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21/10/2011

VATICANO: MORTE DE KADAFI OBRIGA À REFLEXÃO SOBRE SISTEMAS QUE NÃO RESPEITAM O HOMEM


Depois da morte do ditador Líbio Muhammar Kadhafi, ocorrida hoje, a Sala de Imprensa da Santa Sé divulgou uma nota na qual assinala que estes factos obrigam à reflexão sobre o preço do sofrimento humano gerado por sistemas que endeusam o poder e que não respeitam a dignidade dos seres humanos. 
A nota do Vaticano se dá a conhecer logo que foi confirmado o falecimento do coronel líbio que governou o País durante 42 anos, e logo depois de vários meses de enfrentamentos armados entre os opositores e o exército leal a Kadhafi. 
O primeiro-ministro Mahmud Jibril confirmou a morte de Kadafi em conferência de imprensa hoje: "esperamos este momento durante muito tempo. Mataram Muhammar Kadhafi". 
Sobre estes factos, a nota do Vaticano deste 20 de Outubro assinala que "a notícia da morte do coronel Muhammar Kadhafi fecha a extensa e trágica fase da luta sangrenta pela queda de um regime duro e opressivo". 
"Estes factos dramáticos obrigam agora à reflexão sobre o preço do imenso sofrimento humano que acompanha a afirmação e a queda de todo sistema que não está baseado no respeito à dignidade da pessoa, mas sobre a prevalente afirmação do poder". 
A nota assinala que a Santa Sé alenta o processo de pacificação e reconstrução "com um espírito de inclusão, sobre a base da justiça e o direito, e que a comunidade internacional se esforce por ajudar generosamente a reedificação do país". 
Depois de reiterar que a pequena comunidade católica seguirá brindando sua contribuição nesta nação, o texto precisa que a Santa Sé ainda não reconheceu formalmente o Conselho Nacional de Transição (CNT) mas "considera-o o legítimo representante do povo líbio, conforme o direito internacional". 
Seguidamente se refere a vários encontros que tiveram representantes do Vaticano com autoridades da Líbia nos quais se sublinhou "a importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e a Líbia. A Santa Sé já teve a oportunidade de renovar seu apoio ao povo líbio e seu apoio na transição".
A Santa Sé, conclui a nota, alenta o êxito na reconstrução do país e recorda que as autoridades líbias expressaram seu apreço pelos chamados humanitários realizados pelo Papa Bento XVI "e pelo esforço da Igreja na Líbia, especialmente através do serviço nos hospitais e outros centros de assistência de 13 comunidades de religiosas (6 em Tripolitana e 7 em Cirenaica)".

INFORMAÇÕES MUITO BREVES  [De vez em quando] 2011.10.23


Não basta seres bom; tens de parecê-lo

Textos de São Josemaria Escrivá

Não basta seres bom; tens de parecê-lo. Que dirias tu de uma roseira que não produzisse senão espinhos? (Sulco, 735)

Compreendeste o sentido da amizade quando te sentiste como pastor de um pequeno rebanho, que tinhas abandonado, e que procuras agora reunir novamente, disposto a servir cada um. (Sulco, 730)

Não podes ser um elemento passivo. Tens de converter-te em verdadeiro amigo dos teus amigos: ajudá-los! Primeiro, com o exemplo da tua conduta. E, depois, com o teu conselho e com o ascendente que a intimidade dá. (Sulco, 731)

Pensa bem nisto, e age em conformidade: essas pessoas, que te acham antipático, deixarão de pensar assim quando repararem que as amas deveras. Depende de ti. (Sulco, 734)


Consideras-te amigo porque não dizes uma palavra má. É verdade; mas também não vejo em ti uma obra boa de exemplo, de serviço...
– Estes são os piores amigos. (Sulco, 740)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXIX Semana




Evangelho: Lc 12, 54-59

54 Dizia também às multidões: «Quando vós vedes uma nuvem levantar-se no poente, logo dizeis: Aí vem chuva; e assim sucede. 55 E quando sentis soprar o vento do sul, dizeis: Haverá calor; e assim sucede.56 Hipócritas, sabeis distinguir os aspectos da terra e do céu; como, pois, não sabeis reconhecer o tempo presente? 57 E porque não discernis também por vós mesmos o que é justo? 58 Quando, pois, fores com o teu adversário ao magistrado, faz o possível por fazer as pazes com ele pelo caminho, para que não suceda que te leve ao juiz, e o juiz te entregue ao guarda, e o guarda te meta na cadeia. 59 Digo-te que não sairás de lá, enquanto não pagares até o último centavo».

Comentário:

Sabemos muito bem o que significam muitos sinais: vai chover, fazer calor... E, às vezes, pretendemos não perceber as insinuações que o Senhor envia à nossa alma, porque não nos convém, porque è uma maçada, porque...

E deveríamos sentir-nos tão felizes e agradecidos por essas demonstrações de carinho do nosso Pai Deus!

(ama, comentário sobre Lc 12, 54-58, 2010.10.22)

Música e oração

Jesus Culture Consumed - Oh Lord You´re Beautiful


selecção ALS

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

O esquecimento da substância

Husserl

O método descritivo exigia o seu próprio fundamento radical. Para chegar ao princípio epistemológico capaz de salvar a filosofia de todo o naturalismo, era necessário por entre parêntesis a vida natural, sustentada por uma proto-crença na realidade natural das coisas. Este colocar entre parêntesis inclui o meu próprio eu, tornando possível a experiencia da realidade como fenómeno. O mundo fica assim reduzido a não ser senão o que aparece à minha consciência, fica reduzido a correlato da mesma. O fáctico foi reduzido assim ao eidético, ao essencial, e com isso conseguiu-se a medida universal de todo o conhecimento verdadeiro, a possibilidade de ulteriores conhecimentos verdadeiros e fundados. Assim, o mundo não é negado mas recuperado numa perspectiva transcendental. O sujeito não cria o mundo, fá-lo existir como fenómeno. O sujeito faz com que o objecto se me manifeste a mim no que é. Só desde mim e enquanto manifestado a mim, tem validade ao que chamamos o ser das coisas. A função da fenomenologia não é explicar o mundo pelas suas causas mas compreender o que é. E o que é só pode ter sentido numa correlação ao sujeito cognoscitivo.
Isto poderia, em todo caso, ser chamado idealismo transcendental no sentido de que o que a consciência faz é fundar a possibilidade da manifestação do objecto intencional, tal como este é em si mesmo. A consciência funda desde si mesma a manifestação do objecto, é um acto que desde si mesmo abre o área de sentido do objecto. Que o objecto seja sentido noemático depende da consciência que é um acto significante. O ser das coisas não é a sua existência ou sua realidade mas o seu sentido, e este sentido é ser um correlato da consciência fundacional.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.