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17/01/2012

Leitura Espiritual para 17 Jan 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)



Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver texto completo para hoje, clicar abaixo

Evangelho: Mt 26, 30-56

30 Depois do canto dos salmos, saíram para o monte das Oliveiras. 31 Então Jesus disse-lhes: «A todos vós serei esta noite uma ocasião de escândalo, porque está escrito: “Ferirei o pastor e as ovelhas do rebanho se dispersarão”. 32 Porém, depois de Eu ressuscitar, irei diante de vós para a Galileia». 33 Pedro respondeu-Lhe: «Ainda que todos se escandalizem a Teu respeito, eu nunca me escandalizarei». 34 Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo que esta noite, antes que o galo cante, negar-Me-ás três vezes». 35 Pedro disse: «Ainda que eu tenha de morrer contigo, não Te negarei». Do mesmo modo falaram todos os discípulos. 36 Então foi Jesus com eles a um lugar chamado Getsemani, e disse-lhes: «Sentai-vos aqui, enquanto Eu vou acolá orar». 37 E, tendo tomado consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-Se e a angustiar-Se. 38 Disse-lhes então: «A Minha alma está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai comigo». 39 Adiantando-Se um pouco, prostrou-Se com o rosto em terra, e fez esta oração: «Meu Pai, se é possível, passe de Mim este cálice! Todavia, não se faça como Eu quero, mas sim como Tu queres». 40 Depois foi ter com os Seus discípulos, encontrou-os a dormir, e disse a Pedro: «Então não pudeste vigiar uma hora comigo? 41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca». 42 Retirou-Se de novo pela segunda vez, e orou assim: «Meu Pai, se este cálice não pode passar sem que Eu o beba, faça-se a Tua vontade».43 Foi novamente e encontrou-os a dormir, porque os seus olhos estavam carregados de sono. 44 Deixando-os, foi de novo, e orou terceira vez, dizendo as mesmas palavras. 45 Depois foi ter novamente com os discípulos, e disse-lhes: «Dormi agora e descansai, eis que chegou a hora em que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores. 46 Levantai-vos, vamos. Eis que se aproxima aquele que Me há-de entregar». 47 Estando Ele ainda a falar, eis que chega Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão com espadas e varapaus, enviada pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo. 48 O traidor tinha-lhes dado este sinal: «Aquele a quem eu beijar, é esse; prendei-O». 49 Aproximando-se logo de Jesus, disse: «Salve, Mestre!». E deu-Lhe um beijo.50 Jesus disse-lhe: «Amigo, a que vieste?». Então avançaram, lançaram mãos a Jesus, e prenderam-n'O. 51 E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão desembainhou a sua espada, e, ferindo um servo do Sumo Sacerdote, cortou-lhe uma orelha.52 Jesus disse-lhe: «Mete a tua espada no seu lugar, porque todos os que pegarem na espada morrerão à espada. 53 Julgas porventura que Eu não posso rogar a Meu Pai e que poria já ao Meu dispor mais de doze legiões de anjos? 54 Mas, como se cumprirão as Escrituras segundo as quais assim deve suceder?».55 Depois, Jesus disse à multidão: «Vós viestes armados de espadas e varapaus para Me prender, como se faz a um ladrão. Todos os dias estava Eu sentado entre vós a ensinar no templo, e não Me prendestes». 56 Mas tudo isto aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas. Então todos os discípulos O abandonaram e fugiram.

Talita Kum - Levanta-te
…/17

Como somos pequenos… e fracos… e débeis… Tantas coisas que nos afectam o espírito e condicionam a vontade!

Por vezes há como que um alheamento da realidade, pretendemos conseguir resolver as dificuldades ignorando-as, na esperança, fútil, que elas se resolvam por si mesmas.
Outras vezes dizemos para nós mesmos que já rezámos pelo assunto – até fizemos uma novena – e, portanto, tudo se resolverá.

Que tentação! “Já rezaste… deixa lá…”

O maligno sabe muito bem por onde pegar, e, embora não possa conhecer o nosso íntimo, pelos sinais exteriores apercebe-se da nossa fragilidade, talvez momentânea, e não perde ocasião de a aproveitar.

«Os espíritos imundos não podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos. Unicamente lhes é dado adivinhá-los mercê de indícios sensíveis, ou examinando as nossas disposições, as nossas palavras ou as coisas que indicam uma propensão da nossa parte. Ao invés o que não exteriorizamos e permanece oculto nas nossas almas, é-lhes totalmente inacessível. Inclusive os próprios pensamentos que eles nos sugerem, o acolhimento que lhes damos, a reacção que nos causam, tudo isto não o conhecem pela própria essência da alma (...) mas, em todo o caso, pelos movimentos e manifestações externas. [1]

«Temos sempre de pôr todos os meios na procura do que necessitamos.
O Senhor não espera de nós nada que vá além das nossas forças e das nossas capacidades. Mas espera que as utilizemos, todas, com critério e sem desfalecimentos.
Jesus não é uma espécie de milagreiro a quem recorremos nas aflições, nas dificuldades, resolvendo as coisas, ou concedendo sem demora aquilo que pedimos.

É verdade que Deus é infinitamente bondoso, mas também é infinitamente justo.
A Sua justiça pede, portanto, um empenhamento pessoal, dedicado e completo.
Atrever-me-ia a dizer que, muitas vezes, o Senhor concede a graça que pedimos, não pela graça em si, pelo bem em que ela consiste, mas movido pelo esforço, empenho e persistência que pusemos da nossa parte em conquistá-la.

O contrário será, talvez, uma espécie de tentação a Deus, apresentar-nos assim, miserandos, aflitos e até chorosos, ante o Senhor, pedindo-lhe que nos conceda isto ou aquilo.Com Deus não se fazem chantagens ou exercem pressões, ou se fazem negócios do género: se me concederes isto eu, faço aquilo.

[2]…/


[1] Cassiano, Collationes, VI 17.
[2] AMA, com revisão eclesiástica (agrad. Dr. V. Costa Lima, pela revisão e sugestões)

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