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22/01/2012

Leitura Espiritual para 22 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.



Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo
Evangelho: Mt 28, 1-20

1 Passado o sábado, ao amanhecer do primeiro dia da semana, foi Maria Madalena e a outra Maria visitar o sepulcro. 2 Eis que se deu um grande terramoto, porque um anjo do Senhor desceu do céu e, aproximando-se, removeu a pedra do sepulcro e sentou-se sobre ela. 3 O seu aspecto era como um relâmpago e o seu vestido branco como a neve. 4 Com o temor que tiveram dele, aterraram-se os guardas, e ficaram como mortos. 5 Mas o anjo, tomando a palavra, disse às mulheres: «Vós não temais, porque sei que procurais a Jesus, que foi crucificado. 6 Ele não está aqui. Ressuscitou como tinha dito. Vinde e vede o lugar onde o Senhor esteve depositado. 7 Ide já dizer aos Seus discípulos que Ele ressuscitou; e eis que vai adiante de vós para a Galileia; lá O vereis. Eis que eu vo-lo disse». 8 Saíram logo do sepulcro com medo e grande alegria e correram para dar a notícia aos discípulos. 9 E eis que Jesus lhes saiu ao encontro e lhes disse: «Deus vos salve». Elas aproximaram-se, abraçaram os Seus pés e prostraram-se diante d'Ele. 10 Então disse-lhes Jesus: «Não temais; ide dizer aos Meus irmãos que vão para a Galileia; lá Me verão». 11 Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade e noticiaram aos príncipes dos sacerdotes tudo o que tinha sucedido. 12 Tendo-se eles reunido com os anciãos, depois de tomarem conselho, deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13 dizendo-lhes: «Dizei: “Os Seus discípulos vieram de noite e, enquanto nós estávamos a dormir, roubaram-n'O”. 14 Se chegar isto aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e estareis seguros». 15 Eles, recebido o dinheiro, fizeram como lhes tinha sido indicado. E esta notícia divulgou-se entre os Judeus e dura até ao dia de hoje. 16 Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando O viram, adoraram-n'O; alguns, porém, duvidaram. 18 Jesus, aproximando-Se, falou-lhes assim: «Foi-Me dado todo o poder no céu e na terra. 19 Ide, pois, ensinai todas as gentes, baptizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-as a cumprir todas as coisas que vos mandei. Eu estarei convosco todos os dias até ao fim do mundo».

Talita Kum - Levanta-te
…/21

I I I
«E foi com ele».
   
Jesus não se detém mais tempo.
Provavelmente dando o braço a Jairo, numa atitude de confiança, de tranquila certeza, diz-lhe que indique o caminho para sua casa.

Como deve tranquilizar-nos esta atitude do Mestre: caminhando confiadamente connosco, deixando que O levemos onde queremos ir, ao encontro da nossa necessidade.
Certamente entabulou conversa com o Seu companheiro, informando-se da sua vida, do seu trabalho, a família.
Tal como fará em muitas ocasiões muito particularmente com dois, a caminho de Emaús.
Esses também vão para sua casa, procurando refúgio, recato, pondo-se ao abrigo de uma situação que os afligia em extremo. Tinha acontecido um ‘desastre’, algo que não conseguiam explicar. Nas suas mentes entrechocavam-se os pensamentos mais contraditórios, as dúvidas mais profundas. Estão desorientados, sem saber que fazer ou pensar. E, Jesus, junta-se-lhes no caminho e ouve-os, escuta as suas dúvidas, interroga-os com interesse. Quer saber, deseja inteirar-se. E, depois, esclarece, explica, tranquiliza.

Este Senhor que caminha ao nosso lado e cuja presença, tantas vezes, ignoramos, é o mesmo Jesus que caminha agora com Jairo, tranquilamente, conversando na Sua voz profunda, suave, segura, transmitindo paz, confiança, tranquilidade.

Como desejamos esta companhia tão excelente todos os dias da nossa vida, em todos os caminhos que temos de percorrer! Nunca estamos sozinhos, Jesus está sempre connosco e, por extraordinário que possa parecer, mesmo quando não O convidamos expressamente, ou nos esquecemos de Lhe pedir para nos acompanhar.

Voltamos ao início, a caminho do porto do nosso destino que não sabemos muito bem qual seja, mas como vamos na Sua companhia, podemos ter a certeza que, se deixar-mos que nos guie, havemos de chegar, sãos e salvos. E o caminho é difícil, cheio de obstáculos, rondando, por vezes, precipícios, à nossa vista, inultrapassáveis?
Não importa.
Ele dá-nos o Seu braço, apoiamo-nos no Seu ombro cuja robustez suportou a Cruz, iluminando com a claridade do Seu olhar amabilíssimo os dias mais escuros quando a tristeza, a preocupação, a dúvida nos assaltam.
Sabemos isto tão bem e, não poucas vezes, desprezamos auxílio tão excelente. Pelo caminho, contemos-lhe o que se passa connosco, digamos-lhe o que nos acontece, com pormenor humilde e confiado, não nos fiquemos por generalidades, com toda a franqueza e sinceridade, abramos o coração sem medo que Ele não nos compreenda ou que, aquilo que Lhe revelamos, seja um disparate, se o que desejamos parece inacessível, se o que pensamos que nos falta não é na verdade necessário. Ele sabe, conhece, entende e… compreende.

Cumprir a Vontade de Deus é o caminho para a nossa salvação, não duvidamos disto. Perante a “enormidade” da tarefa, pensemos simplesmente que, afinal, fazê-lo se resume a caminhar com Jesus.

    Não duvidamos porque Ele é a Verdade.
    Temos a certeza porque Ele é o Caminho.
    Salvar-nos-emos porque Ele é a Vida.

«Acompanhava-o grande multidão, que o apertava».

A multidão segue, sem hesitar, Jesus que caminha.
Há à Sua volta como que um ar de mistério, algo grande, extraordinário, fora do comum.
As pessoas estão ansiosas, não obtêm respostas para as suas preocupações, não só o futuro, mas também o imediato é difícil, problemático.

A ocupação romana é um peso insuportável e a cada momento surgem paladinos mais ou menos exaltados que procuram nas multidões a força que lhes falta.
Uns têm carisma e conseguem arrastar durante algum tempo alguns seguidores, outros, nem isso, são apenas uns ladinos em busca de apoios e sustento.
Destes todos, nenhum se enfrenta com os Fariseus ou os Príncipes dos Sacerdotes que, supostamente, estarão do seu lado. Vituperam contra o povo que os domina e explora e, que, na sua exaltada apreciação, representa todo o mal sobre a terra. E, a verdade é que o conquistador romano os deixa bastante à vontade. Não se preocupa com as suas disputas estéreis sobre problemas duma religião que, de resto, não entende. As coisas parecem-lhe muito complicadas, com leis contraditórias que, numa grande parte, apenas servem para sobrecarregar ainda mais o povo anónimo com regras e mais regras muitas das quais tocam o ridículo e absurdo.

De vez em quando, se a agitação for maior e houver sedição, atiram para os calabouços com dois ou três dos mais notórios, castigam-nos para “dar exemplo” e, depois, devolvem-nos às ruas. Mas as gentes continuam a seguir estas luminárias, sempre na esperança de algo melhor.
Há séculos que lhes dizem que há-de vir um Salvador, alguém que, empunhando um facho de luz irresistível, guiará o povo rompendo as trevas do cativeiro, devolvendo a honra, o orgulho, a alegria à população espezinhada.

Com os tempos, este personagem anunciado pelos profetas foi-se transformando num ser fantástico, mítico, com poderes e capacidades extraordinárias, um guerreiro imbatível capaz de levar de vencida o maior e mais poderoso império da terra.
Foram-se desvanecendo os sinais anunciados com prenúncio da chegada deste salvador, esqueceram-se a maior parte das profecias que falavam de morte, sacrifício, imolação.

[1]…/


[1] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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