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10/12/2011

Acções de graças

Reflectindo
Que estes cegos eram dignos da cura bem o mostraram; primeiro pelos seus gritos e porque, depois de recebida a graça, não se afastaram do Senhor, que é o que fazem muitos, ingratos, depois de receber os benefícios. (Mt 9, 7-31) Não assim estes cegos. Eles antes da dádiva mostram-se constantes, e depois da dádiva, agradecidos, pois foram seguindo o Senhor.

(S. João crisóstomo, Homílias sobre o Evangelho de S. Mateus, 66) 

Trabalho sobrenatural

Quando deixamos que Jesus habite em nós, na nossa vida há uma virtude muito superior à do legendário rei Midas: 

ele convertia em ouro tudo quanto tocava; nós, desse trabalho humano, fazemos (...) operatio Dei, labor sobrenatural. 

(carta, 15.10.1948, nr. 20)

Preparando o Natal


                                  Oração do Natal

Menino Jesus: 

Este Natal quisera receber-te com aquele enlevo e carinho de Tua Santíssima Mãe, com a atenção e cuidados de São José, com a alegria e simplicidade dos Pastores de Belém.
São Josemaria, ajudai-me nestes propósitos.


ama, Advento 2011

Música e repouso

 Mendelssohn - Violin Concerto finale - Itzhak Perlman 



Tratado De Deo Trino 35

Questão 35: Da imagem

Em seguida devemos tratar da imagem. E nesta questão discutem-se dois artigos:

Art. 1. – Se a imagem se predica pessoalmente, de Deus.
Art. 2. – Se o nome de imagem é próprio do Filho.

Art. 1. – Se a imagem se predica pessoalmente, de Deus.

(Infra, q. 93, a. 5, ad. 4; I Sent., dist. XXVIII, q. 2, a. 2).

O primeiro discute-se assim. – Parece que a imagem não se predica pessoalmente, de Deus.

1. – Pois, Agostinho [1] diz: Uma é a divindade e a imagem da santa Trindade, à semelhança da qual foi feito o homem [2]. Logo, a imagem se predica essencial e não, pessoalmente.

2. Demais. – Hilário diz: A imagem é a espécie que não difere da coisa imaginada [3]. Ora, a espécie ou forma se diz, de Deus, essencialmente. Logo, também a imagem.

3. Demais. – Imagem vem de imitar, que implica anterioridade e posterioridade. Ora, nas Pessoas divinas não há anterior nem posterior. Logo, imagem não pode ser nome pessoal de Deus.

Mas, em contrário, diz Agostinho: Que é mais absurdo do que falar de imagem de si? [4] Logo, a imagem se diz de Deus, relativamente, e é, portanto, nome pessoal.

A semelhança é da essência da imagem. Não basta, porém, qualquer semelhança para haver imagem, mas, a existente na forma da coisa; ou, pelo menos, em alguma revelação da forma. Ora, principalmente a figura é que se considera como sendo a revelação da forma das coisas corpóreas; assim, vemos que, de animais diversos pela forma, diversas são as figuras, não porém as cores. Por onde, a cor de uma coisa, pintada na parede, sem se lhe pintar a figura, não se chama imagem. Nem a própria semelhança, porém, da espécie ou da figura basta, mas a essência da imagem requer a origem; pois, como diz Agostinho, um ovo não sendo a expressão de outro, não é deste a imagem [5]. Donde, a verdadeira imagem há de necessariamente proceder de outro ser ao qual seja semelhante pela forma ou, ao menos, por uma revelação desta. Ora, o que em Deus importa processão ou origem é pessoal. Logo, o nome de Imagem é pessoal.

DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. – Chama-se propriamente imagem o que procede, por semelhança, de outro; e o de que alguma coisa procede por semelhança se chama propriamente exemplar, e impropriamente, imagem. É no primeiro sentido que Agostinho (Fulgêncio) usa do nome de imagem, dizendo ser a divindade da santa Trindade a imagem à qual o homem foi feito.

RESPOSTA À SEGUNDA. – Espécie, no sentido em que Hilário a considera na definição de imagem, importa a forma de um ser aplicada a outro. E deste modo chama à imagem espécie de um ser, assim como se chama forma de um ser aquilo que, tendo forma semelhante a tal ser, com ele se assemelha.

RESPOSTA À TERCEIRA. – A imitação nas Pessoas divinas, não implica posterioridade, mas somente semelhança.


SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,



[1] Fulgêncio
[2] De Fide ad Petrum, c. 1.
[3] De Synod., super Canon 1.
[4] De Trin., 1, VII, c. 1.
[5] Octoginta trium Quaest., q. 74

O Senhor socorre-nos e levanta-nos”

Textos de São Josemaria Escrivá

Tu não podes tratar ninguém com falta de misericórdia; e, se te parecer que uma pessoa determinada não é digna dessa misericórdia, tens de pensar que tu também não mereces nada: não mereces ter sido criado, nem ser cristão, nem ser filho de Deus, nem pertencer à tua família... (Forja, 145)

Ficaram também muito gravadas em nós, entre muitas outras cenas do Evangelho, a clemência com a mulher adúltera, a parábola do filho pródigo, a da ovelha perdida, a do devedor perdoado, a ressurreição do filho da viúva de Naim. Quantas razões de justiça para explicar este grande prodígio! Era o filho único daquela pobre viúva; era ele quem dava sentido à sua vida; só ele poderia ajudá-la na sua velhice! Mas Cristo não faz o milagre por justiça; fá-lo por compaixão, porque interiormente se comove perante a dor humana.
Que segurança deve produzir-nos a comiseração do Senhor! Se ele clamar por mim, ouvi-lo-ei, porque sou misericordioso. É um convite, uma promessa que não deixará de cumprir. Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça a fim de alcançar misericórdia e o auxílio da graça, no tempo oportuno. Os inimigos da nossa santificação nada poderão, porque essa misericórdia de Deus nos defende. E se caímos por nossa culpa e da nossa fraqueza, o Senhor socorre-nos e levanta-nos. Tinhas aprendido a afastar a negligência, a afastar de ti a arrogância, a adquirir piedade, a não ser prisioneiro das questões mundanas, a não preferir o caduco ao eterno. Mas, como a debilidade humana não pode manter o passo decidido num mundo resvaladiço, o bom médico indicou-te também os remédios contra a desorientação e o juiz misericordioso não te negou a esperança do perdão. (Cristo que passa, 7)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário


Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]



Sábado da II semana do Advento 10 de Dezembro

Evangelho: Mt 17, 10-13

10 Os discípulos perguntaram-Lhe: «Porque dizem, pois, os escribas que Elias deve vir primeiro?». 11 Ele respondeu-lhes: «Elias certamente há-de vir e restabelecerá todas as coisas. 12 Digo-vos, porém, que Elias já veio, e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram. Assim também o Filho do Homem há-de padecer às suas mãos». 13 Então os discípulos compreenderam que falava de João Baptista.

Comentário:

João Baptista essa figura incontornável da história da Redenção, foi exactamente a primeira pedra do Novo Reino que Cristo viria anunciar, o alicerce da futura Igreja.
Quando lhe chamamos Precursor queremos significar exactamente o Pre-Salvador porque, de facto, veio, não em seu nome mas sim no nome do Único Salvador, Jesus Cristo.

(ama, comentário sobre Mt 17, 10-13, 2010.12.11)