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03/02/2012

Leitura Espiritual para 03 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 6, 34-56
34 Ao desembarcar, viu Jesus uma grande multidão e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas sem pastor, e começou a ensinar-lhes muitas coisas. 35 Fazendo-se tarde chegaram-se a Ele os discípulos, dizendo: «Este lugar é solitário e a hora é já adiantada; 36 despede-os, a fim de que vão às quintas e povoados próximos e comprem alguma coisa para comer». 37 Ele respondeu-lhes: «Dai-lhes vós de comer». Eles disseram: «Iremos, pois, com duzentos denários comprar pão para lhes darmos de comer?». 8 Jesus perguntou-lhes: «Quantos pães tendes? Ide ver». Depois de se terem informado, disseram-Lhe: «Temos cinco pães e dois peixes». 39 Então mandou-lhes que os fizessem sentar a todos, em grupos, sobre a relva verde. 40 E sentaram-se em grupos de cem e de cinquenta. 41 Jesus, tomando os cinco pães e os dois peixes, elevando os olhos ao céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu a Seus discípulos para que os distribuíssem; igualmente repartiu os dois peixes por todos. 42 Comeram todos e ficaram saciados. 43 E recolheram doze cestos cheios das sobras dos pães e dos peixes. 44 Os que tinham comido dos pães eram cinco mil homens.45 Imediatamente Jesus obrigou Seus discípulos a embarcar, para chegarem primeiro que Ele à outra margem do lago, a Betsaida, enquanto Ele despedia o povo. 46 Depois de os ter despedido, retirou-Se para um monte a fazer oração. 47 Chegada a noite, encontrava-se a barca no meio do mar, e Ele só em terra. 48 Vendo-os cansados de remar, porque o vento lhes era contrário, cerca da quarta vigília da noite, foi ter com eles andando sobre o mar; e fez menção de lhes passar adiante.49 Quando eles O viram caminhar sobre o mar, julgaram que era um fantasma e gritaram;50 porque todos O viram e se assustaram. Mas logo Ele lhes falou e disse: «Tende confiança, sou Eu, não temais».51 Subiu em seguida para  junto deles na barca, e o vento cessou. Ficaram extremamente estupefactos, 52 pois não se tinham dado conta do que se tinha passado com os pães; a sua inteligência estava obscurecida. 53 Tendo passado à outra margem, foram à região de Genesaré, e lá atracaram. 54 Tendo desembarcado, logo O conheceram 55 e, percorrendo toda aquela região, começaram a trazer-Lhe todos os doentes em macas, para onde sabiam que Ele estava. 56 Em qualquer lugar a que chegava, nas aldeias, nas cidades ou nas herdades, punham os enfermos no meio das praças, e pediam-Lhe que, ao menos, os deixasse tocar a orla do Seu vestido. E todos os que O tocavam ficavam curados.

Talita Kum - Levanta-te
…/32

É interessante verificar que Jesus, quando atende uma súplica, concede uma graça, efectua um milagre, diz quase sempre as mesmas duas palavras ‘chave’: «vai em paz» e «a tua fé te salvou».
A paz é verdadeiramente o principal dom de Deus aos homens. Por nós próprios, somos incapazes de viver em paz, connosco e com os outros.

Connosco, porque me debato permanentemente nessa discussão íntima do fazer isto ou fazer aquilo, as minhas prioridades, se actuo bem e convenientemente em cada circunstância, se dou bem conta do que devo fazer. Essa luta permanente que é a procura de um lugar na sociedade que me garanta o sustento, o acesso ao que desejo, aquilo que me considero merecedor.
Quantas vezes, me deixo levar pela imaginação, arquitectando futuros que julgo os mais risonhos, ou deixando-me acabrunhar com a visão da catástrofe, da falta de meios, da exiguidade de recursos. Tudo isto se traduz numa inquietação, num desassossego que não me tira a paz. Olho e não vejo, toco e não sinto, julgo ouvir e estou surdo. Não estou bem em nenhum lugar, almejo sempre por outra situação, mais aprazível, menos trabalhosa, mais compensadora. Começo uma tarefa que logo deixo por outra, começando um sem número de coisas que nunca chego a acabar, esboços que nunca se concluem em quadros com consistência, princípio, meio e fim.
Com os outros, porque tenho sempre a atenção focada no que fazem e como fazem, pronto a levantar a dúvida da justiça do seu actuar, a clareza das suas intenções e a bondade das suas relações com Deus.» [1].

Tudo isto, obviamente, retira a paz da nossa vida. Por isso peço, diariamente: «Senhor que eu saiba ser reconhecido aos outros pelo seu interesse e orações por mim, mantendo-me atento às suas necessidades, mesmo que as não conheça em pormenor. Que o meu coração, o meu pensamento não girem à volta de mim mesmo e dos meus problemas, mas tendo em conta, em primeiríssimo lugar, os outros.

Senhor, ajuda-me a pensar nos outros em vez de, com tanta frequência, estar concentrado apenas no que me diz respeito. Os outros! Todos os outros. Os que conheço, de quem sou amigo ou familiar e aqueles que me são desconhecidos. Todos são Teus filhos como eu, logo, todos são meus irmãos. Se somos irmãos, somos também herdeiros, convém portanto que me preocupe com aqueles que vão partilhar a herança comigo.
Ajuda-me Senhor, a conter-me no meu tão frequente julgamento dos outros. Intimamente e de viva voz. Põe na minha frente o espelho dos meus próprios defeitos e faltas de carácter, tudo aquilo que julgo ver nos outros. Não valho nada, não sei nada, não tenho nada, não sou nada» [2].

Ter paz é ter a consciência tranquila, viver não em função de si mesmo, mas em função dos outros:

«Sabes, Senhor, qual é talvez a minha maior fraqueza? É pensar em demasiado mim, nos meus problemas, nas minhas tristezas, naquilo que me acontece e no que gostaria me acontecesse. Nas voltas e reviravoltas que dou sobre mim mesmo, sobre a minha vida. E os outros? Sim, os outros que rezam por mim, que se interessam por mim, que têm paciência para comigo, que me desculpam as minhas faltas e as minhas fraquezas, que estão sempre prontos a ouvir-me a atender-me, que não se importam de esperar que eu os compense pelo bem que me fazem, que não me pressionam para que pague o que me emprestam, que não me criticam nem julgam com a severidade que mereço.
Ajuda-me Senhor, a ser, pelo menos reconhecido e a devolver o bem que recebo e, além disso, a não julgar, a não emitir opinião, critica ou conceito, vendo nos outros, a maior parte das vezes os defeitos e fraquezas que eu próprio possuo.
Senhor que eu saiba ser reconhecido aos outros pelo seu interesse e orações por mim, mantendo-me atento às suas necessidades, mesmo que as não conheça em pormenor. Que o meu coração, o meu pensamento não girem à volta de mim mesmo e dos meus problemas, mas tendo em conta, em primeiríssimo lugar, os outros.
Meu Deus, sabes bem o que pesa na minha vida o valor da amizade, dos amigos que tenho e que não me abandonam. Ajuda-me a ser generoso com eles, a lembrar-me nas minhas orações e na minha solidariedade, a ser, reconhecido, numa palavra». [3]
[4]…/


[1] ama, Diário, 2008.
[2] ama, Diário, 1991.
[3] ama, Diário, 2006.
[4] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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