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23/05/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos


Não te minimizes!

O Santo Cura d’Ars dizia que o maior inimigo da pessoa que começa nos caminhos do apostolado é o respeito humano.

Não deixes – por amor de Deus – que esse seja o teu caso.

ama , 2011.05.23

Madre Clara: Nova beata portuguesa é «exemplo» e «provocação

 

D. Rino Passigato celebrou missa de acção de graças pela beatificação na sé de Lisboa.


Para ver o texto completo da homilia clicar: Homilia

RM, (Ecclesia) – 2011.05.23

CARTA ABERTA DE UMA JOVEM AO PRIMEIRO-MINISTRO

Observando
Pareceu-me ouvir nas notícias que estaria a falar aos jovens de Portugal, mas 
admito que tenha havido um mal-entendido Senhor primeiro-ministro: chamo-me Catarina, tenho 25 anos, e queria pedir-lhe um ou outro favor.

Vi com atenção, como aliás é meu costume, a sua declaração ao país depois da manifestação do passado dia 12 de Março. Afinal, é o senhor que conduz os destinos do nosso país (ou pelo menos tenta, porque a condução do destino é um assunto bem mais filosófico para lhe estar entregue só a si...)!

Pareceu-me ouvir nas notícias que estaria a falar aos jovens de Portugal, mas admito que tenha havido um mal-entendido - tem acontecido várias vezes desde que os nossos compatriotas o escolheram para o cargo que ocupa. Espero que por isso não termine a sua leitura por aqui, não me esqueço que no seu discurso de tomada de posse afirmou o seu desejo de ser chefe de um governo de todos os portugueses. Ah, e portuguesas, claro, para não discriminar.

Pois qual não foi o meu espanto quando me parece ter ouvido - reitero, talvez erroneamente, embora já me tenham garantido o repetiu mais recentemente - que o senhor percebia os problemas dos jovens e, exactamente por isso, tinha feito aprovar as leis do aborto, do casamento homossexual, do divórcio, da paridade, e mais uma ou outra - que elas foram tantas em seis anos - certamente moderna.

O favor que lhe vinha pedir é se não conseguia aprovar uma lei para mim, que sou jovem, e sou portuguesa. Decerto não acreditará, mas eu:

- Não sou casada e, logo, não estou a pensar divorciar-me. Aliás, se estivesse casada, e de algum mal sofresse o meu casamento, gostaria que me ajudasse certamente a concertá-lo e não a desconcertá-lo, que para isso já bastaria eu...

- Não estou grávida, até porque não sou casada e, logo, não estou a pensar abortar. Mas, se estivesse casada, e estivesse grávida, certamente não iria desfazer-me de um filho. Ou de uma filha, para não discriminar, claro. Aliás, se estivesse grávida, e se tivesse alguma dificuldade, gostaria que me ajudasse a encontrar as melhores condições para que a alegria de ter um filho não viesse só...

- Apesar de não estar casada nem grávida, também não sou homossexual. Aliás, penso que já me apresentei, sou a Catarina. E, perdoe-me o conservadorismo, não costumo partilhar a minha intimidade com ninguém - até porque não sou casada - muito menos com o senhor primeiro-ministro, portanto, como lhe hei-de dizer isto, é um assunto que não me ocupa, esse que inventaram, da orientação sexual.

O favor que lhe vinha pedir - é só um, ou outro - era se pudesse entretanto arranjar uma maneira de, quando eu me casar e tiver filhos, poder escolher a escola para onde eles vão, porque não queria que os meus filhos andassem numa escola onde falam de sexo intervalado com matemática e geografia, e onde ensinam que abortar não faz mal (eu cá acho que faz, o senhor não acha?), e que é igual casar com homens ou mulheres, e essas coisas? Se calhar sou um bocadinho conservadora, mas como nenhuma das leis que aprovou me ajudou... Ah! Antes que me esqueça, as escolas onde ensinam estas coisas que eu gostava que os meus filhos soubessem (que os homens casam com as mulheres e têm filhos sem os matar, e que é possível construir uma família que dure até ao fim da vida, e essas coisas), se for reeleito (o que me perdoará não desejo) não vai continuar a tentar dificultar-lhes a vida, pois não?

Em nome da liberdade de educação dos filhos que um dia gostaria de ter, ficava-lhe muito agradecida, senhor primeiro-ministro.

catarina almeida, Associação Vida Universitária

INFORMAÇÕES MUITO BREVES    [De vez em quando] 2011.05.23

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a”

Deves ter uma intensa devoção à nossa Mãe. Ela sabe corresponder com finura aos obséquios que Lhe fizermos. Além disso, se rezares o Terço todos os dias com espírito de fé e de amor, Nossa Senhora encarregar-se-á de te levar muito longe pelo caminho do seu Filho. (Sulco, 691)


Quanto cresceriam em nós as virtudes sobrenaturais se conseguíssemos verdadeira devoção a Maria, que é Nossa Mãe! Não nos importemos de lhe repetir durante todo o dia – com o coração, sem necessidade de palavras – pequenas orações, jaculatórias. A devoção cristã reuniu muitos desses elogios carinhosos na Ladainha que acompanha o Santo Rosário. Mas cada um de nós tem a liberdade de os aumentar, dirigindo-lhe novos louvores, dizendo-lhe o que – por um santo pudor que Ela entende e aprova – não nos atreveríamos a pronunciar em voz alta.

Aconselho-te (...) que faças, se o não fizeste ainda, a tua experiência particular do amor materno de Maria. Não basta saber que Ela é Mãe, considerá-la deste modo, falar assim d'Ela. É tua Mãe e tu és seu filho; quer-te como se fosses o seu único filho neste mundo. Trata-a de acordo com isso: conta-lhe tudo o que te acontece, honra-a, ama-a. Ninguém o fará por ti, tão bem como tu, se tu não o fizeres. (Amigos de Deus, 293)



© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet


Sobre a família 60

A missão educativa da família

PROPOR VALORES ELEVADOS

Indubitavelmente, o amor aos filhos não tem que ver com observar uma suposta – impossível na prática – “neutralidade educativa”. Por um lado, é preciso não esquecer que se os pais não educam, fá-lo-ão outros. Sempre, mas hoje talvez mais do que no passado, a sociedade, o ambiente e os meios de comunicação exerceram uma influência notável, que em caso algum é neutra. Por outro lado, actualmente há uma tendência para ensinar uns valores aceitáveis por todos: porventura positivos, mas mínimos.
Os pais hão-de educar, sem medo, em todos os valores que consideram essenciais para a felicidade dos seus filhos. Da insistência dos pais no estudo, por exemplo, os pequenos aprendem que o estudo é um bem importante nas suas vidas. Da insistência amável dos pais em que se lavem e vão bem arranjados, aprendem que a higiene e a apresentação não são coisas desprezáveis. Mas se os pais não insistem – acompanhando-os sempre com o exemplo, e dando as devidas justificações – sobre outros temas (por exemplo, ser sóbrios, dizer sempre a verdade, ser leais, rezar, frequentar os sacramentos, viver a santa pureza, etc.), os filhos podem pensar intuitivamente que são bens em desuso, que nem sequer os seus pais vivem, ou que não se atrevem a propor seriamente.


Um ponto de vital importância para esta tarefa é a comunicação. Uma tentação habitual é pensar que “não entendo os jovens de agora”; “o ambiente está muito mau”; “antes isto não se teria permitido”. A simples argumentação de autoridade pode servir nalgum momento, mas acaba por se mostrar sempre insuficiente. Na educação, por vezes há que argumentar com o prémio e o castigo, mas sobretudo há que falar da bondade ou maldade dos actos e do tipo de vida que estes actos configuram. Desta maneira facilita-se também que os filhos descubram o vínculo indissolúvel que existe entre liberdade e responsabilidade.

m. díez
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Confidências de alguém

Confidências de Alguém
Nota de AMA: 
Estas “confidências” têm, obviamente, um autor, que não se revela; foram feitas em tempo indeterminado, por isso não se lhes atribui a data. O estilo discursivo revela, obviamente, que se tratam de meditações escritas ao correr da pena. A sua publicação deve-se a ter considerado que, nelas se encontram muitas situações e ocorrências que fazem parte do quotidiano que, qualquer um, pode viver.


Recebi a graça da fé em Deus.

A fé que traduzo como a convicção profunda e absoluta que Deus existe, me criou, é dono e senhor de tudo quanto existe e é o principio e o fim de tudo.
Através dos anos, a minha fé teve alguns sobressaltos que não chegaram a ser graves.

Mas será que Deus existe?
Como é possível este Deus que não vejo, que não sinto existir?
Como se compreende que Deus me tenha criado só para O servir?

Enfim, estas e outras questões, que não foram nem são propriamente questões, mas antes tentações súbitas e breves do demónio.
Não há que discutir ou analisar o que é indiscutível e analisável, há que acreditar de forma completa e total e com esta crença, resolver de uma vez por todas a minha origem, e, sobretudo, o meu destino.

A minha origem é claríssima, nasci de minha Mãe e meu Pai por graça de Deus.

O meu destino é, evidentemente, também muito claro:
Viver eternamente junto de Deus, no Céu, para O louvar e ser eternamente feliz.

Não há filosofia mais simples.

Só que para chegar ao fim que, acredito, será o meu, tenho de ter fé absoluta em Deus meu Criador e Senhor e que esta é a Sua vontade. 
Deus não quer outro fim para mim, foi efectivamente para isso que me criou.
Pôs à minha disposição todos os meios para eu poder atingir esse fim glorioso, enviou o Seu Amabilíssimo Filho ao Mundo, onde, além de sofrer por mim, Se imolou numa Cruz, num sacrifício cruento que me redimiu e me abriu as portas do Céu.
Mas, Jesus, deixou-me mais; deixou-me os Sacramentos para me ajudarem e fortalecerem a minha vontade na busca da perfeição, da santidade, caminho este, único, que me levará ao meu destino.
Deixou-se a Si mesmo na Sagrada Eucaristia, para que eu receba a Sua Carne e o Seu Sangue directamente, num sacrifício de doação de um Pai Extremoso e Adorável.
Com estes meios tudo está ao meu alcance para que eu seja santo, resta-me apenas ter confiança.
Confiança nas promessas que Jesus me fez. Seguindo este caminho, levantando-me prontamente sempre que caio no pecado - e com que frequência eu caio! - recebendo a força salvífica dos Sacramentos, participando no Santo Sacrifício da Missa, rezando, tendo constantemente a presença de Deus no meu espírito e no meu coração.
Jesus não deixará de ouvir-me e conduzir-me-á ao fim que ambiciono e desejo.
A minha confiança é total.
Peço-te perdão, meu Jesus, pelos momentos de abatimento e esmorecimento, eles são o fruto da minha fraqueza.
Mas eu creio e confio e peço-te que aumentes a minha fé e reforces a minha confiança para que eu persevere na luta constante por ser melhor e mais santo.
A busca da santidade pessoal e a santidade dos outros é o meu objectivo e preocupação.

Tenho fé em Ti, Senhor.

Meu Deus, confio em Vós e a Vós me entrego totalmente.



Evangelho do dia e comentário







Páscoa – V Semana


Evangelho: Jo 14, 21-26

21 Aquele que aceita os Meus mandamentos e os guarda, esse é que Me ama; e aquele que Me ama, será amado por Meu Pai, e Eu o amarei, e Me manifestarei a ele». 22 Judas, não o Iscariotes, disse-Lhe: «Senhor, qual é a causa por que Te hás-de manifestar a nós e não ao mundo?». 23 Jesus respondeu-lhe: «Se alguém Me ama, guardará a Minha palavra e Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele, e faremos nele a Nossa morada. 24 Quem não Me ama não observa as Minhas palavras. E a palavra que ouvistes não é Minha, mas do Pai que Me enviou. 25 «Disse-vos estas coisas, estando convosco. 26 Mas o Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em Meu nome, vos ensinará todas as coisas, e vos recordará tudo o que vos disse.

Comentário:

A pergunta de S. Judas parece decisiva para compreendermos muitas coisas a respeito de Jesus Cristo e da Sua missão redentora.
Talvez nos tenhamos perguntado alguma vez porque é que Jesus reservava para os Apóstolos a revelação mais clara e compreensível sobre a Sua Pessoa e a Sua Missão.
A resposta do Mestre a Judas é conclusiva:
Por muito que nos seja explicado e evidenciado se, não tivermos amor a Jesus, não entenderemos nem aceitaremos; mas, pelo contrário, se Lhe tivermos amor, então o Espírito Santo nos dará as luzes necessárias para entender tudo aquilo que as nossas limitações não nos permitem alcançar. 

(ama, Comentário sobre Jo 14, 21-26, Fevereiro de 2009)