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30/04/2011

Diálogos apostólicos

Diálogos



Já falámos disso…mas repito:

«Na casa de Meu Pai há muitas moradas» [i] o que significa uma gradação de estado beatífico o que é justíssimo.

















ama , 2011.04.30


[i] Jo 14, 2

TEXTOS DE SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ

“Que eu não volte a voar pegado à terra”

– Meu Senhor Jesus: faz com que sinta, que secunde de tal modo a tua graça, que esvazie o meu coração..., para que o enchas Tu, meu Amigo, meu Irmão, meu Rei, meu Deus, meu Amor! (Forja, 913)

Vejo-me como um pobre passarinho que, acostumado a voar apenas de árvore em árvore ou, quando muito, até à varanda de um terceiro andar..., um dia, na sua vida, meteu-se em brios para chegar até ao telhado de certa casa modesta, que não era propriamente um arranha-céus...
Mas eis que o nosso pássaro é arrebatado por uma águia – que o julgou erradamente uma cria da sua raça – e, entre as suas garras poderosas, o passarinho sobe, sobe muito alto, por cima das montanhas da terra e dos cumes nevados, por cima das nuvens brancas e azuis e cor-de-rosa, mais acima ainda, até olhar o sol de frente... E então a águia, soltando o passarinho, diz-lhe: anda, voa!...
– Senhor, que eu não volte a voar pegado à terra, que esteja sempre iluminado pelos raios do divino Sol – Cristo – na Eucaristia, que o meu voo não se interrompa até encontrar o descanso do teu Coração! (Forja, 39)

http://www.opusdei.pt/art.php?p=13979

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

João Paulo II - Homem de oração

AE – A oração foi o motor da vida de João Paulo II? Que episódios recorda?
Ele era um homem de oração, sem dúvida, que se recolhia frequentemente para rezar, e era uma oração contagiosa. Para mim era um grande místico.
Quando começava a rezar, esquecia-se de tudo o resto, para ele não existia mais nada, tive muitas experiências nesse sentido. Por exemplo, quando ia almoçar com ele, por motivos de trabalho, antes do almoço ele levava-nos sempre à sua capela privada: chegávamos lá, ele ajoelhava-se e estava lá muitíssimo tempo, como se nada existisse além de Deus, completamente elevado ao céu.
É um místico, um verdadeiro místico, o espírito de oração foi uma das coisas que mais me impressionou nele, não só em Roma, mas também nas viagens apostólicas, em que muitas vezes acontecia a mesma coisa. De manhãzinha, cedo, ainda nós estávamos na cama e já ele estava na capela a rezar e à noite, também.
AE – A beatificação poderá ajudar a descobrir este lado mais íntimo, a espiri-tualidade própria de João Paulo II?
JMS – Certamente, porque uma das suas características é a espiritualidade, o profundo espírito de oração. Outra característica da sua espiritualidade é a fé, ele realmente vivia da fé, uma fé concreta, vivida, existencial, não abstrata.
A vida de João Paulo II foi toda iluminada pela fé, todo o seu pontificado foi uma expressão disso, o seu ministério apostólico não era mais do que a vontade que ele tinha de divulgar esta fé, em Cristo. O sentido das suas viagens consiste, essencialmente, na difusão do Evangelho da fé.
Por isso, para mim, João Paulo II foi o maior missionário dos tempos modernos.
AE – Do seu contacto com ele, o que é que o tocou mais?
JMS – A sua humanidade, uma humanidade que comovia. Já na sua primeira encíclica, «Redemptor Hominis», diz que o homem é o caminho da Igreja e no seu pontificado mais não fez do que estar ao lado do homem para promover a sua dignidade - muitas vezes profanada, ainda hoje, infelizmente -, para defender os seus direitos humanos, direitos fundamentais, sagrados, imutáveis, como dizia, e para ajudar o homem a realizar-se plenamente como tal.
A humanidade era uma das características fundamentais de João Paulo II. E porque é que era tão humano? Porque era realmente um santo.
Muitas vezes pensamos a santidade e a humanidade como realidades diferentes, opostas. Não é assim, isso é um erro: a humanidade e a santidade são duas realidades intimamente unidas entre si. Digo muitas vezes que a santidade não é mais do que a plenitude da humanidade, o santo é o que vive plenamente a sua humanidade, em toda a profundidade, em todas as suas consequências.
Estas são, a meu ver, as principais características de João Paulo II, da sua espiritualidade.
AE – Nesse sentido, impressionou-o a forma como o Papa interpretou à luz da sua fé a história da humanidade e os seus próprios sofrimentos?
JMS – Ele via tudo à luz da fé, tudo, absolutamente. Não só a sua vida, o seu apostolado, mas também os outros aspectos. Ele sofreu muitíssimo, sobretudo nos últimos tempos, mas sofria à luz da fé, procurava identificar-se com Cristo, reproduzir em si mesmo a Paixão. Isso é muito claro: para João Paulo II existia a fé e mais nada, tudo, tudo era visto à luz dessa fé.
É um exemplo maravilhoso, sobretudo quando há tanta falta de fé no mundo de hoje, é um modelo extraordinário.
AE – Pessoalmente, esta beatificação tem significado especial para si, dado tratar-se de alguém com quem trabalhou de perto?
JMS – A beatificação de João Paulo II tem, naturalmente, um significado especial, porque Deus me concedeu a oportunidade de contribuir de maneira decisiva para ela. Quanto o Papa [Bento XVI] dispensou o período de espera de cinco anos após a morte, a 13 de Maio de 2005, eu, emanei o decreto para que pudesse ter início imediatamente (statim incipi) o processo de beatificação nas dioceses de Roma e Cracóvia. Uma coisa curiosa é que o Papa depois anunciou oficialmente que tinha começado o processo de beatificação, num encontro com o clero romano, na basílica de São João de Latrão [Roma] lendo o meu decreto, que era o único documento jurídico que existia.
Portanto, dei início a este processo, depois, acompanhei-o durante três, quatro anos e é uma graça muito grande. Para mim, a beatificação de João Paulo II tem um significado especial, especialíssimo. O dia 1 de Maio é um dia verdadeiramente extraordinário.

d. josé saraiva martins ECCLESIA, 2011.04.29 

Pensamentos inspirados

À procura de Deus



Aceitemos as curvas da estrada, porque nos levam à felicidade.


Que nos interessam os montes e vales, os obstáculos e pedras, se a Luz que nos conduz, nos leva à eternidade.


jma, 2011.04.30

João Paulo II - Navarro-Valls



ENTREVISTA NO ABC de MADRID)

22 anos porta-voz do Papa polaco

Uma das testemunhas privilegiadas da extraordinária dimensão humana e espiritual de João Paulo «o Grande».

«Nunca me disse: isto não o comunique»



Para ver o documento, clicar:

Sobre a família 37

O direito dos pais à educação dos filhos (II)
continuação
O DEVER DE INTERVIR NO ÂMBITO PÚBLICO EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO


Todos os cidadãos e de modo especial os pais, individualmente ou unidos em associações, podem e devem intervir no âmbito público quando esteja em jogo a educação, aspecto fundamental do bem comum. Há dois pontos capitais na vida dos povos: as leis sobre o casamento e as leis sobre o ensino; e aí, os filhos de Deus têm que estar firmes, lutar bem e com nobreza, por amor a todas as criaturas.


Esta firmeza, que corresponde soberanamente à família fundada no matrimónio, apoia-se numa potestade que é intrínseca – não concedida pelo Estado, nem pela sociedade, mas anterior a eles pois tem o seu fundamento na natureza humana – e, portanto, deve aspirar a ver reconhecido o direito próprio dos pais a educar os filhos por si próprios, ou o direito para delegar essa atividade em quem queiram delegar a sua confiança, como manifestação do sentir social da família, e âmbito de soberania frente a outros poderes que pretendam interferir na referida actividade. Tal atitude por parte dos pais requer, por seu lado, grande espírito de responsabilidade e iniciativa.

J.A. Araña e C.J. Errázuriz
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Evangelho do dia e comentário

 Páscoa - Oitava


Evangelho: Mc 16, 9-15

9 Jesus, tendo ressuscitado de manhã, no primeiro dia da semana, apareceu primeiramente a Maria Madalena, da qual tinha expulsado sete demónios. 10 por ela, não acreditaram.12 Depois disto, mostrou-Se de outra forma a dois deles, enquanto iam para a aldeia; 13 os quais foram anunciar aos outros, que também a estes não deram crédito. 14 Finalmente, apareceu aos onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a sua incredulidade e dureza de coração, por não terem dado crédito aos que O tinham visto ressuscitado.15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura.

Comentário:

S. Marcos segue os relatos de Pedro. Este, uma vez mais, propositadamente decerto, omite o seu papel nos dias que se seguiram à morte de Jesus.
Sabemos, por S. João que foi ao túmulo na madrugada de Domingo e que pode constatar os sinais da ressurreição do Senhor.
É natural que os discípulos mais próximos de Jesus, nomeadamente os Doze, estivessem reunidos com Pedro a quem o Senhor tinha iniludivelmente nomeado chefe e a pedra onde assentaria a Sua Igreja.
Pedro tem, portanto, um papel importantíssimo nestes dias.
Mais é de admirar e louvar esta singeleza do Apóstolo em querer passar despercebido. Com toda a certeza que a Paixão e Morte do Senhor o teriam abalado profundamente, pensando, talvez, na sua impotência para salvar o seu Mestre, depois das bravatas na noite de Quinta-feira.
O Príncipe dos Apóstolos dá, uma vez mais, uma lição da sua profunda humildade. 

(ama, comentário sobre Mc 16, 9-15.10.04.10)