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17/01/2011

Papa escolhe protestante para liderar departamento científico.


MAIS ALTO



Ecumenismo

O Papa escolheu um protestante para chear a Academia de Ciências do Vaticano.
O escolhido foi Werner Arber, um biólogo molecular de nacionalidade suíça que dividiu um prémio Nobel de Medicina em 1978.
Um porta-voz do Vaticano, Ciro Benedettini, sublinhou que, pela primeira vez, um não-católico preside à Academia Pontifícia de Ciências, nos seus quatro séculos de existência.
A academia, de que Arber se tornou membro em 1981, ajuda os pontífices a compreender os avanços científicos em áreas que vão da genética à física nuclear.
Entre outros não-católicos que foram membros proeminentes da academia, mas não presidentes, encontra-se Rita Levi Montalcini, uma judia italiana que ganhou o Nobel de Medicina em 1986.
A decisão de Bento XVI não podia surgir num momento mais adequado, uma vez que por estes dias os cristãos de todo o mundo celebram a Semana de Oração para a Unidade Cristã, durante a qual se realizam diversos encontros ecuménicos e se reza para ultrapassar as barreiras que separam as Igrejas.

(fonte: Página 1)

VOTAR EM CONSCIÊNCIA


Os católicos têm a mais absoluta liberdade de voto, pois só em circunstâncias de excepcional gravidade a Igreja, através da voz autorizada da sua hierarquia, pode exigir aos seus fiéis que exerçam esse direito de uma forma concreta. Mas não sendo este o caso, na medida em que o episcopado não se pronunciou nesse sentido, cada cidadão cristão está chamado a decidir, em consciência, a modalidade da sua participação no próximo acto eleitoral.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada  

Diálogos apostólicos



Precisas de descansar. Isso parece-me óbvio.

Que tens coisas urgentes a fazer?

Olha que não há nada urgente que não possa esperar ao contrário da saúde que não se compadece com adiamentos.

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 (ama, 2011.01.17)

Ataques contra a Igreja em Espanha


OBSERVANDO

Pero detrás de este episodio barcelonés (Se suspenden las misas en una capilla de la Universidad de Barcelona), que no es sino una expresión más del despepitado odium fidei que sacude Occidente, como un escalofrío premonitorio de los dolores del parto (y lo que nazca de ese parto no quiero ni imaginarlo), subyace algo mucho más grave que una mera dejación de responsabilidades por parte de la autoridad académica, siendo esto asaz grave.
Y lo que detrás subyace no es sino el entendimiento —cada vez más extendido entre amplias capas de la sociedad, y alentado desde instancias de poder— de que la mera expresión pública de la fe católica es, en sí misma, conflictiva e indeseable; y que el mejor modo de evitar los problemas provocados por tal expresión de la fe es impedirla, o siquiera expulsarla de aquellos ámbitos donde pueda tropezarse con reacciones hostiles.
Tales reacciones, por supuesto, no son espontáneas, sino inducidas por un clima laicista irresponsablemente azuzado desde instancias de poder; y, una vez instauradas, no harán sino ganar terreno, en su voraz apetito colonizador.
Hoy se adueñan de una universidad, mañana lo harán de tal o cual barrio, pasado campearán triunfantes por doquier, expulsando a la clandestinidad la fe católica. Que en eso consiste, al fin y a la postre, la abominación de la desolación. 

Juan Manuel de Prada (Fonte INFOVITAE)

APOLOGIA DO VOTO INÚTIL

Entre o muito mau e o péssimo, o diabo que escolha!

Em tempos de eleições presidenciais, legislativas ou autárquicas, é recorrente o recurso ao argumento do voto útil. Na gíria política entende-se por voto útil a escolha do candidato ou do partido que, mesmo não reunindo as condições que o eleitor desejaria sufragar, é no entanto o menos mau dos candidatos com hipóteses de ganhar. Na perspectiva eleitoral, o voto num partido ou candidato que nunca poderá vencer é sempre um voto perdido ou, pior ainda, um voto nas candidaturas que ficariam beneficiadas com a inutilidade prática desse voto idealista.

Gonçalo Portocarrero de Almada

O Poder: a Verdade e a Mentira



OBSERVANDO

Há um ror de anos, vi um filme que, até hoje, tenho bem presente na memória e cujo enredo era:

“No início do fascismo em Itália, quando Mussolini se preparava para assumir o poder e já tinha apaniguados seus aos “comandos” de várias comarcas, numa pequena cidade aconteceram uma série de crimes de violação de jovens.

A polícia fascista da cidade empenhou-se a fundo e conseguiu descobrir o famigerado violador.

Claro que, as parangonas nos jornais e panfletos afixados em todas as ruas da cidade com a fotografia do criminoso, exaltavam a capacidade da justiça fascista, a celeridade com que o sujeito tinha sido descoberto, julgado e condenado a uns bons anos de cárcere. Toda a gente ficou a saber quem era o desgraçado, o que tinha feito e louvou a excelência da justiça fascista. Como o criminoso era casado e tinha filhos, a mulher e a restante família tiveram de mudar-se para outro local bem afastado da cidade onde os crimes tinham ocorrido, uma vez que não suportavam a vergonha de serem apontados nas ruas, as crianças expulsas das escolas etc.

Passados uns meses, quando Mussolini já era o Duce, com poderes supremos sobre toda a Itália, é, na mesma cidade, apanhado um fulano em flagrante acto de violação de uma menor.

Prontamente detido e depois de severamente interrogado, confessou que era ele o perpetrador de todas as violações ocorridas e algumas mais que a policia desconhecia. Claro que foi preso e condenado a pesadíssima pena e o desgraçado que estava preso foi libertado sem mais.

Posto perante os factos, Mussolini dá ordens terminantes à imprensa, rádio etc., que não emitisse nem uma palavra sobre ao assunto. Era imperioso que ninguém pudesse tomar conhecimento do erro monumental cometido pelas autoridades fascistas meses atrás. O fascismo não podia enganar-se nem arcar com a responsabilidade de uma injustiça de tal calibre.

Assim foi que, o pobre homem não podia sair à rua já que, conhecido como era e não tendo sido dita, ou escrita, uma palavra sobre a sua libertação e a que se devia, toda a gente pensava que era um foragido e caiam em cima dele sem dó nem piedade entregando-o sob os piores maus tratos, na esquadra próxima. Pela noite, a polícia soltava-o novamente, sempre, sem uma palavra, uma breve explicação que fosse.

Obviamente, ninguém lhe dava emprego e, a morrer de fome, e tendo conseguido descobrir o paradeiro da família lá conseguiu ir ao seu encontro.

A recepção foi catastrófica porque por mais que contasse à mulher e aos filhos o que tinha acontecido, estes não acreditavam nele e não o receberam.

O filme acaba da pior maneira: desesperado, sem eira nem beira, profundamente ferido na honra que não conseguia recuperar, ostracizado pela sociedade e pela própria família, o pobre homem enforca-se, tal como Judas, numa oliveira.”

Percebe-se a razão do título em epígrafe? Se o Poder não diz a verdade...mente?

AMA, 2011.01.19

Doutrina

«RERUM NOVARUM»

Pela Sua superabundante redenção, Jesus Cristo não suprimiu as aflições que formam quase toda a trama da vida mortal; fez delas estímulos de virtude e fontes de mérito, de sorte que não há homem que possa pretender as recompensas eternas, se não caminhar sobre os traços sanguinolentos de Jesus Cristo: «Se sofremos com Ele, com Ele reinaremos» (2Tm 2,12). Por outra parte, escolhendo Ele mesmo a cruz e os tormentos, minorou-lhes singularmente o peso e a amargura, e, a fim de nos tornar ainda mais suportável o sofrimento, ao exemplo acrescentou a Sua graça e a promessa duma recompensa sem fim: «Porque o momento tão curto e tão ligeiro das aflições, que sofremos nesta vida, produz em nós o peso eterno duma glória soberana incomparável» (2Cor 4,7)

Assim, os afortunados deste mundo são advertidos de que as riquezas não os isentam da dor; que elas não são de nenhuma utilidade para a vida eterna, mas antes um obstáculo (Mt 19,23-24); que eles devem tremer diante das ameaças severas que Jesus Cristo profere contra os ricos (Lc 6,24-25); que, enfim, virá um dia em que deverão prestar a Deus, seu juiz, rigorosíssimas contas do uso que hajam feito da sua fortuna

A Meditação

TEMA PARA BREVE REFLEXÃO



A meditação considera minuciosamente, um a um, os objectos mais próprios a comover-nos, mas a contemplação lança um olhar simples e concentrado no objecto que ama; a consideração assim concentrada, produz um movimento mais vivo e forte.
Pode-se apreciar a beleza de uma rica coroa de duas formas: ou analisando um por um, todos os florões e pedras preciosas de que é composta, ou então, depois de examinar deste modo cada uma das peças, observando com um simples olhar o efeito brilhante do conjunto.
Na meditação parece que examinamos em separado as perfeições divinas que resultam dum mistério; na contemplação juntamo-las num total. 

(S. Francisco de Sales, Tratado do Amor de Deus, Livro VI, Cap. V )

Evangelho e comentário do dia


Tempo comum - II Semana


Evangelho: Mc 2, 18-22

18 Os discípulos de João e os fariseus estavam a jejuar. Foram ter com Jesus, e disseram-Lhe: «Porque jejuam os discípulos de João e os fariseus, e os Teus discípulos não jejuam?». 19 Jesus respondeu-lhes: «Podem porventura jejuar os companheiros do esposo, enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo não podem jejuar. 20 Mas virão dias em que lhes será tirado o esposo e, então, nesses dias, jejuarão. 21 Ninguém cose um remendo de pano novo num vestido velho; pois o remendo novo arranca parte do velho, e o rasgão torna-se maior. 22 Ninguém deita vinho novo em odres velhos; de contrário, o vinho fará arrebentar os odres, e perder-se-á o vinho e os odres; mas, para vinho novo, odres novos».

Comentário:

A “novidade” que Cristo traz ao mundo é a interpretação da Lei de forma correcta, de forma nunca antes vista. Até então, os Rabis e Escribas interpretavam-na adaptando-a, como melhor lhes parecia como adequada às circunstâncias ou, até, aos seus interesses pessoais ou de classe.

Jesus faz ver e compreender que a Lei é imutável no seu conteúdo concreto e não pode nem ser mudada – num único til – nem adaptada em nenhum caso. 
A Lei de Deus aplica-se a toda a humanidade independentemente da condição, cultura, idade ou quaisquer outras circunstâncias que podem ocorrer. 


A Lei parece simples e é-o de facto, porque Deus nunca obrigaria o homem a nada que não estivesse ao seu alcance fazer e, muito menos a que cada um pudesse considerar-se, seja porque motivo for, mais ou menos obrigado a cumpri-la. 


(ama, Comentário sobre Mc 2, 8-22, 2010.12.22)