar o contributo: na celebração eucarística, ou seja, como oferta a Deus, e para todas as missões do mundo.

Novas formas de cooperação missionária

82. A cooperação alarga-se hoje para novas formas, não só no âmbito da ajuda económica, mas também no da participação directa. Situações novas, conexas com o facto da mobilidade, exigem dos cristãos um autêntico espírito missionário. Recordo algumas, a título de exemplo.

O turismo a nível internacional é já um fenómeno de massa, certamente positivo, se for praticado numa atitude respeitadora, para mútuo enriquecimento cultural, evitando ostentação e esbanjamento, e procurando o contacto humano. Mas, aos cristãos, é pedida sobretudo a consciência de que devem ser sempre testemunhas da fé e da caridade de Cristo. O conhecimento directo da vida missionária e das novas comunidades cristãs também pode enriquecer e revigorar a fé. Não posso deixar de louvar as visitas às missões, em particular as dos jovens que vão trabalhar e fazer uma experiência forte de vida cristã.

A necessidade de emprego leva hoje numerosos cristãos de comunidades jovens, para áreas onde o cristianismo é desconhecido e, às vezes, banido ou perseguido. O mesmo acontece aos fiéis de Países de antiga tradição cristã, que vão trabalhar temporariamente para Países não cristãos. Estas estadias são de certeza uma oportunidade para viver e testemunhar a fé. Nos primeiros séculos, o cristianismo espalhou-se graças sobretudo aos cristãos, que, tendo de se estabelecer, noutras regiões onde Cristo não tinha sido anunciado, testemunhavam corajosamente a sua fé e fundavam aí as primeiras comunidades.

Mais numerosos, porém, são os cidadãos dos Países de missão e membros de religiões não cristãs que se vão estabelecer noutras Nações, por motivos de estudo e de trabalho, ou forçados pelas condições políticas ou económicas do lugar de origem. A presença destes irmãos, nos Países de antiga tradição cristã, constitui um desafio às comunidades eclesiais, estimulando-as ao acolhimento, ao diálogo, ao serviço, à partilha, ao testemunho e ao anúncio directo. Praticamente, também nos Países cristãos, se formam grupos humanos e culturais que necessitam da missão ad gentes, e as Igrejas locais, inclusive com a ajuda de pessoas vindas dos países originários e de missionários regressados, devem ocupar-se destas situações.

A cooperação missionária está também ao alcance e empenha os responsáveis da política, da economia, da cultura, do jornalismo, bem como os peritos dos vários organismos internacionais. No mundo actual, é cada vez mais difícil traçar linhas de demarcação geográfica ou cultural: há uma interdependência crescente entre os povos, o que representa um estímulo para o testemunho cristão e para a evangelização.

Animação e formação missionária do Povo de Deus

83. A formação missionária é obra da Igreja local, com a ajuda dos missionários e dos seus Institutos, bem como dos cristãos das jovens Igrejas. Este trabalho não deve ser visto como marginal, mas central na vida cristã. Mesmo para a «nova evangelização» dos povos cristãos, o tema missionário pode ser de grande proveito: o testemunho dos missionários mantém efectivamente e seu fascínio sobre os que se afastaram e os descrentes, e transmite valores cristãos. As Igrejas locais, pois, insiram a animação missionária como elemento fulcral, na pastoral ordinária das dioceses e paróquias, das associações e grupos, especialmente juvenis.

Para este fim serve antes de mais a informação através da imprensa missionária, e dos vários subsídios audiovisuais. O seu papel é extremamente importante, enquanto dão a conhecer a vida da Igreja, a palavra e as experiências dos missionários e das Igrejas locais, junto daqueles para quem trabalham. É necessário, pois, que nas Igrejas mais novas, que ainda não são capazes de possuir um serviço de imprensa e outros subsídios, a iniciativa seja assumida pelos Institutos missionários que, para tal, dedicarão o pessoal e meios necessários.

Para tal formação, estão chamados os sacerdotes e seus colaboradores pastorais, os educadores e professores, os teólogos, especialmente aqueles que ensinam nos seminários e nos centros para leigos. O ensino teológico não pode nem deve prescindir da missão universal da Igreja, do ecumenismo, do estudo das grandes religiões e da missiologia. Recomendo que, sobretudo nos seminários e nas casas de formação para religiosos e religiosas, se faça tal estudo, procurando também que alguns sacerdotes, ou alunos e alunas se especializem nos diversos campos das ciências missiológicas.

As actividades de formação sejam sempre orientadas para os seus fins específicos: informar e formar o Povo de Deus para a missão universal da Igreja, fazer nascer vocações ad gentes, suscitar cooperação para a evangelização. Não podemos, de facto, dar uma imagem redutora da actividade missionária, como se esta fosse principalmente auxílio aos pobres, contributo para a libertação dos oprimidos, promoção do desenvolvimento, defesa dos direitos humanos. A Igreja missionária está empenhada também nestas frentes, mas a sua tarefa primária é outra: os pobres têm fome de Deus, e não apenas de pão e de liberdade, devendo a actividade missionária testemunhar e anunciar, antes de mais, a salvação em Cristo, fundando as Igrejas locais, que serão depois instrumento de libertação integral.

A responsabilidade primária das Obras Missionárias Pontifícias

84. Nesta obra de animação, 'o dever primeiro compete às Pontifícias Obras Missionárias, como várias vezes afirmei nas Mensagens para o Dia Mundial das Missões. As quatro Obras - Propagação da Fé, S. Pedro Apóstolo, Santa Infância e União Missionária - têm em comum o objectivo de promover o espírito missionário universal, no seio do Povo de Deus. A União Missionária tem como fim imediato e específico a sensibilização e formação missionária dos sacerdotes, religiosos e religiosas, que por sua vez a deverão promover nas comunidades cristãs; além disso, ela procura impulsionar as outras Obras, de que é a alma. 168 «A palavra de ordem deve ser esta: todas as Igrejas pela conversão de todo o mundo», 169

Sendo do Papa e do Colégio episcopal, estas Obras ocupam, também no âmbito das Igrejas particulares, «justamente o primeiro lugar, já que são meios quer para infundir nos católicos, desde a infância, um espírito verdadeiramente universal e missionário, quer para favorecer uma adequada recolha de fundos em favor de todas as missões, segundo a necessidade de cada uma». 170 Uma outra finalidade das Obras Missionárias é a de suscitar vocações ad gentes, por total consagração de vida, tanto nas Igrejas antigas como nas mais jovens. Recomendo que orientem cada vez mais para este fim, o seu serviço de animação.

No exercício da sua actividade, estas Obras dependem, a nível universal, da Congregação para a Evangelização, e, a nível local, das Conferências episcopais e do Bispo de cada diocese, devendo colaborar com os centros de animação existentes: elas geram, no mundo católico, aquele espírito de universalidade e de serviço à missão, sem o qual não existirá verdadeira cooperação.

Não só dar à missão, mas também receber

85. Cooperar para a missão, não significa apenas dar, mas também saber receber. Todas as Igrejas particulares, jovens e antigas, são chamadas a dar e a receber da missão universal, e nenhuma se deve fechar em si própria. «Em virtude desta catolicidade - diz o Concílio -, cada uma das partes traz dons próprios às outras e a toda a Igreja, de modo que o todo e cada uma das partes aumentem pela comunicação mútua entre todos e pela aspiração comum à plenitude na unidade (...). Daí nascem, entre as diversas partes da Igreja, laços de íntima união quanto às riquezas espirituais, obreiros apostólicos e ajudas materiais». 171

Exorto todas as Igrejas e os pastores, os sacerdotes, os religiosos e os fiéis, a abrirem-se à universalidade da Igrejá, evitando toda a forma de particularismo, exclusivismo, ou qualquer sentimento de auto-suficiência. As Igrejas locais, radicadas no seu povo e na sua cultura, devem todavia manter, em concreto, esse sentido universal da fé, isto é, dando e recebendo das outras Igrejas dons espirituais, experiências pastorais de primeiro anúncio e de evangelização, de pessoal apostólico e meios materiais.

De facto, a tendência para se fechar em si própria pode ser forte: as Igrejas antigas, preocupadas com a nova evangelização, pensam que agora devem realizar a missão em casa, e correm o risco de refrear o ímpeto para o mundo não cristão, sendo pouca a vontade de dar vocações aos Institutos missionários, às Congregações religiosas. Ora é dando generosamente do nosso, que se recebe, e as jovens Igrejas, muitas das quais conhecem um prodigioso florescimento de vocações, estão já hoje em condições de enviar sacerdotes, religiosos e religiosas para as Igrejas antigas.

As Igrejas jovens, por outro lado, sentem o problema da própria identidade, da inculturação, da liberdade de crescer sem influências externas, com a possível consequência de fe charem as portas aos missionários. A estas Igrejas, digo: longe de vos isolardes, acolhei de boa vontade os missionários e os meios, vindos das outras Igrejas, e vós próprias enviai- os também. Precisamente para os problemas que vos angustiam, tendes necessidade de vos manterdes em contínua relação com os irmãos e irmãs na fé. Servindo-vos de todo o meio legítimo, fazei valer a liberdade a que tendes direito, pensando que os discípulos de Cristo têm o dever de «obedecer antes a Deus do que aos homens» (At 5, 29).

(Nota: Revisão da tradução para português por ama)
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Notas:
162 Decreto sobre a actividade missionária da Igreja Ad gentes, 31.
163 Cf. ibid., 33.
164 Cf. Paulo VI, Cart. Ap. sob forma de motu proprio data Ecclesiae Sanctae (6/VIII/1966), II, 43: AAS 58 (1966), 782.
165 Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Decreto sobre a actividade missíonária da Igreja Ad gentes, 34; PAULO VI, Motu proprio Ecclesiae sanctae, III, n. 22: l.c., 787.
166 Conc. Ecum. Vat. II, Decreto sobre a actividade missionária da Igreja Ad gentes, 35; cf. C.I.C. cán. 211. 781.
167 Exort. ap. Familiaris consortio, 54: l.c., 147.
168 Cf. PAULO VI, Cart. Ap. Graves et increscentes (5/IX/1966): AAS 58 (1966), 750-756.
169 P. MANNA, Le nostre « Chrise » e la propagazione del Vangelo, Trentola Ducenta, 1952, 2 p. 35.
170 Conc. ECUM. VAT. II, Decreto sobre a actividade missionária da Igreja Ad gentes, 38.
171 Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 13.


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