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02/02/2012

Leitura Espiritual para 02 Fev 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mc 6, 14-33
14 Ora o rei Herodes ouviu falar de Jesus, cujo nome se tinha tornado célebre. Uns diziam: «João Baptista ressuscitou de entre os mortos; é por isso que o poder de fazer milagres se manifesta n'Ele.» 15 Outros, porém, diziam: «É Elias». E outros afirmavam: «É um profeta, como um dos antigos profetas». 16 Herodes, porém, ouvindo isto, dizia: «É João, a quem eu degolei, que ressuscitou». 17 Porque Herodes tinha mandado prender João, e teve-o a ferros numa prisão por causa de Herodíades, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual tinha casado. 18 Porque João dizia a Herodes: «Não te é lícito ter a mulher de teu irmão». 19 Herodíades odiava-o e queria fazê-lo morrer; porém, não podia, 20 porque Herodes, sabendo que João era varão justo e santo, olhava-o com respeito, protegia-o e quando o ouvia ficava muito perplexo, mas escutava-o com agrado. 21 Chegou, porém, um dia oportuno, quando Herodes, no seu aniversário natalício, deu um banquete aos grandes da corte, aos tribunos e aos principais da Galileia. 22 Tendo entrado na sala a filha da mesma Herodíades, dançou e agradou a Herodes e aos seus convidados. O rei disse à jovem: «Pede-me o que quiseres e eu to darei». 23 E jurou-lhe: «Tudo o que me pedires te darei, ainda que seja metade do meu reino». 24 Ela, tendo saído, perguntou à mãe: «Que hei-de pedir?». Ela respondeu-lhe: «A cabeça de João Baptista». 25 Tornando logo a entrar apressadamente junto do rei, fez este pedido: «Quero que me dês imediatamente num prato a cabeça de João Baptista». 26 O rei entristeceu-se, mas, por causa do juramento e dos convidados, não quis desgostá-la. 27 Imediatamente mandou um guarda com ordem de trazer a cabeça de João. Ele foi degolá-lo no cárcere, 28 levou a sua cabeça num prato, deu-a à jovem, e esta deu-a à mãe. 29 Tendo sabido isto os seus discípulos, foram, tomaram o corpo e o depuseram num sepulcro. 30 Tendo os Apóstolos voltado a Jesus, contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado, 31 e Ele disse-lhes: «Vinde à parte, a um lugar solitário, e descansai um pouco». Porque eram muitos os que iam e vinham e nem sequer tinham tempo para comer. 32 Entrando, pois, numa barca, retiraram-se à parte, a um lugar solitário. 33 Porém, viram-nos partir, e muitos perceberam para onde iam e acorreram lá, a pé, de todas as cidades, e chegaram primeiro que eles.

Talita Kum - Levanta-te
…/32


Diz S. Josemaria: «Não te esqueças que o Senhor tem predilecção pelas crianças e pelos que se fazem como crianças» [1].

O facto é que na nossa vida de homens adultos, as nossas preocupações e problemas, fazem-nos esquecer esta predilecção de Jesus pelas crianças. Esquecemo-nos até, frequentemente, daquela passagem do Evangelho: «Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele» [2].

Esta atitude de criança que o Senhor pretende e deseja ver em nós, não é senão a simplicidade. As crianças são simples e vêm as coisas com olhos puros. Assumem com naturalidade os pequenos disparates que fazem porque sabem que o seu Pai lhes perdoará. Não têm malícia nem procuram esquemas complicados para tornear a verdade.

Esta pureza de coração, esta simplicidade, hão-de levar-nos a um diálogo íntimo com Jesus, com confiança plena de sermos atendidos e que Ele nos mandará em paz, curados dos nossos males. Esta é uma atitude interior, repito, que devemos lutar diariamente por conseguir. Sendo homens, “muito homens”, aplicando e pondo em prática todas as nossas capacidades e os nossos talentos, mas com a simplicidade interior de quem sabe que não vale nada, porque não somos mais que instrumentos nas mãos de Deus. Tanto vale que ensinemos numa Universidade, como trabalhemos no campo, atrás de um balcão de loja, ou à secretária de um escritório. Aos olhos do Senhor temos, cada um de nós, um valor intrínseco de homens como tais, não pelo que somos, mas pelo que fazemos e como fazemos.
Cito novamente S. Josemaria:
«Sê instrumento de ouro ou de aço, de platina ou de ferro...grande ou pequeno, delicado ou tosco...
Todos são úteis; cada um tem a sua missão própria. Como no mundo material: quem se atreverá a dizer que é menos útil o serrote do carpinteiro do que as pinças do cirurgião? O teu dever é ser instrumento» [3].

«A tua fé te salvou», disse Jesus à hemorroíssa. Porque era uma fé total, completa, sem dúvidas ou desvios.
Peçamos muito ao Senhor que aumente a nossa fé, que a vivifique e fortaleça porque, fracos como somos, sem a Sua ajuda preciosa, pouca fé teremos.
A Nossa Mãe do Céu é a melhor medianeira para solicitarmos esta fé simples e confiante. Devemos pedir-lhe que interceda por nós junto do Seu amabilíssimo Filho para que Ele nos torne homens de fé rija, forte, total. Débeis como somos, precisamos do alimento extraordinário que é a Sagrada Eucaristia.

«Eu sou o pão da vida: aquele que vem a Mim nunca terá fome» [4], são as palavras do Mestre.
Com que empenhamento devemos procurar comungar com frequência, todos os dias se possível!
Jesus que nos conhece, sabe das nossas faltas e perdoa-nos os nossos pecados veniais quando O recebemos com o coração contrito.

A Comunhão é verdadeiro alimento que, não só revigora o espírito, como ajuda a vencermos as nossas debilidades e a reforçar as nossas defesas contra o demónio.

Santa Catarina de Sena comparava a Comunhão à luz de várias velas.
   
Assim, a Comunhão frequente, constituirá para nós reserva de luz interior, que nos mantém despertos para o bem e se espalha à nossa volta, iluminando outros». [5]
[6]…/


[1] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 872.
[2] Mc 10, 15.
[3] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 484.
[4] Jo 6, 35.
[5] ama, Palestra na Meadela, 1991.
[6] Escrito por AMA em 2010, visto por autoridade eclesiástica.
      Agrad. Dr. V. Costa Lima, pelo aconselhamento e sugestões

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