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14/02/2012

Leitura Espiritual para 14 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 11, 27-33; 12, 1-12

27 Voltaram a Jerusalém. E, andando Jesus pelo templo, aproximaram-se d'Ele os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os anciãos, 28 e disseram-Lhe: «Com que autoridade fazes Tu estas coisas? E quem Te deu o direito de as fazer?». 29 Jesus disse-lhes: «Eu também vos farei uma pergunta; respondei-Me e Eu vos direi com que autoridade faço estas coisas. 30 O baptismo de João era do céu ou dos homens? Respondei-Me». 31 Mas eles discorriam entre si: «Se respondermos que era do céu, Ele dirá: “Porque razão, então, não crestes nele?”. 32 Responderemos que é dos homens?...». Temiam o povo, porque todos tinham a João como um verdadeiro profeta. 33 Então responderam a Jesus: «Não sabemos». E Jesus disse-lhes: «Pois nem Eu vos digo com que autoridade faço estas coisas».
12 1 E começou a falar-lhes por parábolas: «Um homem plantou uma vinha, cercou-a com uma sebe, cavou nela um lagar, edificou uma torre e arrendou-a a uns vinhateiros, e ausentou-se daquele país. 2 Chegado o tempo, enviou aos vinhateiros um servo para receber deles a sua parte dos frutos da vinha. 3 Mas eles, apanhando-o, bateram-lhe, e mandaram-no embora de mãos vazias. 4 Enviou-lhes de novo outro servo, e também a este o feriram na cabeça, e o carregaram de injúrias. 5 Enviou de novo outro, e mataram-no. Assim fizeram a muitos outros, dos quais bateram nuns e mataram outros. 6 «Tendo ainda um filho muito amado, também o enviou por último, dizendo: “Respeitarão o meu filho”. 7 Porém, aqueles vinhateiros disseram uns para os outros: “Este é o herdeiro, vinde, matêmo-lo e será nossa a herança”. 8 Pegaram nele, mataram-no, e lançaram-no fora da vinha. 9 «Que fará, pois, o senhor da vinha? Virá, exterminará os vinhateiros e dará a vinha a outros. 10 Vós nunca lestes este passo da Escritura: “A pedra que fora rejeitada pelos que edificavam, tornou-se pedra angular. 11 Pelo Senhor foi feito isto, e é coisa maravilhosa aos nossos olhos”». 12 Procuravam apoderar-se d'Ele, mas temeram o povo. Tinham compreendido bem que dissera esta parábola contra eles. E, deixando-O, retiraram-se.

Talita Kum - Levanta-te
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V

Sem Se deter mais, Jesus retoma o caminho e o braço de Jairo. Este não consegue articular palavra. Assistiu a tudo, ouviu tudo. Estava mesmo ali, ao lado do Mestre, e entendeu perfeitamente o que este tinha feito. A fé e confiança que o levaram a procurar Jesus para que curasse a sua querida filha, redobram e confirmam-se: Ele é capaz de tudo! Pode tudo!

Jesus respeita o silêncio comovido de Jairo e, por momentos, cessa a conversa.
Lá atrás, a multidão, está agora, também, em silêncio. Alguns batem no peito, no gesto tradicional dos orientais que significa recolhimento interior. Ocorrem-lhe os próprios problemas, as doenças, as dificuldades, as desavenças familiares, a falta de meios, as limitações.

Também se encontram na multidão algumas pessoas que destoam, um pouco, do povo anónimo. São escribas, sacerdotes, membros do Sinédrio.
Enquanto uns seguem a multidão de perto, procurando não se misturar com ela, mas suficientemente próximos para ouvirem e verem quanto Jesus disser e fizer, á espreita de encontrar algo que, no seu entender estreito e preconceituoso, seja contrário á lei e que, portanto, lhes permita intervir com a sua autoridade, outros pensam numa forma de contactar Jesus, talvez não em público, mas na tranquilidade de um encontro a sós. Têm algum pudor em expor a sua vida, assim, a nu em frente dos demais. Talvez um ou outro se tenha decidido a procurar o Mestre de noite, fora dos olhares e da presença de outras pessoas. As suas dúvidas são sérias, a pregação de Jesus, que vêm ouvindo há algum tempo, não só nos grandes ajuntamentos, como agora, mas também, aos Sábados, nas sinagogas, trazem-nos inquietos e algo perplexos. Reconhecem no Mestre uma doutrina muito simples se comparada com a tradicional complexidade dos preceitos rabínicos. E, no entanto, ouviram-nos afirmar que não vinha revogar a lei [1], mas dar-lhe um novo enfoque, uma nova luz.
Têm constatado que fala em nome próprio como “uma autoridade” bem expressa [2].

As Suas respostas têm sempre um sentido claro e objectivo, não obstante as questões capciosas que muitas vezes lhe colocam. Reconhecem que tem um carisma que arrasta multidões, que atrai como íman poderoso pessoas de todas as classes e condições sociais. Ao contrário de muitos chefes do povo, não faz acepção de pessoas e parece à-vontade com todos, publicanos e pecadores, homens de cultura e responsabilidade, judeus, samaritanos e de outras nacionalidades. Não foge ao contacto pessoal, directo, seja com quem for. Compadece-se dos desgraçados miseráveis, enternece-se com as crianças e os humildes.

Talvez, depois de tudo isto, o que mais os impressiona é saberem que não tem fortuna pessoal, dependendo da generosidade dos Seus discípulos e seguidores. Não aceita ofertas de valor, nem procura benefícios próprios, nem para Si nem para os Seus. Não é um ser solitário, triste. Aprecia o convívio e não enjeita convites para se hospedar em casa de alguém ou participar numa refeição.
Embora, por vezes, apresente um ar fatigado das intermináveis caminhadas e longas horas de pregação, nunca se nega a ouvir, atender, acolher quem O procura.
É, não têm dúvida, um personagem apaixonante que os intriga e faz pensar.

 Um destes há-de chegar, de facto, à fala com Jesus e dizer-lhe com veemência: «Seguir-te-ei para onde quer que fores.» [3]
[4]…/


[1] Cf. Mt 5, 17-19.
[2] Cf. Mt 5, 43-48.
[3] Lc 9, 55, 57.
[4] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões


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