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19/05/2012

Leitura espiritual para 19 Mai 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver, clicar SFF.
Evangelho: Jo 13, 1-17


1 Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a Sua hora de passar deste mundo ao Pai, tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até ao extremo. 2 Durante a ceia, tendo já o demónio posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a determinação de O entregar, 3 Jesus, sabendo que o Pai tinha posto nas Suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e voltava para Deus, 4 levantou-Se da mesa, depôs as vestes e, pegando numa toalha, cingiu-Se com ela. 5 Depois deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, e a enxugá-los com a toalha com que estava cingido. 6 Chegou, pois, a Simão Pedro. Pedro disse-Lhe: «Senhor, Tu lavares-Me os pés?».7 Jesus respondeu-lhe: «O que Eu faço, tu não o compreendes agora, mas compreendê-lo-ás depois». 8 Pedro disse-Lhe: «Jamais me lavarás os pés!». Jesus respondeu-lhe: «Se Eu não te lavar não terás parte comigo». 9 Simão Pedro disse-Lhe: «Senhor, não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». 10 Jesus disse-lhe: «Aquele que tomou banho não tem necessidade de se lavar, pois todo ele está limpo. Vós estais limpos, mas não todos». 11 Ele sabia quem era o que O ia entregar, por isso disse: «Nem todos estais limpos». 12 Depois que lhes lavou os pés e que retomou as Suas vestes, tendo tornado a pôr-Se à mesa disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? 13 Chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem porque o sou. 14 Se Eu, pois, sendo vosso Senhor e Mestre, vos lavei os pés também vós deveis lavar os pés uns aos outros. 15 Dei-vos o exemplo para que, como Eu vos fiz, assim façais vós também. 16 Em verdade, em verdade vos digo: o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. 17 Já que compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes.






Ioannes Paulus PP. II
Dominum et vivificantem
sobre o Espírito Santo
na Vida da Igreja e do Mundo

/…7

TERCEIRA PARTE - O ESPÍRITO QUE DÁ A VIDA

1. Motivo do Jubileu do ano 2000: Cristo, «que foi concebido do Espírito Santo»

49. O pensamento e o coração da Igreja voltam-se para o Espírito Santo, neste final do século XX e na perspectiva do terceiro Milénio depois da vinda de Jesus Cristo ao mundo, ao mesmo tempo que começamos a olhar para o grande Jubileu, com o qual a mesma Igreja irá celebrar o acontecimento. Essa vinda, de facto, coloca-se na escala do tempo humano, como um acontecimento que pertence à história do homem sobre a terra. A medida do tempo, usada comummente, determina os anos, os séculos e os milénios, segundo decorrem antes ou depois do nascimento de Cristo. Mas é necessário ter presente também que este acontecimento significa, para nós cristãos, segundo o Apóstolo, a «plenitude dos tempos», 193 porque, nele, a história do homem foi completamente penetrada pela «medida» do próprio Deus: uma presença transcendente no «nunc», no Hoje eterno. «Aquele que é, que era e que há-de-vir»; Aquele que é «o Alfa e o Ómega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim». 194 «Com efeito, Deus amou tanto o mundo que lhe deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que n'Ele crer não pereça mas tenha a vida eterna». 195 «Ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o seu Filho, nascido de mulher... para que nós recebêssemos a adopção de filhos». 196 E esta Incarnação do Filho-Verbo deu-se «por obra do Espírito Santo».

Os dois Evangelistas, aos quais ficámos a dever a narração do nascimento e da infância de Jesus de Nazaré, exprimem-se da mesma maneira sobre este ponto. Segundo São Lucas, perante a anunciação do nascimento de Jesus, Maria pergunta: «Como se realizará isso se eu não conheço homem?» E recebe esta resposta: «O Espírito Santo descerá sobre ti e a potência do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer será santo e chamar-se-á Filho de Deus». 197

São Mateus narra directamente: «Ora o nascimento de Jesus foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de habitarem juntos, achou-se que tinha concebido por virtude do Espírito Santo». 198 José, perturbado por este estado de coisas, recebeu num sonho a seguinte explicação: «Não temas receber contigo Maria, tua esposa, pois o que nela se gerou é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados». 199

Assim, a Igreja professa desde as suas origens o mistério da Incarnação, mistério chave da sua fé, referindo-se ao Espírito Santo. O Símbolo dos Apóstolos exprime-se deste modo: «O qual foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu de Maria Virgem». Não diversamente atesta o Símbolo Niceno-Costantinopolitano: «Incarnou por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria e se fez homem».

«Por obra do Espírito Santo» fez-se homem Aquele que a Igreja, com as palavras do mesmo Símbolo, proclama ser consubstancial ao Pai: «Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado». Fez-se homem «incarnando no seio da Virgem Maria». Eis o que se cumpriu «ao chegar a plenitude dos tempos».

50. O grande Jubileu, com que se concluirá o segundo Milénio, para o qual a Igreja se está a preparar já, tem directamente um perfil cristológico: trata-se, efectivamente, de celebrar o nascimento de Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, porém, ele tem um perfil pneumatológico, dado que o mistério da Incarnação se realizou «por obra do Espírito Santo». «Operou-o» aquele Espírito que — consubstancial ao Pai e ao Filho — é, no mistério absoluto de Deus uno e trino, a Pessoa-Amor, o Dom incriado, que é fonte eterna de toda a dádiva que provém de Deus na ordem da criação, o princípio directo e, em certo sentido, o sujeito da auto-comunicação de Deus na ordem da graça. O mistério da Incarnação constitui o ápice da dádiva suprema, dessa auto-comunicação de Deus.

Com efeito, a concepção e o nascimento de Jesus Cristo são a obra maior realizada pelo Espírito Santo na história da criação e da salvação: a graça suprema — «a graça da união» — fonte de todas as outras graças, como explica Santo Tomás. 200 O grande Jubileu relaciona-se com esta graça e também, se penetrarmos na sua profundidade, com o artífice desta obra, a Pessoa do Espírito Santo.

À «plenitude dos tempos» corresponde, efectivamente, uma particular plenitude da auto-comunicação de Deus uno e trino no Esptrito Santo. Foi «por obra do Espírito Santo» que se realizou o mistério da união hipostática, ou seja, da união da natureza divina com a natureza humana, da divindade e da humanidade, na única Pessoa do Verbo-Filho. Quando Maria, no momento da anunciação, pronuncia o seu «fiat»: «Faça-se em mim segundo a tua palavra», 201 ela concebe de modo virginal um homem, o Filho do homem, que é o Filho de Deus. Graças a esta «humanização» do Verbo-Filho, a auto-comunicação de Deus atinge a sua plenitude definitiva na história da criação e da salvação. Esta plenitude adquire uma densidade particular e uma eloquência muito expressiva no texto do Evangelho de São João: «O Verbo fez-se carne». 202 A Incarnação de Deus-Filho significa que foi assumida à unidade com Deus não apenas a natureza humana, mas também, nesta, em certo sentido, tudo o que é «carne»: toda a humanidade, todo o mundo visível e material. A Incarnação, por conseguinte, tem também um significado cósmico, uma dimensão cósmica. O «gerado antes de toda criatura», 203 ao incarnar-se na humanidade individual de Cristo, une-se, de algum modo, com toda a realidade do homem, que também é «carne» 204 e, nela, com toda a «carne», com toda a criação.

51. Tudo isto se realiza «por obra» do Espírito Santo; e, por conseguinte, faz parte do conteúdo do grande Jubileu futuro. A Igreja não pode preparar-se para esse Jubileu de outro modo que não seja no Espírito Santo. Aquilo que «na plenitude dos tempos» se realizou por obra do Espírito Santo, só por sua obra pode emergir agora da memória da Igreja. É por sua obra, que isso pode tornar-se presente na nova fase da história do homem sobre a terra: o ano 2000 depois do nascimento de Cristo.

O Espírito Santo, que com a sombra da sua potência cobriu o corpo virginal de Maria, dando assim início à maternidade divina nela, ao mesmo tempo tornou o seu coração perfeitamente obediente pelo que respeita àquela auto-comunicação de Deus, que superava qualquer conceito e todas as faculdades do homem. «Bem-aventurada aquela que acreditou»: 205 assim foi saudada Maria, pela sua parente Isabel, também ela «cheia do Espírito Santo». 206 Nas palavras de saudação àquela que «acreditou» parece delinear-se um contraste longínquo (mas, na realidade, muito próximo) com relação a todos aqueles de quem Cristo dirá que «não acreditaram». 207 Maria entrou na história da salvação do mundo mediante a obediência da fé. E a fé, na sua essência mais profunda, é a abertura do coração humano diante do Dom: diante da auto-comunicação de Deus no Espírito Santo. São Paulo escreve: «O Senhor é espírito, e onde está o espírito do Senhor, aí há liberdade». 208 Quando Deus uno e trino se abre ao homem no Espírito Santo, esta sua «abertura» revela e, ao mesmo tempo, doa à criatura-homem a plenitude da liberdade. Esta plenitude manifesta-se de um modo sublime na fé de Maria, pela sua «obediência de fé»; 209 sim, verdadeiramente, «bem-aventurada aquela que acreditou»!

2. Motivo do Jubileu: manifestou-se a graça

52. No mistério da Incarnação, a obra do Espírito, «que dá a vida», atinge o seu vértice. Não é possível dar a vida, que está em Deus de um modo pleno, senão fazendo dela a vida de um Homem, como é Cristo na sua humanidade personalizada pelo Verbo na união hipostática. Ao mesmo tempo, com o mistério da Incarnação jorra, de um modo novo, a fonte dessa vida divina na história da humanidade: o Espírito Santo. O Verbo «gerado antes de toda a criatura», torna-se «o primogénito entre muitos irmãos» 210 e torna-se assim também a cabeça do Corpo que é a Igreja — que nascerá da Cruz e será revelada no dia do Pentecostes — e, na Igreja, a cabeça da humanidade: dos homens de cada nação, de todas as raças, de todos os países e culturas, de todas as línguas e continentes, todos eles chamados à salvação. «O Verbo fez-se carne, (aquele Verbo no qual) estava a vida e a vida era a luz dos homens... A quantos o receberam deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». 211 Mas tudo isto se realizou e se realiza incessantemente «por obra do Espírito Santo».

«Filhos de Deus» são, com efeito — como ensina o Apóstolo — «todos aqueles que são movidos pelo Espírito de Deus». 212 A filiação pela adopção divina nasce nos homens sobre a base do mistério da Incarnação; e, portanto, graças a Cristo, que é o Filho eterno. Todavia, o nascer ou renascer dá-se quando Deus Pai «envia aos nossos corações o Espírito do seu Filho». 213 É então que, na verdade, «recebemos o espírito de adopção filial, pelo qual bradamos: "Aba, ó Pai!"». 214 Portanto, esta filiação divina, enxertada na alma humana com a graça santificante, é obra do Espírito Santo. «O próprio Espírito atesta ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos igualmente herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo». 215 A graça santificante é no homem o princípio e a fonte da vida nova: vida divina, sobrenatural.

A dádiva desta vida nova é como que a resposta definitiva de Deus ao grito do Salmista, no qual ecoa, de certo modo, a voz de todas as criaturas: «Se enviais o vosso Espírito, serão criados e renovais a face da terra». 216 Aquele que, no mistério da criação, dá ao homem e ao cosmos a vida sob as suas múltiplas formas, visíveis e invisíveis, renova-a ainda pelo mistério da Incarnação. A criação é assim completada pela Incarnação e, desde esse momento, penetrada pelas forças da Redenção, que investem a humanidade e a criação inteira. É o que nos diz São Paulo, cuja visão cósmico-teológica parece retomar os termos do antigo Salmo: a criação «aguarda ansiosamente a revelação dos filhos de Deus», 217 ou seja, daqueles que Deus, tendo-os «conhecido desde sempre», também os «predestinou para serem conformes à imagem do seu Filho». 218 Dá-se, assim, uma «adopção filial» sobrenatural dos homens, da qual é origem o Espírito Santo, Amor e Dom. Como tal Ele é dado com prodigalidade aos homens. E na superabundância do Dom incriado tem início, no coração de cada homem, aquele particular dom criado, mediante o qual os homens «se tornam participantes da natureza divina». 219 Deste modo, a vida humana é impregnada pela participação na vida divina e adquire também ela uma dimensão divina, sobrenatural. Tem-se assim a vida nova, pela qual, como participantes do mistério da Incarnação, «os homens... têm acesso ao Pai no Espírito Santo». 220 Existe, pois, uma estreita dependência de causalidade entre o Espírito, que dá a vida, e a graça santificante, com aquela vitalidade sobrenatural multiforme que dela deriva no homem: entre o Espírito incriado e o espírito humano criado.

53. Pode dizer-se que tudo isto é abrangido no âmbito do grande Jubileu, acima mencionado. Com efeito, impõe-se ir além da dimensão histórica do facto, considerado somente à superfície. É necessário chegar a atingir, no próprio conteúdo cristológico do facto, a dimensão pneumatológica, abarcando com o olhar da fé o conjunto dos dois milénios da acção do Espírito da verdade, o qual, ao longo dos séculos, indo aurir do tesouro da Redenção de Cristo, foi dando aos homens a vida nova, realizando neles «a adopção filial» no Filho unigénito e santificando-os, de tal modo que eles podem repetir com São Paulo: «Recebemos o Espírito que vem de Deus». 221

Mas ao considerar este motivo do Jubileu, não é possível limitar-se aos dois mil anos decorridos desde o nascimento de Cristo. É necessário retroceder no tempo, abarcar toda a acção do Espírito Santo mesmo antes de Cristo, desde o princípio, em todo o mundo e, especialmente, na economia da Antiga Aliança. Esta acção, de facto, em todos os lugares e em todos os tempos, ou antes, em cada homem, desenrolou-se segundo o eterno desígnio de salvação, no qual ela anda estreitamente unida ao mistério da Incarnação e da Redenção; este mistério já tinha exercido a sua influência naqueles que acreditavam em Cristo que havia de vir. Isto é atestado, de modo particular, na Epístola aos Efésios. 222 A graça, portanto, comporta um carácter cristológico e, conjuntamente, um carácter pneumatológico, que se realiza sobretudo naqueles que expressamente aderem a Cristo: «N'Ele (em Cristo)... fostes marcados com o selo do Espírito Santo, que fora prometido, o qual é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção». 223

No entanto, sempre na perspectiva do grande Jubileu, também devemos alargar as nossas vistas para mais longe, «para o largo», conscientes de que «o vento sopra onde quer», segundo a imagem usada por Jesus no colóquio com Nicodemos. 224 O Concílio Vaticano II, centrando a atenção sobretudo no tema da Igreja, recorda-nos a acção do Espírito Santo mesmo «fora» do corpo visível da Igreja. Ele fala precisamente de «todos os homens de boa vontade, no coração dos quais invisivelmente opera a graça. Na verdade, se Cristo morreu por todos e a vocação última do homem é realmente uma só, a saber, a divina, nós devemos manter que o Espírito Santo oferece a todos, de um modo que só Deus conhece, a possibilidade de serem associados ao mistério pascal». 225

54. «Deus é espírito, e os seus adoradores em espírito e verdade é que devem adorá-lo». 226 Jesus pronunciou estas palavras num outro dos seus colóquios: aquele que teve com a Samaritana. O grande Jubileu, que será celebrado no final deste Milénio e no início do seguinte, deve constituir um forte apelo dirigido a todos aqueles que «adoram a Deus em espírito e verdade». Deve ser para todos uma ocasião especial para meditar no mistério de Deus uno e trino que, em si mesmo, é absolutamente transcendente em relação ao mundo, de modo especial em relação ao mundo visível; é, na realidade, Espírito absoluto: «Deus é espírito». 227 Mas, simultaneamente e de um modo admirável, não só está próximo deste mundo, mas está aí presente e, em certo sentido, imanente, compenetra-o e vivifica-o por dentro. Isto é válido, em especial, quanto ao homem: Deus está no íntimo do seu ser, como pensamento, consciência e coração; é uma realidade psicológica e ontológica que levava Santo Agostinho, ao considerá-la, a dizer de Deus: «interior intimo meo» (mais íntimo do que o meu íntimo). 228 Estas palavras ajudam-nos a compreender melhor as que Jesus dirigiu à Samaritana: «Deus é espírito». Somente o Espírito pode ser «mais íntimo do que o meu íntimo», quer no ser quer na experiência espiritual; só o Espírito pode ser a tal ponto imanente ao homem e ao mundo, permanecendo inviolável e imutável na sua transcendência absoluta.

Mas, em Jesus Cristo, a presença divina no mundo e no homem manifestou-se de uma maneira nova e sob forma visível. N'Ele, verdadeiramente, «manifestou-se a graça». 229 O amor de Deus Pai, dom, graça infinita e princípio de vida, tornou-se patente em Cristo e, na sua humanidade, tornou-se «parte» do universo, do género humano e da história. Esta «manifestação» da graça na história do homem, mediante Jesus Cristo, realizou-se por obra do Espírito Santo, que é o princípio de toda a acção salvífica de Deus no mundo: Ele, «Deus escondido», 230 que como Amor e Dom «enche o universo». 231 Toda a vida da Igreja, tal como se irá manifestar no grande Jubileu, significa um caminhar ao encontro de Deus escondido, ao encontro do Espírito, que dá a vida.

(Nota: Revisão da tradução para português por ama)
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Notas:
193 Cf. Gál 4, 4.
194 Apoc 1, 8; 22, 13.
195 Jo 3, 16.
196 Gál 4, 4 s.
197 Lc 1, 34 s.
198 Mt 1, 18.
199 Mt 1 , 20 s.
200 Cf. S. TOMÁS DE AQUINO, Summa Theol. IIIa, q. 2, aa. 10, 12 q.6, a.6; q. 7, a. 13.
201 Lc 1, 38.
202 Jo 1, 14.
203 Col 1, 15.
204 Cf. por exemplo, Gén 9, 11; Dt 5, 26, Jó 34, 15; Is 40. 6; 52, 10; Sl 145 [144], 21; Lc 3, 6; 1 Pdr 1, 24.
205 Lc 1, 45.
206 Cf. Lc 1, 41.
207 Cf. Jo 16, 9.
208 2 Cor 3, 17.
209 Cf. Rom 1, s.
210 Rom 8, 29.
211 Cf. Jo 1, 14. 4. 12 s.
212 Cf. Rom 8, 14.
213 Cf. Gál 4, 6; Rom 5, 5: 2 Cor 1, 22.
214 Rom 8, 15.
215 Rom 8, 16 s.
216 Cf. Sl 104 [103], 30.
217 Rom 8, 19.
218 Rom 8, 29.
219 Cf. 2 Pdr 1, 4.
220 Cf. Ef 2, 18; Const. dogm. sobre a Divina Revelação Dei Verbum, 2.
221 Cf. 1 Cor 2, 12.
222 Cf. Ef 1, 3-14.
223 Ef 1, 13 s.
224 Cf. Jo 3, 8.
225 Const. past. sobre a Igreja no mundo contemporâneo Gaudium et spes, 22; cf. Const. dogm. sobre a Igreja Lumen gentium, 16.
226 Jo 4, 24.
227 Ibid.
228 Cf. S. AGOSTINHO, Confess. III, 6, 11: CCL 27, 33.
229 Cf. Tit 2, 11.
230 Cf. Is 45, 15.
231 Cf. Sab 1, 7.

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