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18/09/2011

Evolucionismo

Do Céu à Terra
O que é o darwinismo oficial propõe?



Os darwinistas costumam ser contrários a Darwin neste ponto, pois o autor da Origem das espécies conclui no seu célebre livro afirmando que "a vida, com as suas diferentes faculdades, foi originariamente animada pelo Criador numas quantas formas ou numa só".
Ao darwinismo oficial, todavia, faltou-lhe tempo para converter a hipótese evolucionista na grande alternativa à origem criada do Universo e da vida. Como um novo giro coperniciano, a exclusão da causalidade divina teve uma imensa importância cultural, que justifica o empenho de milhares de investigadores especializados e de profissionais capazes de conectar com o grande público: professores e mestres, autores de livros de texto e programas televisivos, artistas de ilustrações verosímeis e atractivas, reconstruções brilhantes em museus…
Em 1959 celebrou-se em Chicago o centenário da Origem das espécies. Julian Huxley, o orador mais aplaudido, declarou que "a Terra não foi criada: evoluiu. E o mesmo fizeram os animais e as plantas, tal como o corpo do ser humano, a mente, o alma e o cérebro". Algo muito parecido sustenta Richard Dawkins, zoólogo de Oxford, um dos evolucionistas mais mediáticos. Ninguém repara em que falar de evolução criadora é uma contradição nos termos, e que a realidade nos mostra o contrário: uma criação evolutiva.
Francisco Ayala, Premio Templeton 2010, explica-o assim: "Que uma pessoa seja uma criatura divina não é incompatível com o facto de ter sido concebida no seio da sua mãe e manter-se e crescer por meio de alimentos. A evolução também pode ser considerada como um processo natural através do qual Deus traz as espécies viventes à existência de acordo com o seu plano".

jose ramón ayllón, trad. ama


Princípios filosóficos do Cristianismo

Caminho e Luz

Princípio de substância (I)

A substância
Com efeito, o grande equívoco de Descartes consistiu não por como fundamento o «cogito», pois esqueceu que não poderia ter dito «eu penso», se previamente não se tivesse captado como realidade pensante. Já São Tomás o tinha dito. O que captamos primeiro é isto: «aí há uma realidade» ou «eu sou uma realidade»; O que conhecemos primeiro é sempre que há uma realidade (a própria ou a alheia, é indiferente).
Não há conhecimento se não se nos torna patente o real como real. O conhecimento, antes de mais, é conhecimento de algo, enquanto conhecer o conhecimento é uma reflexão posterior, que vem, em todo o caso, depois. Primeiramente o homem capta a realidade; logo, os adjectivos que a especificam.
O facto de que há coisas e o facto de que eu mesmo sou uma realidade resulta tão evidente, que seria absurdo querer demonstrá-lo. Gilson escreveu acertadamente: «as dificuldades só começam quando o filósofo se empenha em transformar esta certeza numa certeza de natureza demonstrativa, que seria a obra do intelecto».

josé antonio sayés, [i] trad ama,



[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

Música e entretenimento

Tchaikovsky Valse Scherzo op 23


                Itzhak Perlman - Gala Leningrad






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selecção ALS

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXV Semana




Evangelho: Mt 20, 1-16

1 «O Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que, ao romper da manhã, saiu a contratar operários para a sua vinha. 2 Tendo ajustado com os operários um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. 3 Tendo saído cerca da terceira hora, viu outros, que estavam na praça ociosos, 4 e disse-lhes: “Ide vós também para a minha vinha, e dar-vos-ei o que for justo”. 5 Eles foram. Saiu outra vez cerca da hora sexta e da nona, e fez o mesmo. 6 Cerca da undécima, saiu, e encontrou outros que estavam sem fazer nada, e disse-lhes: “Porque estais aqui todo o dia sem trabalhar?”. 7 Eles responderam: “Porque ninguém nos contratou”. Ele disse-lhes: “Ide vós também para a minha vinha”. 8 «No fim da tarde, o senhor da vinha disse ao seu feitor: “Chama os operários e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros”. 9 Tendo chegado os que tinham ido à hora undécima, recebeu cada qual um denário. 10 Chegando também os primeiros, julgaram que haviam de receber mais; porém, também eles receberam um denário cada um. 11 Mas, ao receberem, murmuravam contra o pai de família, 12 dizendo: “Estes últimos trabalharam somente uma hora, e os igualaste connosco, que suportamos o peso do dia e o calor”. 13 Porém, ele, respondendo a um deles, disse: “Amigo, eu não te faço injustiça. Não ajustaste comigo um denário? 14 Toma o que é teu, e vai-te. Eu quero dar também a este último tanto como a ti. 15 Ou não me é lícito fazer dos meus bens o que quero? Porventura o teu olho é mau porque eu sou bom?”. 16 Assim os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos».

Comentário:

Embora reconhecendo a lógica da argumentação do dono da vinha e, evidentemente, o seu direito a fazer o que bem entender do que é seu, fica-nos sempre uma como que "reserva" como se dissesse-mos: "Sim... mas...!"
Isto porque nos consideramos credores quando, afinal, não passamos de devedores, em primeiro lugar por termos sido chamados a trabalhar na vinha e nos ter sido garantida uma paga - há muitos outros que não são chamados e não têm a oportunidade que nos é dada -; depois porque o chamamento ocorreu sem ter em conta nem tempo, nem idade ou condições; e, ainda, porque não nos foi exigido senão que trabalhássemos o melhor que pudéssemos.
Se o fizemos recebemos o ajustado.
Mas, o nosso problema, é que olhamos de soslaio os outros trabalhadores achando quase sempre que trabalham menos e não o fazem tão bem como nós e, portanto, se receberem alguma coisa deverá ser menos que o que nós recebemos.
Esta é a "justiça" dos homens que difere da de Deus e a verdade é que, sendo Deus Justo por natureza, a Sua Justiça é a verdadeira e não permite discussão.

(ama, Meditação sobre Mt 20, 1-16, 2011.08.17)

Se a doutrina sagrada é ciência prática

Escola de Atenas
Rafael

Suma Teológica: Art. 4
(I Sent., prol. a. 3, q. 1)

O quarto discute-se assim — Parece que a doutrina sagrada é uma ciência prática.

1. — Pois, segundo o Filósofo, no livro II da Metafísica, o fim do saber prático é o operar; e a doutrina sagrada à operação se ordena, conforme a Escritura (Tg 1, 22):  Sede, pois, fazedores da palavra, e não ouvintes tão-somente. Logo, é ciência prática.

2. Demais — A doutrina sagrada abrange a lei antiga e a nova. Ora, a lei respeita à ciência moral, que é prática. Donde, é ciência prática a doutrina sagrada.

Mas,  em contrário, toda ciência prática tem por objecto as coisas factíveis pelo homem; v.g. a moral, os actos humanos e a arquitectura, os edifícios. Ora, a doutrina sagrada tem por objecto principal Deus, de quem, pelo contrário, são obras os seres humanos. Por onde, não é ciência prática, mas, antes, especulativa.

SOLUÇÃO. — A doutrina sagrada, sendo uma única ciência, como dissemos antes (a. 3 ad 2), contém os objectos de várias disciplinas filosóficas pelo aspecto formal, que neles considera, de serem cognoscíveis à luz divina. Donde, embora nas ciências filosóficas, seja uma a especulativa, e outra, a prática, a sagrada doutrina compreende o objecto de ambas; bem como Deus, pela mesma ciência, conhece o próprio ser e suas obras. Contudo, é mais especulativa que prática, por conhecer antes das coisas divinas que dos actos humanos, tratando destes enquanto o homem, por eles, se ordena ao conhecimento perfeito de Deus, essência da felicidade eterna.

Donde resultam claras as respostas às objecções.


Textos de São Josemaria Escrivá

“Deus está presente”

Humildade de Jesus: em Belém, em Nazaré, no Calvário... Porém, mais humilhação e mais aniquilamento na Hóstia Santíssima; mais que no estábulo, e que em Nazaré, e que na Cruz. Por isso, que obrigação tenho de amar a Missa! (A "nossa" Missa, Jesus...) (Caminho, 533)


Por vezes, talvez nos perguntemos como será possível corresponder a tanto amor de Deus e até desejaríamos, para o conseguir, que nos pusessem com toda a clareza diante dos nossos olhos um programa de vida cristã. A solução é fácil e está ao alcance de todos os fiéis: participar amorosamente na Santa Missa, aprender a conviver e a ganhar intimidade com Deus na Missa, porque neste Sacrifício se encerra tudo aquilo que o Senhor quer de nós.

Permiti que aqui vos recorde o desenrolar das cerimónias litúrgicas, que já observámos em tantas e tantas ocasiões. Seguindo-as passo a passo é muito possível que o Senhor nos faça descobrir em que pontos devemos melhorar, que defeitos precisamos de extirpar e como há-de ser o nosso convívio, íntimo e fraterno, com todos os homens.
O sacerdote dirige-se para o altar de Deus, do Deus que alegra a nossa juventude. A Santa Missa inicia-se com um cântico de alegria, porque Deus está presente. É esta alegria que, juntamente com o reconhecimento e o amor, se manifesta no beijo que se dá na mesa do altar, símbolo de Cristo e memória dos santos, um espaço pequeno e santificado, porque nesta ara se confecciona o Sacramento de eficácia infinita. (Cristo que passa, 88)


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