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26/03/2011

Sobre a família 3

Continuação


Pais: não vos excedais a repreender os vossos filhos, não suceda que se tornem pusilânimes [1], recomenda o Apóstolo. Quer dizer, os nossos filhos tornar-se-iam tímidos, sem audácia, com medo de assumir responsabilidades.  Pussillus animus: um espírito pequeno, mesquinho.
Gerar confiança tem que ver com a amizade, que é o ambiente que proporciona que surja uma acção verdadeiramente educativa: os pais hão-de procurar fazer-se amigos dos filhos. Assim o aconselhava S. Josemaria reiteradamente: A imposição autoritária e violenta não é caminho acertado para a educação. O ideal para os pais é chegarem a ser amigos dos filhos; amigos a quem se confiam as inquietações, a quem se consulta sobre os problemas, de quem se espera uma ajuda eficaz e amável  [2]. [i]
Cont/


[i] J.M. Barrio e J.M. Martín
© 2011, Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

'O básico para educar' e 'Papel de pai’

Observando

O básico para educar

São muitos os conselhos que se podem dar para ajudar os pais na educação dos seus filhos. Hoje transcrevo três que me parecem muito úteis:

        - Os pais necessitam de um verdadeiro amor aos seus filhos, o que parece óbvio não o é tanto. Muitos pais educam mal os seus filhos porque não lhes querem com amor verdadeiro. Se se ama deve-se exigir quanto seja necessário.

        - O que um filho necessita para ser educado é que os seus pais se queiram entre si. Outra obviedade que não o é tanto. Querer-se significa apoiar-se, respeitar-se.

        - Para educar há que ensinar a querer e a deixar-se querer.
Cont/

aníbal cuevas, in FLUVIUM, trad ama

Diálogos apostólicos

Diálogos


Não...não te vou dar “calhamaços” de orações e quejandos.

Quando muito sugiro um livrinho “ORAÇÕES DO CRISTÃO”.

Ouve-me bem: Deus é teu Pai.

Não me digas que precisas que te ensinem a falar com o teu Pai?


AMA, 2011.03.26

Família trabalho: um equilíbrio exigente

Observando
A família e o trabalho são muitas vezes apresentados como duas dimensões contraditórias e conflituantes das nossas vidas.

De facto, quando pensamos na gestão do tempo – que é naturalmente limitado – o trabalho e a família concorrem por este mesmo recurso, pelo que mais dedicação ao trabalho pode implicar menor disponibilidade para a família, ao mesmo tempo que a dedicação que é devida à família pode dificultar a concretização dos objectivos que se nos colocam a nível profissional.

Esta disponibilidade e esta tensão é tanto maior nos tempos em que vivemos, com exigências cada vez maiores em termos de produtividade e empenho; e, também a nível familiar as exigências são hoje maiores que no passado, já que na maior parte dos casos, os dois membros do casal trabalham e os apoios à família são muitas vezes limitados.
Da minha experiência, e reconhecendo que não há uma fórmula ou uma receita clara e uniforme para abordar este tema, existe um conjunto de pontos que devemos ter em conta:
  1. A família e o trabalho não devem de ser entendidos como elementos contraditórios da nossa vida, mas antes como dimensões complementares que, apropriadamente equilibradas, se reforçam mutuamente;
  2. Este equilíbrio não deve ser visto apenas no plano da gestão do tempo, quase como um exercício aritmético em que se alocam horas entre as duas dimensões de forma rígida; ao invés, deverá ser, dentro de determinados limites, desenvolvido à luz dos objectivos que se pretende atingir, ou seja, não deve ser definido em abstracto, mas antes no contexto do que se ambiciona quer na vertente profissional, quer na familiar.
  3. De acordo com esta perspectiva, o equilíbrio entre trabalho e família é naturalmente dinâmico, evolui ao longo do tempo e em função dos objectivos que se têm em cada momento quer a nível pessoal quer a nível profissional.
  4. A gestão deste equilíbrio, ao contrário do que é muitas vezes a nossa convicção, não deve ser tomado como determinístico mas influenciado e gerido de forma proactiva por cada um de nós.
  5. O equilíbrio entre família e trabalho exige uma abordagem extremamente organizada em cada uma das dimensões, com clareza de objectivos e com estabelecimento constante das prioridades quer a nível profissional, quer familiar; este ponto é sobretudo relevante na dimensão pessoal já que, muitas vezes, deixamos que o tempo dedicado à família seja gerido de forma reactiva, sem objectivos ou planos claros.
Finalmente, e em modo de síntese, é importante reconhecer que este equilíbrio constitui um exercício permanente, de ajustes e afinações sucessivas e deve ser partilhado não só a nível profissional mas, sobretudo, a nível pessoal, com as pessoas em quem confiamos e com quem fazemos este caminho.

VER - rui diniz 2011.03.03

Textos de S. Josemaria Escrivá

“Uma Mãe que nunca nos abandona”

Não estás sozinho. Nem tu nem eu podemos encontrar-nos sozinhos. E, menos ainda, se vamos a Jesus por Maria, pois é uma Mãe que nunca nos abandona. (Forja, 249)


É a hora de recorreres à tua Mãe bendita do Céu, para que te acolha nos seus braços e te consiga do seu Filho um olhar de misericórdia. E procura depois fazer propósitos concretos: corta de uma vez, ainda que custe, esse pormenor que estorva e que é bem conhecido de Deus e de ti. A soberba, a sensualidade, a falta de sentido sobrenatural aliar-se-ão para te sussurrarem: isso? Mas se se trata de uma circunstância tonta, insignificante! Tu responde, sem dialogar mais com a tentação: entregar-me-ei também nessa exigência divina! E não te faltará razão: o amor demonstra-se especialmente em coisas pequenas. Normalmente, os sacrifícios que o Senhor nos pede, os mais árduos, são minúsculos, mas tão contínuos e valiosos como o bater do coração.

Quantas mães conheceste como protagonistas de um acto heróico, extraordinário? Poucas, muito poucas. E contudo, mães heróicas, verdadeiramente heróicas, que não aparecem como figuras de nada espectacular, que nunca serão notícia – como se diz – tu e eu conhecemos muitas: vivem sacrificando-se a toda a hora, renunciando com alegria aos seus gostos e passatempos pessoais, ao seu tempo, às suas possibilidades de afirmação ou de êxito, para encher de felicidade os dias dos seus filhos. (Amigos de Deus, nn 134–135)


http://www.opusdei.pt/art.php?p=13968
© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet



An Airport Encounter


Observando

Quando esperava o tapete rolante para me levar ao terminal, um homem, talvez nos seus quarenta e poucos anos, aproximou-se de mim. “Fui criado como Católico, disse, e agora como pai de dois rapazes, não posso olhar para si ou qualquer outro sacerdote sem pensar num abusador sexual.

Foi apenas a terceira vez que tal me aconteceu em quase trinta e cinco felizes anos como sacerdote, todas as três nos últimos nove anos e meio.

Outros sacerdotes dizem-me que tal lhes aconteceu muito mais vezes.
Três...é demais. De cada vez fiquei tão abalado que fiquei muito perto da náusea.

“O Senhor é um Padre Católico, perguntou cortesmente.”
“Com certeza que sim. Prazer em conhecê-lo,” respondi estendendo a mão.


Ignorou-a. Fiquei na expectativa de qualquer coisa menos boa mas não estava preparado para o tom cortante e afiado como navalha com que prosseguiu: “Fui criado como Católico,” disse, “e agora como pai de dois rapazes, não posso olhar para si ou para qualquer outro sacerdote sem pensar num abusador sexual.”

O que responder? Gritar-lhe o meu espanto? Afastá-lo? Pedir desculpa? Bater-lhe? Exprimir compreensão? Devo admitir que tais reacções me ocorreram enquanto olhava para ele com vergonha e repulse pelo dano da ferida que me infligiu com aquelas cortantes palavras.

Recuperei o suficiente para dizer: “Tenho verdadeira pena que se sinta assim. Mas, deixe-me perguntar-lhe, você presume automaticamente um abusador sexual quando vê um Rabi ou um ministro Protestante?”
“De forma alguma,” retorquiu com os dentes cerrados enquanto, ambos, subíamos para o tapete rolante.
“E quando vê um treinador desportivo, ou um chefe de escuteiro, ou um pai adoptivo, ou um conselheiro, ou um médico?” Continuei.
“De maneira nenhuma” respondeu, “o que é que tudo isso tem a ver com o caso”?
“Bastante,” continuei, “porque cada uma dessas profissões tem uma elevada percentagem de abuso sexual, se não maior, que a dos padres.”
“Bem, pode ser…mas a Igreja é o único grupo que conheço que sabia o que estava a acontecer e não fez nada acerca disso, continunado a transferir os pervertidos para outros lugares.”
“Obviamente o senhor nunca ouviu falar das estatísticas acerca dos professores escolares” observei. “Só na minha cidade de Nova Iorque, os técnicos dizem que a percentagem de abuso sexual no meio dos professores escolares é dez vezes maior que a dos padres, e estes abusadores também são transferidos para outros locais”
A isto...não disse nada, assim parti para um novo “ataque”.

“Perdoe-me por ser tão brusco, mas o senhor também o foi comigo, por isso, deixe-me perguntar: quando se olha no espelho, vê um abusador sexual?”

Agora tinha sido apanhado desprevenido tal como eu tinha sido dois minutes antes. “Que diabo é que está a dizer?”

“Infelizmente”, respondi, “estudos dizem-nos que grande parte das crianças sexualmente abusadas, são vítimas dos seus próprios pais e outros familiares.”

Chega de debate, conclui, ao vê-lo atordoado. Tentei acalmá-lo.

“Pois, deixe que lhe diga: quando olho para si não vejo um abusador sexual, e espero a mesma consideração de si.”

O tapete tinha chegado ao local da recolha da bagagem e ambos saímos para a recolher.

“Então se é assim, porque é só ouvimos este lixo acerca de vocês, padres,” perguntou, enquanto absorvia melhor o que lhe dissera.
“Nós, padres, pensamos o mesmo. Tenho algumas razões para tal se estiver interessado em saber.”
Assentiu com a cabeça enquanto nos dirigíamos vagarosamente para o carrossel da bagagem.

“Primeiro”, continuei, “nós padres merecemos um escrutínio mais intenso, porque as pessoas confiam em nós já que nos dizemos representantes de Deus, assim, quando um de nós o faz – ainda que uma escassa minoria alguma vez o tenha feito – é mais reprovável.”
“Segundo, temo que haja muitos por aí que não têm amor pela Igreja, e anseiam por arruinar-nos. Esta é a razão porque desejam atacar-nos continuamente com isso.”
E, em terceiro lugar, detesto dizê-lo, há uma considerável soma de dinheiro a ganhar processando a Igreja Católica, enquanto de pouco vale processar os outros grupos que mencionei há pouco.”
Ambos tínhamos já a nossa bagagem e dirigimo-nos para a porta. Então estendeu-me a mão, a mão que não me tinha estendido cinco minutos antes quando eu lhe estendera a minha. Cumprimentámo-nos.

“Obrigado. Estou feliz por o ter conhecido”

Parou um momento. “Sabe, penso nos grandes padres que conheci quando era jovem. E agora, porque trabalho no IT na Regis University, conheço alguns devotos Jesuítas. Não deveria julgar todos vocês por causa dos pecados horríveis de uns poucos.”
“Obrigado” sorri.

Pensei que as coisas estavam arrumadas, porque, enquanto nos afastava-mos, acrescentou, “Pelo menos devo-lhe uma anedota: O que acontece quando não pode pagar ao seu exorcista?”

“Apanhou-me,” respondi.

“Fica re-possesso!”

Ambos nos rimos e separámo-nos.

Não obstante o final feliz, ainda tremia…e quase que me sentia necessitado de um exorcismo para expelir a minha alma despedaçada, uma vez que tinha de enfrentar mais uma vez o horror desta total confusão para as vítimas e as suas famílias, o nosso povo Católico tal como o homem que tinha acabado de conhecer…e a nós padres.

ARCHBISHOP TIMOTHY DOLAN,[i] in CERC


[i] THE AUTHOR:
Archbishop Timothy Michael Dolan was named Archbishop of New York by Pope Benedict XVI on February 23, 2009. Born February 6, 1950, Archbishop Dolan was ordained to the priesthood on June 19, 1976. He completed his priestly formation at the Pontifical North American College in Rome where he earned a License in Sacred Theology at the Pontifical University of St. Thomas. In 1994, he was appointed rector of the Pontifical North American College in Rome where he served until June 2001. While in Rome, he also served as a visiting professor of Church History at the Pontifical Gregorian University and as a faculty member in the Department of Ecumenical Theology at the Pontifical University of St. Thomas Aquinas. The work of the Archbishop in the area of seminary education has influenced the life and ministry of a great number of priests of the new millennium. Archbishop Dolan is the author of Doers of the Word: Putting Your Faith Into Practice, To Whom Shall We Go?, and Advent Reflections: Come, Lord Jesus!.

Teresa de Calcutá - Pensamentos 3




Qual é o maior obstáculo?               


O medo

Temas para a Quaresma 18


Tempo de Quaresma

Continuação

Talvez…em primeiro lugar, ter bem presente a Lei de Deus, que é, como se sabe, a Lei Natural, [i] e lembrar os Dez Mandamentos que a compõem. [ii] Está assim disposto o “esqueleto” das matérias em que o exame deve incidir.
Parece fácil “resolver” alguns dos mandamentos, por exemplo o 5º - Não matar, já que normalmente não cometemos nenhum assassínio, mas há que ter o devido cuidado de não “agarrar” a forma e a letra, por exemplo:

Em relação ao aborto o que é que penso, o que disse, que posições tomei?


E, considerando agora o 7º - não roubar, tenho cumprido as minhas obrigações cívicas como por exemplo pagar os impostos que a lei manda tendo em atenção que se o não fizer ou de qualquer forma sonegar o seu cumprimento estou – de facto – a privar o Estado do que tem direito?


Cont./

ama, 2011.03.26


[i] Não devo matar ninguém porque sou cristão mas sim porque vai contra o respeito devido ao outro
[ii] 1º Amar a Deus sobre todas as coisas.
2º Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
3º Guardar domingos e festas de guarda.
4º Honrar pai e mãe.
5º Não matar.
6º Guardar castidade nas palavras e nas obras.
7º Não roubar.
8º Não levantar falsos testemunhos.
9º Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos.
10º Não cobiçar as coisas alheias

Música e repouso

Moonligth - Beethoven -  Daniel Barenboim

Domingo

Reflectindo




Dia do Senhor, dia de adoração e glorificação de Deus, do Santo Sacrifício, da oração, do descanso, do recolhimento, do alegre encontro na intimidade da família.





(pio XI, Alocução, 1947.09.07)

O sexo ajuda?

Conta, peso e medida


A atracção natural entre os dois sexos é uma boa ajuda para reforçar a união.

Esta ajuda diminui nos lugares onde se aceita a pornografia, pois com ela o atractivo sexual dirige-se para outra pessoa ou para prazeres próprios.












(ideasrapidas, trad ama)

2011.03.26