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02/07/2011

Diálogos apostólicos


Vais de férias?

Óptimo, é bom que descanses e recomponhas as energias.

Mas não te esqueças: Sabes onde participar na Santa Missa?

2011.07.02

Sobre a família

Debate planetário sobre o matrimónio

Qual das tendências progride com maior rapidez? Contra o que pudesse acreditar-se, a realidade é que existe um equilíbrio instável modelado por reacções e contra-reacções que esboçam, na minha opinião, um panorama más próximo da defesa do matrimónio heterossexual que ao avanço do matrimónio entre pessoas do mesmo sexo.
Prescindindo da algaraviada mediática de um ou outro sinal, convém circunscrevermos aos factos. Um rápido “tour d´horizon” provavelmente avalizará o que digo. Voltando à Europa, a verdade é que se os Países Baixos (2001), Bélgica (2003), Espanha (2004), Noruega (2009), Suécia (2009) e Portugal (2010) regularam o matrimónio entre pessoas do mesmo sexo, a corrente maioritária mostra-se concessora de diversos efeitos às uniões civis de pessoas do mesmo sexo, mas não demasiado receptiva a transformar essas uniões em verdadeiros matrimónios. Já vimos a tendência dos países do Este de Europa a constitucionalizar a nota de heterosexualidade. Noutros países europeus (França, Itália, Alemanha etc.), ainda que o debate se coloque com maior ou menor intensidade, a posição dos órgãos legislativos ou jurisprudenciais mantêm uma posição de equilíbrio que não se inclina para a concessão “tout court” do estado matrimonial às uniões civis. Assim, por exemplo, em Fevereiro deste mesmo ano, o Conselho Constitucional francês considerou que a proibição do matrimónio homossexual, tal e como o recolhe o Código Civil, é conforme a Constituição francesa.

rafael navarro-valls [i], trad ama

 

[i] rafael navarro-valls, catedrático de a Facultad de Derecho de a Universidad Complutense de Madrid, e secretario general de a Real Academia de Jurisprudencia e Legislación de España.

Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 32

Jesus de NazaréPorquê Deus não se revelou aos poderosos do mundo, e só a um pequeno grupo de discípulos?

“É próprio do mistério de Deus actuar de forma discreta. Só pouco a pouco vai construindo a sua história na grande história da humanidade. Faz-se homem, mas de tal modo que pode ser ignorado pelos seus contemporâneos, pelas forças de renome na história. Padece e morre e, como Ressuscitado, quer chegar à humanidade somente mediante a fé dos seus, aos quais se manifesta. Não cessa de chamar com suavidade às portas do nosso coração e, se lho abrimos, faz-nos lentamente capazes de ‘ver’. 
Mas acaso não é este o estilo divino? 
No contar com o poder exterior, mas dar liberdade, oferecer e suscitar amor”

55 Perguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesus de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrecção”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Página 15, marc argemí, trad. ama

Família Cristã

Na sociedade actual, é muito necessária e urgente a presença de famílias cristãs exemplares.

Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família. 

Absolutiza-se uma liberdade sem compromisso com a verdade, e cultiva-se como ideal o bem-estar individual através do consumo de bens materiais e de experiências efémeras, descuidando a qualidade das relações com as pessoas e os valores humanos mais profundos; reduz-se o amor a mera emoção sentimental e à satisfação de impulsos instintivos, sem empenhar-se por construir laços duradouros de mútua pertença e sem abertura à vida. 

Fomos chamados a contrastar esta mentalidade. 

A par da palavra da Igreja, é muito importante o testemunho e o compromisso das famílias cristãs, o seu testemunho concreto, sobretudo para afirmar a intangibilidade da vida humana desde a concepção até ao seu fim natural, o valor único e insubstituível da família fundada no matrimónio e a necessidade de disposições legislativas que sustentem as famílias na sua tarefa de gerar e educar os filhos. 

bento XVI, 2011.06.05 

Criação, Fé e Ciência

Do Céu à Terra
A evolução do evolucionismo

O que diz o registo fóssil?

Existem fósseis catalogados de 250.000 espécies, e no dito catálogo rara vez se reflectem as inumeráveis formas de transição que Darwin supôs. Antes parece que a evolução dá grandes saltos, como o evidenciou Stephen Jay Gould. Desde o ponto de vista paleontológico, o estado habitual das espécies é a estasis e a súbita aparição e desaparição, não a mudança gradual. Há, portanto, mais revolução que evolução. Darwin pensava que não encontrava formas intermédias porque o registo fóssil era muito incompleto, mas hoje existem arquivos completos, que documentam milhões de anos de forma ininterrupta. Um deles é o dos moluscos do lago Turkana, na África oriental, onde Williamson, em 1987, identificou a aparição repentina de novas espécies (especiação).

jose ramón ayllón, trad. ama


Grandeza de ânimo

Para lá do Túnel
Inicialmente, pensei não trazer aqui três nomes muito díspares, algo afastado do meu modo de pensar, ainda que actuais por motivos diversos. Logo, só deixei um, Cristo, para evitar possíveis más interpretações e porque é Semana Santa. Cristo é sempre actual para o que o crê Filho de Deus feito homem, morto e ressuscitado por nós. A epístola aos Hebreus afirma que é o mesmo ontem, hoje e sempre.

Nada que igualar nem comparar nos três homens – dos quais um também é Deus – e que julguei tão diferentes, salvo não serem pessoas e pela sua relação passiva com a virtude da magnanimidade no trato recebido, ou antes o seu contrario: a mesquinhez por juízos sem misericórdia e rancorosos. Os notáveis omitidos estavam tomados de dois mundos diferentes, mas tristemente unidos por essa realidade dos censurados desde a discrepância irritada. O leitor pode procurar nomes e comprovará que tal atitude respeita a muitos.
Cristo foi maltratado na vida, na morte ignominiosa que sofreu, e continua a sê-lo nos seus seguidores. Quando Paulo caminha para Damasco para prender os cristãos, e é derrubado por uma força estranha, escuta esta voz: Saulo, Saulo, por que me persegues? Ao perguntar quem fala, Jesus responde identificando-se com os seus:

Eu sou Jesus a quem tu persegues

pablo cabellos llorente [i], trad ama

2011.07.02


[i] Doutor em Direito Canónico e Ciências da Educação

Tema para breve reflexão

Reflectindo


Evangelhos

As proclamações que vinham do imperador chamavam-se «evangelhos», independentemente do facto de o seu conteúdo ser particularmente alegre ou agradável. Aquilo que vem do imperador – tal era a ideia subjacente - é a mensagem salvadora, não uma simples notícia, mas transformação do mundo para o bem.

(Cf. Bento XVI, Jesus de Nazaré, Cap. III.)

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“És filho de Deus”

O baptismo faz-nos "fideles", fiéis, palavra que, como aquela outra "sancti", santos, empregavam os primeiros seguidores de Jesus para se designarem entre si, e que ainda hoje se usa: fala-se dos "fiéis" da Igreja. – Pensa nisto! (Forja, 622)

Então foi Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser baptizado por ele. E eis uma voz do Céu, que dizia: Este é o meu Filho, o amado, no qual pus as minhas complacências (Mt 3, 13.17).
No Baptismo o Nosso Pai, Deus, tomou posse das nossas vidas, incorporou-nos na vida de Cristo e enviou-nos o Espírito Santo.A força e o poder de Deus iluminam a face da Terra. Faremos arder o mundo nas chamas do fogo que vieste trazer à terra!… E a luz da Tua verdade, ó nosso Jesus, iluminará as inteligências por dia sem fim!
Ouço-Te clamar, ó meu Rei, com a forte voz, que vibra: ignem veni mittere in terram, et quid volo nisi ut accendatur? – E respondo, com todo o meu ser, comos meus sentidos e as minhas potências: ecce ego: quia vocasti me!Nosso Senhor pôs-te na alma um selo indelével, por meio do Baptismo: és filho de Deus. Criança, não ardes em desejos de fazer com que todos O amem?
(Santo Rosário, Iº mistério luminoso)

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Doutrina, Filosofia, Teologia: Cristo deveria conviver com as pessoas ou levar uma vida solitária?

Ecce HomoJacopo Tintoretto (1518-1594)
Parece que Cristo não devia conviver com as pessoas, mas levar uma vida solitária:
1. Com efeito, na verdade, era necessário que, em seu modo de viver, Cristo se mostrasse não apenas homem, mas também Deus. Ora, não convém a deus conviver com os homens. Diz o profeta Daniel: “Com excepção dos deuses, dos quais não é próprio conviver com os homens(2, 11). Diz também o Filósofo no livro I da Política que aquele que leva uma vida solitária ou é um animal, se o faz por bruteza,  ou é um deus, se o faz para contemplar a verdade. Logo, parece que não era conveniente que Cristo convivesse com os demais.
2. além disso, em sua vida mortal, Cristo devia levar uma vida perfeitíssima. Ora, a vida mais perfeita é a vida contemplativa, como se disse na II Parte. E à vida contemplativa importa sumamente a solidão. “Levá-a-ei à solidão e falarei a seu coração” diz o profeta Oseias (2, 14). Logo, parece que Cristo devia levar uma vida solitária.
3. Ademais, o modo de viver de Cristo devia ser uniforme, uma vez que nele devia transparecer sempre o que era melhor. Ora, algumas vezes Cristo procurava os lugares solitários, afastando-se das aglomerações. Remígio assim comenta o Evangelho de Mateus: “Lê-se que o Senhor tinha três refúgios: a barca, o monte e o deserto. Para um deles se dirigia quando era oprimido pela multidão”. Logo, Cristo devia sempre levar uma vida solitária.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, lê-se na profecia de Baruc: “Depois disso, foi visto na terra e viveu entre os homens(3, 38).

O modo de viver de Cristo devia ser conveniente ao fim da encarnação, pela qual ele veio ao mundo. Ora, Cristo veio ao mundo em primeiro lugar para manifestar a verdade, como ele mesmo diz no Evangelho de João: “Para isso nasci e para isso vim ao mundo, para dar testemunho da verdade(18, 37). Portanto, ele não devia ocultar-se, levando uma vida solitária, mas agir em público, pregando publicamente. Por isso diz aos que o queriam deter: “Eu devo anunciar o reino de Deus também a outras cidades, pois para isso fui enviado(Lc 4, 42-43).
Em segundo lugar, Cristo veio a mundo para livrar os homens do pecado, como se lê na Carta a Timóteo: “Cristo Jesus veio a este mundo para salvar os homens do pecado(I Tm 1, 15). Diz Crisóstomo: “Embora Cristo pudesse atrair todos a si para ouvir sua pregação permanecendo ele no mesmo lugar, não o fez, dando o exemplo para que andemos de um lugar para outro e procuremos os que estão em perigo, assim como o pastor procura a ovelha perdida e o médico vai até o enfermo”.
Em terceiro lugar, Cristo veio ao mundo para que “por ele tenhamos acesso a Deus”, como diz a Carta aos Romanos (5, 2). Deste modo, vivendo familiarmente entre as pessoas, era conveniente que infundisse em todos a confiança para dele se aproximarem. Assim se lê: ”Enquanto estava à mesa na casa de Mateus, vieram muitos publicanos e pecadores e sentaram-se à mesa, junto com Jesus e os seus discípulos(Mt 9, 10). E Jerónimo explica: “Vendo que o publicano, convertido de seus pecados, alcançou a penitência, eles também não perderam a esperança da salvação”.

Suma Teológica, III, 40, 1

Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:

1. Cristo, por sua humanidade, quis manifestar sua divindade. Por isso, convivendo com os homens, o que é próprio de um homem, manifestou a todos sua divindade, pregando e fazendo milagres, vivendo entre os homens inocente e santamente.
2. Como se disse na II Parte, em princípio, a vida contemplativa é melhor do que a vida activa, que se ocupa de acções corporais. Por outro lado, a vida activa, pela qual se transmite aos outros, pela pregação e o ensino, o que se contemplou, é mais perfeita do que a vida que apenas contempla, pois que supõe uma abundância de contemplação. Por isso, Cristo escolheu a vida activa.
3. A acção de Cristo é nossa instrução. Por isso, para dar exemplo aos pregadores de que nem sempre devem procurar estar em público, o próprio Senhor se afastou às vezes da multidão. E o fez por três razões. Às vezes, para descanso corporal. No Evangelho de Marcos se lê que o Senhor disse aos discípulos: “Vinde a sós para um lugar deserto e descansai um pouco. Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo que não tinham nem tempo para comer (6, 31). Às vezes, por causa da oração. Lê-se no Evangelho de Lucas: “Naqueles dias Jesus foi à montanha para orar e passou a noite toda em oração a Deus(6, 12). Ambrósio acrescenta que “por seu exemplo Cristo nos forma para as exigências da virtude”. Às vezes, finalmente, para nos ensinar a evitar o favor humano. Sobre o que diz o Evangelho de Mateus: “Vendo Jesus as multidões, subiu à montanha(5, 1), afirma Crisóstomo: “Permanecendo não na cidade e na praça, mas na montanha e na solidão, Cristo nos ensinou a não fazer nada pelostentação e a evitar o tumulto, especialmente quando é necessário reflectir sobre assuntos importantes”.


A Lei Natural

Conta, peso e medida


Como conhecer a lei natural?



As leis físicas o biológicas podem conhecer-se, e também a lei natural. Neste caso trata-se de analisar a natureza humana cuidando de não confundir o que é próprio do homem com os defeitos humanos. Por exemplo, num alcoólico há inclinação para bebida, mas isto não significa que embebedar-se seja bom e natural.





Ideasrapidas, trad ama

2011.07.02

Os milagres geram milagres

Milagres
Mas a percepção dos milagres, está submetida às faculdades dos nossos meios sensitivos, que nos dão fé, do que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos ou provamos. E esta nossa sensibilidade, a sensibilidade humana, é uma sensibilidade variável e diferente em cada um de nós. Por isso, ainda que um milagre desperte, com mais ou menos força uma sensibilidade em todos nós, nem todo o mundo está disposto a aceitar o facto sobrenatural do milagre que se contempla. 

Esta negação de uma evidência palpável de um milagre, quando se contempla, é fruto da intervenção demoníaca na mente daquele que não quer aceitar o facto, dando-lhe o demónio sofismas e argumentos pseudo-científicos, de que o que acontece tem uma explicação, que se agora não se conhece, com o desenvolvimento dos conhecimentos científicos se conhecerá mais tarde.

juan del carmelo, trad ama 

Evangelho do dia e comentário

Imaculado Coração de Maria






T. Comum– XIII Semana



Evangelho: Lc 2, 41-51

41 Seus pais iam todos os anos a Jerusalém pela festa da Páscoa. 42 Quando chegou aos doze anos, indo eles a Jerusalém segundo o costume daquela festa, 43 acabados os dias que ela durava, quando voltaram, o Menino ficou em Jerusalém, sem que os Seus pais o advertissem. 44 Julgando que Ele fosse na comitiva, caminharam uma jornada, e depois procuraram-no entre os parentes e conhecidos. 45 Não O encontrando, voltaram a Jerusalém à procura d'Ele. 46 Aconteceu que, três dias depois, encontraram-no no templo sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os. 47 E todos os que O ouviam estavam maravilhados da Sua sabedoria e das Suas respostas. 48 Quando O viram, admiraram-se. E Sua mãe disse-lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Eis que Teu pai e eu Te procurávamos cheios de aflição». 49 Ele disse-lhes: «Porque Me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me nas coisas de Meu Pai?». 50 Eles, porém, não entenderam o que lhes disse. 51 Depois desceu com eles e foi para Nazaré; e era-lhes submisso. A Sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração.

Comentário:

Teu Pai e eu! Não eu e o Teu Pai como com justiça poderia dizer.

Que delicadeza! Que gentileza de coração!

E ele, o Pai, taucebat, cala-se, não lhe compete falar porque o que lhe é pedido é que guarde e proteja a Sagrada Família.

É o que faz com espantosa discrição.

Ajuda-me a fazer o que devo quando devo e a calar-me quando não me for pedido que fale: res non verba!

(ama, comentário sobre Lc 2, 41-51, 2011.03.19)