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15/02/2012

Leitura Espiritual para 15 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 12, 13-34

13 Enviaram-Lhe alguns dos fariseus e dos herodianos, para que O apanhassem em alguma palavra. 14 Chegando eles, disseram-Lhe: «Mestre, sabemos que és verdadeiro, que não atendes a respeitos humanos; porque não consideras o exterior dos homens, mas ensinas o caminho de Deus segundo a verdade: É lícito pagar o tributo a César, ou não? Devemos pagar ou não?». 15 Jesus, reconhecendo a sua hipocrisia, disse-lhes: «Porque Me tentais? Trazei-Me um denário para Eu ver». 16 Eles o trouxeram. Então disse-lhes: «De quem é esta imagem e esta inscrição?». Responderam-Lhe: «De César». 17 Então Jesus disse-lhes: «Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus». E admiravam-n'O. 18 Foram ter com Ele os saduceus, que negam a ressurreição, e interrogaram-n'O, dizendo: 19 «Mestre, Moisés deixou-nos escrito que, se morrer o irmão de alguém e deixar a mulher sem filhos, seu irmão tome a mulher dele e dê descendência a seu irmão. 20 Ora havia sete irmãos. O primeiro casou e morreu sem deixar filhos. 21 O segundo casou com a viúva e morreu também sem deixar filhos. Do mesmo modo o terceiro. 22 Nenhum dos sete deixou filhos. Depois deles todos, morreu também a mulher. 23 Na ressurreição, pois, quando tornarem a viver, de qual deles será ela mulher? Porque os sete a tiveram por mulher». 24 Jesus respondeu-lhes: «Não andareis vós em erro, porque não compreendeis as Escrituras, nem o poder de Deus? 25 Quando ressuscitarem de entre os mortos, nem os homens tomarão mulheres, nem as mulheres maridos, mas todos serão como anjos do céu. 26 Relativamente à ressurreição dos mortos, não lestes no livro de Moisés, como Deus lhe falou sobre a sarça, dizendo: “Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacob”? 27 Ele não é Deus dos mortos, mas dos vivos. Logo vós estais num grande erro». 28 Então aproximou-se um dos escribas, que os tinha ouvido discutir. Vendo que Jesus lhes tinha respondido bem, perguntou-Lhe: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?». 29 Jesus respondeu-lhe: «O primeiro de todos os mandamentos é este: “Ouve, Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30 Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com todas as tuas forças”. 31 O segundo é este: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Não há outro mandamento maior do que estes». 32 Então o escriba disse-Lhe: «Mestre, disseste bem e com verdade que Deus é um só, e que não há outro fora d'Ele; 33 e que amá-l'O com todo o coração, com todo o entendimento, com toda a alma, e com todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, vale mais que todos os holocaustos e sacrifícios». 34 Vendo Jesus que tinha respondido sabiamente, disse-lhe: «Não estás longe do reino de Deus». Desde então ninguém mais ousava interrogá-l'O.

Talita Kum - Levanta-te
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Outros tomam uma decisão pessoal importante: Têm se de esclarecer, tirar dúvidas, saber mais.
Compreendem que o Mestre fala em parábolas para que todos entendam a Sua mensagem, mas, no seu caso, desejam ouvir em concreto a doutrina de Jesus a qual se lhes afigura muito digna de estudo detalhado. Como homens de saber, habituados a interpretar a lei, mais que a curiosidade move-os o desejo de aprofundar, de ir mais longe.

Talvez, um destes se chame Nicodemos…
   
Jesus retoma a conversa com Jairo, mas por pouco tempo. Este é interpelado por dois de sua casa que, pressurosos, «vêm dizer-lhe: Tua filha morreu. Para que incomodar mais o Mestre?»

É um choque para Jairo, desconsolado, pensa que se não fosse, talvez, a interrupção da hemorroíssa, já teriam chegado a casa e ainda a tempo de evitar tão doloroso desfecho. Fica abatido e amargurado. Fora em vão o seu intento de arrastar Jesus a sua casa para que operasse o milagre da cura da sua querida filha. Mas, Jesus, retoma o seu braço e, na sua voz profunda e apaziguadora diz-lhe: «Não temas; basta que tenhas fé.»

Jairo recompõe-se. A mesma fé que o trouxera ao Mestre, regressa agora mais forte. Por momentos duvidara, mas agora, a dúvida converte-se em certeza: Jesus fará o que lhe pediu.

Connosco acontece muitas vezes o mesmo que a Jairo.
Rezamos, cheios de fé pedindo auxílio, protecção, um favor. No nosso íntimo reside a convicção que o Senhor nos ouve e nos fará o que Lhe pedimos. Mas, quando não se verifica o que ambicionámos, quando parece que foi em vão o nosso pedido, não obstante a confiança que nele pusemos, o desânimo apodera-se de nós e como que uma frustração entra insidiosamente destruindo a nossa confiança

Queremos que Deus nos faça exactamente o que Lhe pedimos e, se o não faz, sentimo-nos abandonados e preteridos na nossa petição. Chegamos, por vezes, a duvidar que Deus nos escute.

«Atrever-me-ia a dizer que o Senhor concede a graça que pedimos movido pelo esforço, empenho e persistência que pusemos da nossa parte em conquistá-la.
Com Deus não se fazem chantagens ou exercem pressões, ou se fazem negócios do género: se me concederes isto eu, faço aquilo.
O leproso diz-lhe muito claramente: Si vis potes me mundare - se quiseres podes curar-me [1].

E temos de admitir, reconhecer e estar preparados para que Deus não queira.
Nos Seus desígnios, Ele sabe o que é melhor para nós.

Confiança no Senhor, sem dúvida, mas uma confiança total, absoluta.

Uma confiança de filhos que têm a certeza que o seu Pai jamais lhes concederá algo que não seja para seu próprio bem [2].

Pedir é uma atitude natural dos filhos pequenos em relação aos pais. Têm necessidade de tudo, em tudo dependem deles.
Na sua ignorância infantil, os filhos pequenos não fazem ideia se, aquilo que desejam, é ou não conveniente, ou, até prejudicial para eles. Esse discernimento compete aos pais que, o exercem, concedendo ou não, no todo ou em parte, aquilo que o miudito pede. E, a criança, ao ver-lhe negada pelo pai algo que tanto queria, tem uma primeira atitude de desconsolo e tristeza. Talvez chore e fique amuado. Mas por pouco tempo. Logo se esquece e volta dar a mão ao pai em atitude de confiante abandono. O assunto está esquecido e ultrapassado, a alegria e boa disposição voltam e, a pequena vida continua a ser vivida com tranquilidade. Passado algum tempo, voltará a insistir, usando todas as suas capacidades de convicção, mirando atentamente o semblante do pai tentando descortinar sinais de mudança de atitude. E implora, uma e outra vez, retomando sem cansaço as mesmas atitudes, os mesmos argumentos de criança. Talvez, o pai acabe por lhe dar o que com tanta insistência vem pedindo e, se o não fizer por qualquer razão poderosa, dar-lhe-á em troca uma outra coisa que, embora não sendo exactamente o que o miúdo desejava, resolve a situação e apazigua o seu desejo.

«Quando digo a alguém: roga a Deus, pede-lhe, suplica-lhe, responde-me: já pedi uma vez, duas, três, vinte vezes e não recebi nada. Não pares, irmão, até que recebas; a petição termina quando se recebe o que se pediu. Cessa quando tenhas alcançado: melhor ainda, nem nessa altura cesses. Persevera ainda. Até receberes, pede para conseguir e quando tenhas conseguido, dá graças» [3].



[4]



[1] Lc 5, 12.
[2] ama, Palestra na Meadela, 1991.
[3] Stº Agostinho, Dimissus, Sermão 10.
[4] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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