Um poema que é uma profunda oração:
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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15/06/2011
Bento XVI: dar prioridade aos que se afastaram da igreja
Luz do Alto |
O desafio de hoje da Igreja, em particular nos países de antigas raízes cristãs, consiste em mostrar a beleza do cristianismo para aqueles que o consideram um obstáculo para alcançar a felicidade, considera Bento XVI.
Por esse motivo, procurar a proximidade dos que se afastaram da fé converteu-se em algo “mais urgente que nunca”.
São João de Latrão |
A felicidade que vocês buscam, a felicidade que vocês têm o direito de vivenciar, ela tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, escondido na Eucaristia (…)
O Papa apresentou como proposta algumas palavras que numa ocasião lhe tinha escrito pessoalmente, Hans Urs von Balthasar (1905-1988), um dos maiores teólogos do século XX, que dizia: “A fé não deve ser pressuposta, mas proposta”.
“Por si só, a fé não se conserva no mundo, não se transmite automaticamente ao coração do homem; ela deve ser sempre anunciada. O anúncio da fé, por sua vez, para que seja eficaz, deve começar por um coração que crê, que tem esperança, que ama, um coração que adora a Cristo e crê na força do Espírito Santo (…)
Os homens esquecem-se de Deus também porque com frequência a pessoa de Jesus é reduzida a um homem sábio e se debilita ou inclusive se nega a divindade. (…)
Esta maneira de pensar impede a compreensão da novidade radical do cristianismo, pois se Jesus não é o Filho único do Pai, então tampouco Deus veio visitar a história do homem. Pelo contrário, a encarnação forma parte do próprio coração do Evangelho. (…)
O compromisso por uma renovada estação de evangelização, que não é só tarefa de alguns, mas de todos os membros da Igreja. Nesta hora da história, não é esta talvez a missão que o Senhor nos encomenda: anunciar a novidade do Evangelho, como Pedro e Paulo, quando chegaram a nossa cidade? (…)
“Há adultos que não receberam o Baptismo, ou que se afastaram da fé da Igreja. É uma atenção hoje mais urgente que nunca, que pede que nos comprometamos com confiança, apoiados pela certeza de que a graça de Deus sempre actua no coração do homem”.
INFORMAÇÕES MUITO BREVES [De vez em quando] 2011.06.15
João Paulo II e o Opus Dei
Entrevista com D. Javier Echevarría, prelado do Opus Dei, por ocasião da beatificação de João Paulo II.
- Algumas recordações relacionadas com o atentado de 1981?
- Nesses momentos estávamos reunidos com o Conselho do Prelado para os apostolados com as mulheres. Logo que a notícia foi conhecida, interrompemos a reunião e fomos ao Policlínico Gemelli. D. Álvaro pôde entrar, convidado por Mons. Angelini, para o local em que se encontravam alguns membros da Cúria, enquanto os médicos operavam o Santo Padre.
D. Álvaro pediu imediatamente a toda a Obra que rezássemos pelo Papa. Íamos com frequência ao Gemelli, sabendo, no entanto, que não poderíamos entrar para o visitar; bastava-nos rezar pela sua Pessoa com aquela presença física mais próxima.
Na altura da viagem ao México, D. Álvaro tinha oferecido ao Papa uma cassete com canções mexicanas; são canções de amor que o povo canta também à Virgem de Guadalupe. Pois bem, um dia em que nos deixaram visitar o Santo Padre no policlínico, encontrámo-lo a ouvir num gravador aquelas canções. “Ajudam-me a rezar”, comentou. Nada fazia pressagiar este encontro, mas foi o próprio Papa que deu indicações para que entrássemos no quarto. D. Álvaro pôs filialmente uma mão sobre o braço do Santo Padre, e comprovou que a febre era muito alta. O encontro durou pouco, como é lógico. Mas notava-se que a Igreja rezava por Pedro, como em Jerusalém, e que Pedro oferecia tudo pela Igreja de Jesus Cristo.
michele dolz, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet, 2011/05/16
2011.06.15
Doutrina, Filosofia, Teologia: A Anunciação à Bem-aventurada Virgem devia ser feita por um anjo?
Parece que a anunciação à Bem-aventurada Virgem não deveria ser feita por um anjo:
1. Com efeito, segundo Dionísio, a revelação é feita aos anjos superiores por Deus. Ora, a Mãe de Deus foi exaltada acima de todos os anjos. Logo, parece que o mistério da encarnação deveria ser-lhe anunciado imediatamente por Deus e não por um anjo.
2. Além disso, se era conveniente observar nisto a ordem comum segundo a qual os mistérios de Deus são comunicados aos homens pelos anjos, convinha igualmente observar a ordem segundo a qual os mistérios divinos são propostos às mulheres pelos maridos, como afirma o Apóstolo na primeira Carta aos Coríntios: “As mulheres calem-se nas assembleias; e se elas desejam instruir-se sobre alguma coisa, interroguem ao marido em casa” (14, 34-35). Logo, parece que o mistério da encarnação deveria ter sido anunciado à Bem-aventurada Virgem por algum homem; principalmente porque José, seu esposo, fora instruído a esse respeito por um anjo, como se lê no Evangelho de Mateus (1, 20-21).
3. Ademais, ninguém pode anunciar de maneira conveniente aquilo que ignora. Ora, os anjos superiores não tiveram conhecimento pleno do mistério da encarnação; por isso Dionísio afirma que a eles se refere a questão posta por Isaías: “Quem é pois este que vem de Edon?” (63, 1). Logo, parece que nenhum anjo teria podido anunciar convenientemente a encarnação.
4. Ademais, as coisas mais importantes devem ser anunciadas por mensageiros mais importantes. Ora, o mistério da encarnação é o maior de todos aqueles que foram anunciados aos homens pelos anjos. Parece, pois, que se tivesse de ser anunciado por algum anjo, deveria ser por algum da ordem mais elevada. Ora, Gabriel não é da ordem mais elevada, mas da ordem dos arcanjos, que é a penúltima; por isso canta a Igreja: “Sabemos que o arcanjo Gabriel te falou da parte de Deus”. Logo, tal anunciação não podia ser feita convenientemente pelo arcanjo Gabriel.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, está o que diz o Evangelho de Lucas: “O anjo Gabriel foi enviado por Deus etc.”.
Por três motivos era conveniente que o mistério da encarnação divina fosse anunciado à Mãe de Deus por um anjo:
Primeiro, para que neste caso fosse observada a ordem estabelecida por Deus segundo a qual os mistérios divinos chegam aos homens por mediação dos anjos. Por isso diz Dionísio: “Os anjos foram os primeiros a ser instruídos sobre o mistério divino do amor benigno de Jesus; depois, por meio deles chegou até nós a graça desse conhecimento. É assim que o divino Gabriel comunicou a Zacarias que um profeta teria nele a sua origem; e a Maria, como se realizaria nela o mistério ‘teárquico’ da inefável formação de Deus”.
Segundo, convinha também à reparação do género humano que haveria de acontecer por Cristo. Por isso afirma Beda: “Foi um bom começo da restauração da humanidade que Deus enviasse um anjo à Virgem que deveria ser consagrada por um parto divino. Pois a primeira causa da perdição humana foi o envio da serpente à mulher, feito pelo diabo, para enganá-la com espírito de soberba”.
Terceiro, porque era conveniente à virgindade da Mãe de Deus. Por isso Jerónimo afirma: “É bom que um anjo seja enviado à Virgem, porque a virgindade sempre esteve aparentada com os anjos. De fato, viver na carne sem estar a ela submetido não é uma vida terrena, mas celestial”.
Suma Teológica III, 30, 2
Quanto às objecções iniciais, portanto, deve-se dizer que:
1. A Mãe de Deus era superior aos anjos no que se refere à dignidade para a qual fora eleita por Deus; mas era inferior aos anjos do ponto de vista do estado da presente vida. Pois o próprio Cristo, por causa da sua vida sujeita ao sofrimento, “tornou-se um pouco inferior aos anjos”, diz a Carta aos Hebreus (2, 9). Ma pelo fato de Cristo ser, ao mesmo tempo, peregrino e possuidor da visão beatífica, não tinha necessidade de ser instruído pelos anjos a respeito do conhecimento dos mistérios divinos. A Mãe de Deus, porém, não tinha atingido ainda o estado dos que possuem a visão beatífica. Por isso necessitava ser instruída pelos anjos a respeito do pensamento de Deus.
2. Como diz Agostinho, é a justo título que a bem-aventurada Virgem Maria constitui uma excepção de algumas leis comuns, pois “aquela que recebeu Cristo, do Espírito Santo, nas suas entranhas virginais, nem multiplicou as suas concepções, nem esteve sob o poder de um varão”, isto é, de um marido. Por isso não devia ser instruída sobre o mistério da encarnação por um homem, mas por um anjo. É também por essa razão que foi instruída antes de José, pois foi instruída antes de conceber, enquanto José depois.
3. O texto citado de Dionísio deixa bem claro que os anjos conheceram o mistério da encarnação; mas, apesar disso, interrogam, desejosos de saber mais perfeitamente do próprio Cristo as razões deste mistério, que superam a compreensão de todo entendimento criado. Por isso afirma Máximo: “Não se pode duvidar que os anjos conheceram a futura encarnação; o que lhes restou velado foi o misterioso pensamento do Senhor, e o modo pelo qual, permanecendo totalmente no Pai que o gerou, podia permanecer integralmente em todas as coisas, como também no seio da Virgem”.
4. Afirmam alguns que Gabriel pertencia à ordem mais elevada dos anjos, sobretudo pelo que diz Gregório: “Era digno que fosse o maior dos anjos aquele que anunciasse o maior de todos os mistérios”. Mas desse texto não se pode concluir que fosse o maior com relação a todas as ordens, mas só com relação aos anjos, já que pertencia à ordem dos arcanjos. Por isso a Igreja o chama arcanjo, e o próprio Gregório afirma: “Denominam-se arcanjos os que anunciam os mais altos mistérios’. É, pois, suficiente pensar que seja o maior na ordem dos arcanjos. E, como diz Gregório, o nome corresponde à sua missão, já que “Gabriel significa ‘força de Deus’; pois era pela força de Deus que devia ser anunciado aquele que, sendo Senhor das potestades e poderoso no combate, vinha para subjugar os poderes espalhados no ar”.
TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
"Tudo posso naquele que me conforta". Com Ele não há possibilidade de fracasso, e desta persuasão nasce o santo "complexo de superioridade" para enfrentar as tarefas com espírito de vencedores, porque Deus nos concede a sua fortaleza. (Forja, 337)
Se não lutas, não me digas que procuras identificar-te mais com Cristo, conhecê-lo, amá-lo. Quando empreendemos o caminho real de seguir a Cristo, de nos portarmos como filhos de Deus, não se nos oculta o que nos aguarda: a Santa Cruz, que temos de contemplar como o ponto central onde se apoia a nossa esperança de nos unirmos ao Senhor.
Digo-vos desde já que este programa não é uma empresa cómoda; viver da maneira que o Senhor assinala pressupõe esforço. (…) Nós descobriremos a baixeza do nosso egoísmo, os golpes da sensualidade, as investidas de um orgulho inútil e ridículo e muitas outras claudicações: tantas, tantas fraquezas. Descoroçoar? Não. Com S. Paulo, repitamos ao Senhor: sinto complacência nas minhas enfermidades, nos ultrajes, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo; pois quando estou fraco, então sou mais forte .
(…) Eu vivo persuadido de que, sem olhar para o alto, sem Jesus, jamais conseguirei nada; e sei que a minha fortaleza, para me vencer e para vencer, nasce de repetir aquele brado: tudo posso n'Aquele que me conforta, que contém a segura promessa de Deus de não abandonar os seus filhos, se os seus filhos não o abandonarem. (Amigos de Deus, nn. 212–213)
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
Pensamentos inspirados
Quando olho para dentro de mim, se Te vejo, estou vivo, se não, para nada me serve a vida.
jma, 2011.06.15
Obediência
Conta, peso e medida |
Como pode proceder de Deus uma autoridade malvada?
O que vem de Deus é a sociedade e a autoridade; mas se esta se exercita mal é problema do governante que usa mal a sua liberdade.
Ideasrapidas, trad ama
2011.06.15
Sobre a família 83
A confiança que se nos demonstra move-nos a agir; e, pelo contrário, paralisa-nos sentir que desconfiam de nós. Por isso, é muito vantajoso ajudar os filhos a administrar a sua liberdade.
Deus quis criar seres livres, com todas as suas consequências. Como um bom pai, deu-nos a pauta – a lei moral – para que possamos utilizar correctamente a liberdade, ou seja, de forma que reverta para o nosso próprio bem. A par disso, quis correr o risco da nossa liberdade [i].
De algum modo, pode-se dizer que o Todo-poderoso aceitou submeter os Seus próprios desígnios à aprovação do homem; que Deus condescende com a nossa liberdade, com a nossa imperfeição, com as nossas misérias [ii], porque prefere o nosso amor livremente entregue à escravidão de uma marionete; prefere o aparente fracasso dos Seus planos a pôr condições à nossa resposta.
S. Josemaria cita em Caminho um “dito” atribuído a Santa Teresa: «Teresa, Eu quis... Mas os homens não quiseram» [iii]. O sacrifício de Cristo na Cruz é a demonstração mais eloquente de até que ponto Deus está disposto a respeitar a liberdade humana; e se Ele chega a esses extremos – pensará um pai cristão – quem sou eu para não o fazer?
j.m. barrio
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet
Perguntas e respostas sobre Jesus de Nazaré. 15
“Converteu-se na imagem da esperança, na certeza consoladora de que a misericórdia de Deus pode chegar-nos também no último instante; a certeza de que, inclusive depois de uma vida equivocada, a oração que implora a sua bondade não é vã”
55 Preguntas y respuestas sobre Jesús de Nazaret, extraídas del libro de Joseph Ratzinger-Benedicto XVI: “Jesús de Nazaret. Desde la Entrada en Jerusalén hasta la Resurrección”, Madrid 2011, Ediciones Encuentro. Pag. 126, marc argemí, trad. ama
Tema para breve reflexão
Reflectindo |
A unidade não vem só de ouvir a mesma mensagem evangélica, que, aliás, nos é transmitida pela Igreja; reveste profundidade mística: é ao próprio corpo de Cristo que nós somos agregados, mediante a fé e o Baptismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; é o mesmo Espírito que nos justifica e anima a nossa vida cristã: «Há um só Corpo e um só Espírito, como existe uma só esperança no chamamento que recebestes. Há um único Senhor, uma única Fé um único Baptismo (Ef. 4, 4-5) tal é a fonte única que traz e requer, hoje como na aurora da Igreja, «a unidade na doutrina dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fracção do pão e nas orações (lg 13).
(joão Paulo II, Passai um ano comigo, Verbo, pg. 213)
Evangelho do dia e comentário
1 «Guardai-vos de fazer as boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. De contrário não tereis direito à recompensa do vosso Pai que está nos céus. 2 «Quando, pois, dás esmola, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.3 Mas, quando dás esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita, 4 para que a tua esmola fique em segredo, e teu Pai, que vê o que fazes em segredo, te pagará. 5 «Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças, a fim de serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 6 Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto, e, fechada a porta, ora a teu Pai; e teu Pai, que vê o que se passa em segredo, te dará a recompensa. 16 «Quando jejuais, não vos mostreis tristes como os hipócritas que desfiguram o rosto para mostrar aos homens que jejuam. Na verdade vos digo que já receberam a sua recompensa. 17 Mas tu, quando jejuares, unge a tua cabeça e lava o teu rosto, 18 a fim de que não pareça aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está presente no oculto, e teu Pai, que vê no oculto, te dará a recompensa.
Comentário:
Jesus marca com insistente aviso a recompensa que Deus guarda para os que cumprem a Sua Vontade e satisfazem os Seus desejos.
E, também, declara a “recompensa” dos que o fazem não com a intenção de agradar a Deus – como deveria ser – mas por vã glória.
Entre uma e outra, parece não haver grandes dúvidas qual verdadeiramente interessa:
A recompensa de Deus é a segurança da Vida Eterna!
A recompensa dos homens é a fatuidade da vida terrena!
(ama, comentário sobre Mt 6,1-6.16-18, 2011.03.09)