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25/01/2011

Papa preside a celebração na Basílica de São Paulo

Duc in altum
O Papa vai presidir hoje à tradicional celebração de vésperas na solenidade litúrgica da conversão de São Paulo, encerrando, desse modo, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
O momento de oração, rezada diariamente ao entardecer por religiosos e leigos católicos, vai decorrer na Basílica de São Paulo fora de muros, em Roma, com início marcado para as 17h30 locais.
Segundo comunicado oficial divulgado pelo site do Vaticano, na celebração vão participar “representantes das outras Igrejas e Comunidades eclesiais presentes em Roma”.



Diálogos apostólicos

Diálogos


Quem te humilhou, muito provavelmente, nem deu por isso.


Há pessoas que têm ou uma conta bancária no lugar do coração.

Reza por ele que bem precisa e, tu, agradece e aceita com alegria.

Muitíssimo mais humilhado foi Cristo e, Ele, não o merecia!



 (ama, 2011.01.25)

Pensamentos inspirados

À procura de Deus




Assim como Maria visitou a sua prima Isabel, para a ajudar na sua dificuldade, assim também a Mãe do Céu nos visita, permanentemente, para nos ajudar nas nossas provações e contrariedades.

jma, 2011 

Natal desabitado (Afonso Cabral)

Navegando pela minha cidade

A Rua do Monte dos Burgos é uma das principais artérias a norte da cidade com acesso à Circunvalação. É uma rua de trânsito intenso pois é uma das principais entradas e saídas da cidade. A cerca de vinte metros dos semáforos do cruzamento desta rua com a Circunvalação há uma casa que está abandonada há bem mais de vinte anos. É uma casa típica dos anos trinta ou quarenta com rés-do-chão e primeiro andar. A entrada principal é no primeiro andar por onde se chega subindo uma escada exterior de granito. No cimo há um pequeno alpendre e a porta da entrada. Na parede exterior, debaixo do alpendre tem um painel de azulejos com uma cena campestre que poderia ter sido tirada do filme As Pupilas do Senhor Reitor. À esquerda da porta de entrada, por cima dos primeiros degraus da escada, há uma janela de uma das salas da casa.

 Ao longo dos anos tenho assistido à lenta degradação típica de uma casa desabitada. Primeiro foram as ervas e as plantas daninhas que crescendo e secando com o passar das estações do ano e que em camadas sucessivas criaram um matagal misturado com plásticos, papeis, garrafas e lixo que o vento e as pessoas para lá iam atirando através das grades do portão. Depois foram as janelas e vidros partidos que caíram de podres e deram entrada às pombas que dela fizeram um prolífico pombal; e depois os toxicodependentes que a transformaram numa casa de chuto.  

Durante o passar dos anos em que eu ia assistindo a esta decadência, ia também pensando que com as pessoas acontece algo muito semelhante se nos deixarmos desabitar. Ou seja, se vamos concedendo espaço ao nosso egoísmo; se vamos alinhando com a maioria; se vamos fazendo concessões ao laxismo; se nos deixamos ir na corrente; se não actualizamos a nossa formação; se nos deixamos dominar pelo relativismo reinante; se não limpamos as nossas ervas daninhas. Enfim, usando uma frase muito conhecida: quando não vivemos conforme pensamos acabamos a pensar conforme vivemos.

Mas um dia alguém fez alguma coisa naquela casa desabitada. De um dia para o outro todas as janelas e portas foram tapadas com tijolos. A casa foi entaipada. E aquela casa que era um pombal e um refúgio para desgraçados passou a ser como que uma espécie de sepulcro vazio. Passou a ser uma casa totalmente desalmada. E assim ficou durante muitos e muitos anos. Até ao Natal passado.
Num dia de Dezembro, a janela tinha vidros e lá dentro via-se bem uma árvore de Natal com bolas de todas as cores e tudo. A porta de entrada estava perfeita com todos os seus relevos, entalhes, puxador, ranhura de entrada para o correio e uma grande Coroa do Advento pendurada. Uma imensa assinatura prateada tapava o bucólico painel de azulejos como se fosse o oiro, o incenso e a mirra.

O que aconteceu foi que um grafitter – um artista dessa arte urbana e marginal de que eu tanto gosto - tinha pintado isto tudo sobre os tijolos que entaipavam a janela e a porta fazendo – momentaneamente – o efeito de tromp l’oeil.
E eu dei por mim a pensar que também muitas pessoas desabitadas enchem as suas casas de luzes e luzinhas a piscar numa árvore e penduram pais natal por fora. E que isto também produzia um efeito de tromp l’âme e que não era menos falso que o natal grafittado nos tijolos que entaipavam aquela casa.

Mas foi então que ouvi no meu coração o Menino Jesus a dizer-me suavemente: Foi para esses que eu nasci.

Afonso Cabral





LITURGIA DAS HORAS

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VII. LIGAÇÃO OCASIONAL DAS HORAS DO OFÍCIO
COM A MISSA OU ENTRE SI



93. Em casos particulares, quando as circunstâncias o pedirem, na celebração pública ou comunitária, pode-se fazer uma ligação mais estreita da Missa com uma Hora do Ofício, dentro das normas a seguir indicadas, contanto que a Missa e a Hora pertençam ao mesmo Ofício. Evitar-se-á, porém, que isto redunde em prejuízo do bem pastoral, mormente aos domingos.



94. Quando a Missa é precedida imediatamente de Laudes, celebradas no coro ou em comum, a acção litúrgica pode começar ou pelo versículo introdutório e o hino de Laudes, sobretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação do celebrante, principalmente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitir-se-á um destes dois ritos iniciais.
Segue-se a salmodia de Laudes, na forma habitual, até à leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o acto penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa. Segue-se a Liturgia da palavra, como de costume.
A oração universal faz-se na devida altura e na forma acostumada para a Missa. Contudo, nos dias feriais, na Missa matutina, em vez dos formulários quotidianos da oração universal, podem-se dizer as preces matinais próprias de Laudes.
Depois da comunhão, com o respectivo cântico, diz-se o Benedictus com sua antífona de Laudes. Segue-se a oração depois da comunhão, e tudo o mais como de costume.



95. No caso de a Missa ser precedida imediatamente da celebração pública da Hora Intermédia, quer dizer, de Tércia, Sexta ou Noa, a acção litúrgica pode igualmente começar ou pelo versículo introdutório e o hino da respectiva Hora, sobretudo nos dias feriais, ou pelo canto e procissão de entrada e saudação do celebrante, mormente nos dias festivos. Num e noutro caso, omitir-se-á um destes dois ritos iniciais.
Segue-se a salmodia da respectiva Hora, como de costume, até à leitura breve exclusive. Terminada a salmodia, omitido o acto penitencial e eventualmente o Kýrie, diz-se o Gloria, segundo as rubricas, e o celebrante recita a oração da Missa.



96. Quando a Missa é precedida imediatamente de Vésperas, estas ligam-se à Missa da mesma forma que Laudes. Note-se, porém, que não se podem celebrar as primeiras Vésperas das solenidades, domingos e festas do Senhor que ocorram ao domingo, senão depois de celebrada a Missa do dia anterior ou sábado.



97. No caso de a Hora Intermédia, quer dizer, Tércia Sexta ou Noa, ou as Vésperas, se seguirem à Missa, esta será celebrada na forma habitual até à oração depois da comunhão inclusive.
Dita a oração depois da comunhão, começa imediatamente a salmodia da respectiva Hora. Na Hora Intermédia, terminada a salmodia, omite-se a leitura breve e diz-se logo
a oração; e faz-se a despedida tal e qual como na Missa. Nas Vésperas, terminada a salmodia, omite-se a leitura e diz-se logo o cântico Magnificat com a respectiva antífona; e, omitidas as preces e a oração dominical, diz-se a oração conclusiva e dá-se a bênção ao povo.



98. Com excepção do Natal do Senhor, não é permitido, regra geral, juntar a Missa com o Ofício de Leitura, pois a Missa tem já o seu ciclo de leituras que se deve distinguir do Ofício. Todavia, nalgum caso excepcional, se se vir que pode haver nisso vantagem, então, logo depois da segunda leitura do Ofício, com seu responsório, omitindo tudo o mais, inicia-se a Missa com o hino Gloria, caso se deva dizer; aliás, com a oração.



99. No caso de o Ofício da Leitura se rezar imediatamente antes de outra Hora, pode-se dizer o hino da respectiva Hora a iniciar o Ofício da Leitura. No fim do Ofício da Leitura, omite-se a oração e a conclusão; e, na Hora que vier a seguir, omite-se o versículo introdutório e o Glória ao Pai.


Retirado do site do Secretariado Nacional de Liturgia
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Os cortesãos cegos


OBSERVANDO
Vivemos numa sociedade oficialmente livre-pensadora, sem tabus, preconceitos ou dogmas. Estão criadas as condições para os tabus mais acéfalos, preconceitos mais avassaladores, dogmas mais totalitários, por não existir sequer a disposição para reconhecer essa possibilidade.

Um dos contos mais geniais da literatura revela onde pode chegar a cegueira ideológica. Publicado na colectânea medieval espanhola El Conde de Lucanor de 1335 (Enxemplo XXXII - de lo que contesció a un Rey con los burladores que ficieron el paño), foi vulgarizado por Hans Christian Andersen como As Roupas Novas do Imperador (Kejserens nye Klæder) em 1837. Os cortesãos, a quem foi dito que o tecido do traje do imperador é invisível a quem não é filho de seu pai, estão dispostos a exaltar a beleza das vestes, sem conseguirem admitir que o rei vai nu. Sintomaticamente, na versão de Andersen, quem não vê as roupas é estúpido ou incompetente, mas na Idade Média interessava mais a família que a competência.

Nota: Notável artigo de João César das Neves


Preparação para o Matrimónio


Duc in altum
As questões canónicas ocupam um lugar modesto e insignificante na preparação para o matrimónio, assim que se tende a pensar que os futuros maridos tenham pouco interesse nestas problemáticas reservadas a especialistas. (…)


Está muito difundida a mentalidade, segundo a qual as 'admoestações ou proclamas matrimoniais', que servem para verificar que nada se opõe à celebração válida e lícita do matrimónio, constituem apenas um ato de natureza exclusivamente formal. (…)

Frente à relativização subjectivista e libertária da experiência sexual, a tradição da Igreja afirma, naturalmente, com claridade a índole jurídica do matrimónio, quer dizer, sua pertença por natureza ao âmbito da justiça nas relações interpessoais. Nesta óptica o direito se entrelaça, na verdade, com a vida e com o amor. (…)

Não existe portanto um matrimónio da vida e outro do direito: existe um único matrimónio, o qual é constitutivamente um vínculo jurídico real entre o homem e a mulher; um vínculo sobre o qual se apoia a autêntica dinâmica conjugal de vida e de amor. O matrimónio celebrado entre os esposos, aquele do qual a pastoral se ocupa é o mesmo do qual se ocupa a doutrina canónica: são uma única realidade natural e salvífica.
O direito a se casar, o ius connubii, deve ser visto nesta perspectiva. Não se trata, isto é, de uma reivindicação subjectiva que deve ser satisfeita pelos pastores mediante um mero reconhecimento formal, independentemente do contexto efectivo da união. O direito ao matrimónio pressupõe que se possa e se destina a celebrar realmente na verdade da sua essência, como ensinado pela Igreja. Ninguém pode reivindicar o direito de um casamento. (…)

O direito a casar-se suporta o direito a celebrar um matrimónio autêntico. Não se negaria portanto um matrimónio ali onde evidentemente não existissem impedimentos para seu exercício, quer dizer, cumprissem-se a capacidade, a vontade dos cônjuges, e a realidade natural do matrimónio.
Um sério discernimento neste aspecto, evitará que impulsos emotivos ou razões superficiais induzam os dois jovens a assumir responsabilidades que depois não saberiam honrar. (…)

Matrimónio e família são instituições que devem ser promovidas e defendidas de qualquer tipo de equívoco sobre sua verdade. (…)

A preparação para o sacramento do matrimónio, descritas pelo recordado Papa João Paulo II na exortação apostólica Familiaris consortio, tem uma finalidade que transcende a dimensão jurídica mas não se deve esquecer nunca, que o objectivo imediato de tal preparação é o de promover a livre celebração de um verdadeiro matrimónio. (…)

(Bento XVI, discurso aos membros da Rota Romana, 2011.01.22) fonte: ACI 

Apostolado - A Promessa


Tema para breve reflexão
A palavra de Deus revela-nos um mistério que se revelou na vida da humanidade, Realizou-se, com efeito, um acontecimento decisivo: o Senhor Jesus, o Cordeiro de Deus, ofereceu-Se a Si mesmo pela salvação do mundo. Desde então, começou uma nova história, e a Igreja de Jesus, com a força do Espírito Santo, é chamada a levar este anúncio da salvação a todos os povos, até aos confins da terra. É uma missão exigente, confiada às pessoas humildes dos Apóstolos, dos seus sucessores e colaboradores vindos de todos os povos, ao longo dos séculos, com a promessa que nenhum poder terreno poderá jamais interromper. 

(joão Paulo II, Passai um Ano Comigo, Meditações quotidianas, Editorial Verbo 1986, Tempo Pascal, pg. 112)

Evangelho e comentário do dia


Tempo comum - III Semana


Evangelho: Mc 16, 15-18
15 E disse-lhes: «Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda a criatura. 16 Quem crer e for baptizado, será salvo; mas quem não crer, será condenado. 17 Eis os milagres que acompanharão os que crerem: Expulsarão os demónios em Meu nome, falarão novas línguas, 18 pegarão em serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes, e serão curados».
Comentário:


Doutrina

 «RERUM NOVARUM»

Eis como pouco a pouco se formou esse património, que a Igreja sempre guardou com religioso cuidado como um bem próprio da família dos pobres. Ela chegou até a assegurar socorros aos infelizes, poupando-lhes a humilhação de estender a mão; porque esta mãe comum dos ricos e dos pobres, aproveitando maravilhosamente rasgos de caridade que ela havia provocado por toda a parte, fundou sociedades religiosas e uma multidão doutras instituições úteis que, pouco tempo depois, não deviam deixar sem alívio nenhum género de miséria.
Há hoje, sem dúvida, um certo número de homens que, fiéis ecos dos pagãos de outrora, chegam a fazer, mesmo dessa caridade tão maravilhosa, uma arma para atacar a Igreja; e viu-se uma beneficência estabelecida pelas leis civis substituir-se à caridade cristã; mas esta caridade, que se dedica toda e sem pensamento reservado à utilidade do próximo, não pode ser suprida por nenhuma invenção humana. Só a Igreja possui essa virtude, porque não se pode haurir senão no Sagrado Coração de Jesus Cristo, e é errar longe de Jesus Cristo estar afastado da Sua Igreja.