Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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29/11/2011
Novíssimos: Inferno
O nosso tempo não percebe que, se o inferno não existe, então a liberdade humana desaparece, pois todos ficam condenados a serem aquilo que Deus faz deles.
(joão césar das neves, O Século de Fátima, Principia, 2ª Ed. nr. 143
Deus não Se cansa das nossas infidelidades
Ser pequeno. As grandes audácias são sempre das crianças. – Quem pede... a Lua? – Quem não repara nos perigos, ao tratar de conseguir o seu desejo? "Ponde" numa criança "destas" muita graça de Deus, o desejo de fazer a sua Vontade (de Deus), muito amor a Jesus, toda a ciência humana que a sua capacidade lhe permita adquirir..., e tereis retratado o carácter dos apóstolos de hoje, tal como indubitavelmente Deus os quer. (Caminho, 857)
A filiação divina é o fundamento do espírito do Opus Dei. Todos os homens são filhos de Deus, mas um filho pode reagir de muitos modos diante do seu pai. Temos de esforçar-nos por ser filhos que procuram lembrar-se de que o Senhor, querendo-nos como filhos, fez com que vivamos em sua casa no meio deste mundo; que sejamos da sua família; que o que é seu seja nosso e o nosso seu; que tenhamos com Ele a mesma familiaridade e confiança com que um menino é capaz de pedir a própria Lua!
Um filho de Deus trata o Senhor como Pai. Não servilmente, nem com uma reverência formal, de mera cortesia, mas cheio de sinceridade e de confiança. Deus não se escandaliza com os homens. Deus não Se cansa das nossas infidelidades. O nosso Pai do Céu perdoa qualquer ofensa quando o filho volta de novo até Ele, quando se arrepende e pede perdão. Nosso Senhor é tão verdadeiramente pai, que prevê os nossos desejos de sermos perdoados e se adianta com a sua graça, abrindo-nos amorosamente os braços.
Reparai que não estou a inventar nada. Recordai a parábola que o Filho de Deus nos contou para que entendêssemos o amor do Pai que está nos Céus: a parábola do filho pródigo.
Ainda estava longe – diz a Escritura – quando o pai o viu e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Estas são as palavras do livro sagrado: cobrindo-o de beijos! Pode-se falar mais humanamente? Pode-se descrever com mais viveza o amor paternal de Deus para com os homens? (Cristo que passa, 64)
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
AS ADIÇÕES
Há adições e obsessões que requerem tratamento médico e deve-se consultar o médico correspondente. Além disso, há vários modos de libertar-se das adições:
A mortificação, o sacrifício. - O exercício no dominar os próprios gostos ajuda a dominar-se ante as apetências escravizantes.
A repetição de actos bons. - Origina boas qualidades e costumes que se contrapõem às que se deseja suprimir. (Também é evidente que se devem evitar as más acções para não reforçar o vício).
A busca de ideais elevados. - Se se possuem grandes metas, é mais fácil que o coração humano ponha atenção e interesse em alcançá-las, e assim tem mais facilidade em libertar-se de tendências escravizantes. O serviço aos outros seria um exemplo de bom ideal.
O apoio de boas pessoas e de Deus. - Não é bom ficar só. Avança-se com mais ligeireza se se conta com o alento de outras pessoas. (Igualmente, convém evitar os ambientes que facilitem o vício). E desde logo, a ajuda do céu será muito bom.
Ideasrapidas, trad ama
Evangelho do dia e comentário
Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior. [i]
1ª Terça-Feira do Advento 29 de Novembro
21 Naquela mesma hora Jesus exultou de alegria no Espírito Santo, e disse: «Graças Te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e aos prudentes, e as revelaste aos simples. Assim é, ó Pai, porque assim foi do Teu agrado. 22 Todas as coisas Me foram entregues por Meu Pai; e ninguém sabe quem é o Filho, senão o Pai, nem quem é o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelar». 23 Depois, tendo-Se voltado para os discípulos, disse: «Felizes os olhos que vêem o que vós vedes. 24 Porque Eu vos afirmo que muitos profetas e reis desejaram ver o que vós vedes e não o viram, ouvir o que vós ouvis e não o ouviram».
Comentário:
Eu, que acabei de ler este trecho do Evangelho, sou «sábio e prudente» ou simples como as crianças?
Ao colocar-me esta pergunta, percebo que tenho de fazer um exame sério e profundo sobre mim próprio sobretudo no que respeita à forma como leio o Evangelho.
Leio-o para “cumprir” uma obrigação que me impus a mim mesmo?
Para seguir os conselhos do meu Director Espiritual?
Porque é uma leitura agradável e muito interessante?
Ou… não leio apenas mas medito cada palavra, cada frase, cada capítulo, saboreando e tentando “descobrir” o que contém de ensinamentos coerentes e seguros para a minha vida espiritual.
Ou seja: leio-o como quem toma um algo imprescindível para os meus conhecimentos sobre a Doutrina de Jesus Cristo e, assim, alimentar a minha fé?
(ama, comentário sobre Lc 10, 21-24, 2011.10.21)
Ideais
Um ideal é um bem desejado; enquanto amar é desejar o bem a alguém. Com outras palavras, um bem desejado é um ideal e ao mesmo tempo é próprio de um amor. De modo que só quem ama tem ideais.
Ideasrapidas, trad ama
Dificuldades
Reflectindo |
Conta-se que uma alma santa ao ver como os acontecimentos lhe eram contrários e a uma provação sucedia outra, e a uma calamidade um desastre maior, voltou-se com ternura para o Senhor e perguntou: Mas, Senhor, que Te fiz?, e ouviu no seu coração estas palavras: Amaste-Me. Pensou então no Calvário e compreendeu um pouco melhor como o Senhor queria purificá-la e associá-la a Ele na redenção de tantas gentes que andavam perdidas, longe de Deus. E encheu-se de paz e alegria.
(r. garrigou-lagrange, El Salvador, nr. 311 trad ama)
Tratado De Deo Trino 24
(I Sent., dist. XXXIII, a. 2).
O segundo discute-se assim. — Parece que não devemos introduzir noções em Deus.
— Pois, Dionísio diz: Não devemos ousar afirmar de Deus nada mais do que o que nos foi expresso pelas Sagradas Letras [1]. Ora, a Sagrada Escritura nenhuma menção faz das noções. Logo, não devemos admitir noções em Deus.
Demais. — Tudo quanto dizemos de Deus concerne à unidade da essência ou à Trindade das Pessoas. Ora, nem a esta nem àquela concernem as noções. Pois, das noções nada se predica essencialmente; assim, não dizemos que a paternidade seja sábia ou crie; nem lhes atribuímos propriedades da pessoa, pois não dizemos que a paternidade gere e a filiação seja gerada. Logo, em Deus se não devem introduzir noções.
Demais. — Nos seres simples não devemos introduzir noções abstractas, que sejam princípios de conhecimento; pois, os seres simples a si mesmos se conhecem. Ora, as Pessoas divinas são simplicíssimas. Logo, nelas não devemos introduzir noções.
Mas, em contrário, diz João Damasceno: Reconhecemos a diferença das hipóstases, i. e, das Pessoas, por três propriedades, a saber, a paternal, a filial e a processional [2]. Logo, devemos introduzir em Deus, propriedades e noções.
Prepositivo, atendendo à simplicidade das Pessoas, disse que se não devem introduzir em Deus propriedades e noções; e quando as encontra, expõe o abstracto pelo concreto. E assim como costumamos dizer — Rogo à tua benignidade — i. e, — a ti benigno — assim, quando se fala da paternidade em Deus, entende-se o Deus Padre.
Mas, como já ficou demonstrado [3], não prejudica a divina simplicidade aplicarmos a Deus nomes concretos e abstractos, porque, como inteligimos assim nomeamos. Porque o nosso intelecto, não podendo atingir a simplicidade divina, em si mesma considerada, por isso apreende e nomeia as realidades divinas ao seu modo, i. e, segundo o que descobre nas coisas sensíveis, das quais tira o conhecimento. Ora, para significar as formas simples destas, usamos de nomes abstractos; e para significar as coisas subsistentes, de nomes concretos. E por isso, como já dissemos [4], exprimimos as realidades divinas, pelo concernente à simplicidade, com nomes abstractos; e pelo concernente à subsistência e ao complemento, com nomes concretos. Ora, é necessário exprimir, abstracta e concretamente, não só os nomes essenciais, como quando dizemos divindade e Deus, sabedoria e sábio; mas também os pessoais, como quando dizemos paternidade e pai.
E a isto sobretudo nos obrigam duas razões. A primeira é a instância dos heréticos. Pois, se nos perguntassem, ao confessar-mos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um só Deus em três Pessoas, pelo que são um só Deus e pelo que são três Pessoas, do mesmo modo que responderíamos serem um Deus pela essência e pela divindade, assim também devem existir certos nomes abstractos pelos quais possamos responder que as Pessoas se distinguem. E tais são as propriedades ou noções expressas em abstracto, como paternidade e filiação. E assim, em Deus, a essência significa o que é, a Pessoa, quem é, e a propriedade, enfim, pelo que é.
A segunda é que, em Deus, uma Pessoa se refere a duas, a saber, a Pessoa do Pai à do Filho e à do Espírito Santo. Não porém pela mesma relação; porque daí resultaria referirem-se também o Filho e o Espírito Santo ao Pai por uma e mesma relação; e assim como em Deus só a relação multiplica a Trindade, seguir-se-ia não serem duas Pessoas o Filho e o Espírito Santo.
Nem se pode dizer, como queria prepositivo, que assim como Deus de um só modo se refere às criaturas, embora estas diversamente se lhe refiram a ele, assim também o Pai, por uma só relação, se refere ao Filho e ao Espírito Santo, se bem estes se lhe refiram a ele por duas relações. Porque, consistindo a razão específica do relativo em referir-se a outro, necessário é dizer-se, que duas relações não são especificamente diversas se lhes corresponde, por contrariedade, uma só relação; e por isso necessariamente são diversas as relações entre senhor e pai, segundo a diversidade entre filiação e escravidão. Ora, todas as criaturas de Deus se lhe referem por uma só espécie de relação. Porém o Filho e o Espírito Santo não se referem ao Pai pelas relações da mesma natureza; e portanto, o caso não é o mesmo.
Além disso, Deus não tem necessariamente uma relação real com as criaturas, como já dissemos [5]. E de outro lado, não há inconveniente em se multiplicarem nele as relações de razão. Mas no Padre é necessário haver uma relação real que o refira ao Filho e ao Espírito Santo; e daí, segundo a dupla relação do Filho e do Espírito Santo com o Padre, o ser forçoso admitir neste duas relações, que o refiram ao Filho e ao Espírito Santo. Por onde, sendo a Pessoa do padre uma só, é necessário separadamente exprimir as relações em abstracto, chamadas propriedades e noções.
DONDE A RESPOSTA À PRIMEIRA OBJEÇÃO. — Embora a Sagrada Escritura não mencione as noções, menciona contudo as Pessoas, nas quais aquelas se compreendem, como abstracto, no concreto.
RESPOSTA À SEGUNDA. — As noções, em Deus, não significam realidades, mas umas certas razões, pelas quais se conhecem as Pessoas, embora essas noções ou razões nele existam realmente, como já dissemos [6]. Por onde, tudo o que se referir a um acto essencial ou pessoal não se pode predicar das noções, porque isto lhes repugna ao modo da significação. Assim, não podemos dizer que a paternidade gere ou crie, seja sábia ou inteligente. Porém, o que for essencial e não se referir a nenhum ato, mas remover de Deus as condições da criatura, pode-se predicar das noções; e assim pode dizer, que a paternidade é eterna ou imensa, ou predicações semelhantes. Semelhantemente, pela sua identidade real, podem os substantivos pessoais e essenciais ser predicados das noções; e assim podemos dizer: A paternidade é Deus e a paternidade é Pai.
RESPOSTA À TERCEIRA. — Embora as Pessoas sejam simples, contudo, sem prejuízo da simplicidade, podem ser expressas em abstracto as razões próprias delas, como dissemos [7].
SÃO TOMÁS DE AQUINO, Suma Teológica,