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01/02/2011

Pedido de Bento XVI para o mês de Fevereiro

Duc in altum



O Papa Bento XVI pede aos fiéis que, no mês de Fevereiro, rezem para que se respeite a família e se reconheça o seu papel na sociedade.
Esta é, de facto, a proposta que faz nas intenções de oração para el segundo mês do ano, contidas na carta pontifícia que confiou ao Apostolado da Oração, iniciativa que quase50 milhões de pessoas seguem nos cinco continentes.
“Para que la familia seja respeitada por todos na sua identidade, e se reconheça a sua contribuição insubstituível em favor de toda a sociedade”, é a intenção geral.


(La Gaceta, 2011.02.01, trad. AMA)

O filho que Joseph Kennedy não teve

Observando




Married to a Kennedy, but dedicated to God

FATHER RAYMOND J. DE SOUZA


Diálogos apostólicos


Diálogos


Não te preocupes se não conseguiste ainda o que tanto desejas.

Porfia, luta, esforça-te e põe esse empenho nas mãos de Deus.


Vais ver, Ele fará com que consigas.


(ama, 2011.02.01)

IGREJA E CULTURA

Duc in altum



NOVO DEPARTAMENTO DO VATICANO


PARA O DIÁLOGO COM OS NÃO CRENTES 


ARRANCA EM PARIS

«Pátio dos Gentios»  quer favorecer intercâmbio cultural, filosófico e artístico




Lacrimosa

Lacrymosa:







Lacrymosa dies illa, qua resurget ex favilla judicandus homo reus.
Huic ergo parce Deus, pie Jesu Domine, dona eis requiem! Amen!

Olhai que eu não vejo! (Afonso Cabral)


NAVEGANDO PELA MINHA CIDADE

Quando ia a começar a atravessar a Praça do Exército Libertador ouvi uma voz forte de homem a bradar muito alto: meus irmãos! Olhai que eu não vejo! Por amor de Deus dai-me qualquer coisa!
Fiquei como que paralisado e dentro e fora de mim fez-se um silêncio antiquíssimo. Bandos de pombas levantaram um voo de cinza azulada sem que se tivesse ouvido o assobiado clape-clape das suas asas que as levaram para cima dos postes dos semáforos e das árvores despidas de folhas daquela pequena praça do Carvalhido. E a voz voltou a gritar: olhai que eu não vejo! Virei-me e vi, encostado na esquina da antiga Igreja do Carvalhido, um homem com uma fina bengala de alumínio e uns óculos de massa com vidros de um verde muito escuro. Vi logo que se tratava de um homem que não via, de um cego.
Mas que extraordinário pregão ele gritava: olhai que eu não vejo! E eu olhava e via que ele não via. E alguém via porque é que em nós ele via irmãos?
Eu já não sabia o que ia fazer ou para onde ia. Só sei que continuava ali parado a olhar para quem não via e a sentir que qualquer coisa de maravilhoso estava a acontecer; parecia-me que tudo estava parado no tempo e no espaço e aquele homem não estava a pedir nada mas sim a dar.
E foi então – passado um tempo que não se regula pelos relógios – que ouvi na minha memória a voz de uma raposa a falar a um Principezinho: on ne voit bien qu’avec le coeur. L’essentiel est invisible pour les yeux[1]. Ah! É verdade! Quando esquecemos o essencial o coração deixa de ver, fica cego e inviabiliza a fraternidade. Pior ainda, deixamos de perceber que a fraternidade só o é porque somos todos filhos do mesmo Pai.
Meus irmãos! Olhai que eu não vejo! Por amor de Deus dai-me qualquer coisa! Repetiu o cego aos berros fazendo levantar novamente as pombas num voo errático. E eu acabei por sair daquela espécie de paralisia ou encantamento e atravessei a rua a ver melhor com o que aquele homem me tinha dado.

Afonso Cabral


[1] Antoine de Sant-Exupéry, Le Petit Prince – Éditions Gallimard , Paris -1946  - pág. 72 (só vemos bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos)

Maçonaria, encarnação satânica


Observando


A maçonaria, que é a encarnação satânica do ódio a Cristo, no mundo, tem ultimamente desenvolvido; nas suas lojas uma actividade desesperada, em França (a sua grande vítima) e em todo o mundo. Os processos são sempre os mesmos. Calu­niar a Igreja, laicizar o ensino, e expulsar as Congregações religiosas, para melhor expulsarem a Deus das consciências. 


Vale a pena ler os documentos das lojas, publicados em Documentation catholique, n2. 1124 (29 de Junho de 19.52) e nr. 149 (14 de Junho de I953)

(Cfr. A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LVI, Fasc. 4, 1953, pag. 278)

Evangelho do dia e comentário

Tempo comum - IV Semana

Evangelho: Mc 5, 21-43

21 Tendo Jesus passado novamente na barca para a outra margem, acorreu a Ele muita gente, e Ele estava junto do mar. 22 Chegou um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, que, vendo-O, lançou-se a Seus pés, 23 e suplicava-Lhe com insistência: «Minha filha está nas últimas; vem, impõe sobre ela as mãos, para que seja salva e viva». 24 Jesus foi com ele; e uma grande multidão O seguia e O apertava. 25 Então, uma mulher que havia doze anos padecia um fluxo de sangue, 26 e tinha sofrido muito de muitos médicos, e gastara tudo quanto possuía, sem ter sentido melhoras, antes cada vez se achava pior, 27 tendo ouvido falar de Jesus, foi por detrás entre a multidão e tocou o Seu manto. 28 Porque dizia: «Se eu tocar, ainda que seja só o Seu manto, ficarei curada». 29 Imediatamente parou o fluxo de sangue e sentiu no seu corpo estar curada do mal. 30 Jesus, conhecendo logo em Si mesmo a força que saíra d'Ele, voltado para a multidão, disse: «Quem tocou os Meus vestidos?». 31 Os Seus discípulos responderam: «Tu vês que a multidão Te comprime, e perguntas: “Quem Me tocou?”».32 E Jesus olhava em volta para ver quem tinha feito aquilo. 33 Então a mulher, que sabia o que se tinha passado nela, cheia de medo e a tremer, foi prostrar-se diante d'Ele, e disse-Lhe toda a verdade. 34 Jesus disse-lhe: «Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e fica curada do teu mal». 35 Ainda Ele falava, quando chegaram da casa do chefe da sinagoga, dizendo: «Tua filha morreu; para que incomodar mais o Mestre?». 36 Porém, Jesus, tendo ouvido o que eles diziam, disse ao chefe da sinagoga: «Não temas; crê somente». 37 E não permitiu que ninguém O acompanhasse, senão Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago. 38 Ao chegarem a casa do chefe da sinagoga, viu Jesus o alvoroço e os que estavam a chorar e a gritar. 39 Tendo entrado, disse-lhes: «Porque vos perturbais e chorais? A menina não está morta, mas dorme». 40 E troçavam d'Ele. Mas Ele, tendo feito sair todos, tomou o pai e a mãe da menina e os que O acompanhavam, e entrou onde a menina estava deitada. 41 Tomando a mão da menina, disse-lhe: «Talitha kum», que quer dizer: «Menina, Eu te mando, levanta-te». 42 A menina imediatamente levantou-se e andava, pois tinha já doze anos. Ficaram cheios de grande espanto. 43 Jesus ordenou-lhes com insistência que ninguém o soubesse. Depois disse que dessem de comer à menina.

Comentário:


Doutrina


«RERUM NOVARUM»

O Estado deve proteger a propriedade particular

21. Mas, é conveniente descer expressamente a algumas particularidades. É um dever principalíssimo dos governos o assegurar a propriedade particular por meio de leis sábias. Hoje especialmente, no meio de tamanho ardor de cobiças desenfreadas, é preciso que o povo se conserve no seu dever; porque, se a justiça lhe concede o direito de empregar os meios de melhorar a sua sorte, nem a justiça nem o bem público consentem que danifiquem alguém na sua fazenda nem que se invadam os direitos alheios sob pretexto de não que igualdade. Por certo que a maior parte dos operários quereriam melhorar de condição por meios honestos sem prejudicar a ninguém; todavia, não poucos há que, embebidos de máximas falsas e desejosos de novidade, procuram a todo o custo excitar e impelir os outros a violências. Intervenha portanto a autoridade do Estado, e, reprimindo os agitadores, preserve os bons operários do perigo da sedução e os legítimos patrões de serem despojados do que é seu.

2011.02.01

A essência da humildade


Tema para breve reflexão


A essência da humildade não reside no auto-desprezo. É inconcebível que a Virgem Maria sentisse desprezo por si própria. O próprio Senhor era humilde, e como poderia ter-se desprezado? Quando muito, o auto-desprezo é, em todo o caso, uma consequência, é o impulso do coração ante o reconhecimento da verdade: que somos pecadores, capazes de todas as deslealdades, das maiores baixezas... se Deus, com a Sua graça, nos não sustiver.

(federico suarez, A Virgem Nossa Senhora, Éfeso, 4ª Ed. nr. 124)

Reino interior

TEMA PARA BREVE REFLEXÃO


Existe dentro de nós um reino, um espaço interior de paz, onde Deus vive, onde ninguém nos pode magoar. O sofrimento pode magoar-nos e afectar-nos, tanto emocional como fisicamente, mas não pode destruir o nosso reino, a nossa verdadeira dignidade. Ela é indestrutível porque é de natureza divina, porque não pertence a este mundo. É esta a boa-nova do Evangelho segundo S. João. Neste sentido, podemos tentar, no meio do sofrimento, atravessar com nobreza a floresta e dizer constantemente para nós mesmos: «O meu reino não é deste mundo.» Talvez pressinta então, estimado leitor, que a dor não o destruirá. É verdade que lhe retirou a força, que a tristeza o desencorajou, mas, no meio destas fraquezas, neste estado de prostração, nesta solidão, existe qualquer coisa dentro de si que não pode ser destruída. E a sua dignidade régia. É o reino, o espaço interior, onde Deus habita e é Senhor. Lá, no lugar onde Deus está dentro de si, o sofrimento não encontra qualquer ponto fraco. Turva as suas emoções, perturba o seu espírito, mas, no seu interior, não conseguirá atacar nada. Trata-se de um reino que não é de cá. Nesse sentido, o mundo, com todo o seu sofrimento e os seus golpes do destino, não tem qualquer poder sobre o nosso reino interior.

(Anselm Grun, A incompreensível existência de Deus, Paulinas, p. 35.)

2011.02.01