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13/12/2011

Evangelho do dia e comentário

Advento III Semana

Perante a vinda eminente do Senhor, os homens devem dispor-se interiormente, fazer penitência dos seus pecados, rectificar a sua vida para receber a graça especial divina que traz o Messias. Tudo isso significa esse aplanar os montes, rectificar e suavizar os caminhos de que fala o Baptista. (...) A Igreja na sua liturgia do Advento anuncia-nos todos os anos a vinda de Jesus Cristo, Salvador nosso, e exorta cada cristão a essa purificação da sua alma mediante uma renovada conversão interior[i]
Terça-Feira da III semana do Advento 13 de Dezembro


Evangelho: Mt 21, 28-32

28 «Mas que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Aproximando-se do primeiro, disse-lhe: “Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha”. 29 Ele respondeu: “Não quero”. Mas, depois, arrependeu-se e foi. 30 Dirigindo-se em seguida ao outro, falou-lhe do mesmo modo. E ele respondeu: “Eu vou, senhor”, mas não foi. 31 Qual dos dois fez a vontade do pai?». Eles responderam: «O primeiro». Disse-lhes Jesus: «Na verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes vos precederão no reino de Deus. 32 Porque veio a vós João pelo caminho da justiça, e não crestes nele; e os publicanos e as meretrizes creram nele. E vós, vendo isto, nem assim fizestes penitência depois, crendo nele.

Comentário:

Na pregação de João existem dois temas muito importantes: o arrependimento e a penitência.
Arrepender-se não é simplesmente lamentar algo que se fez mal ou que não se deveria ter feito; não basta. O arrependimento tem de ir mais longe, mais fundo no íntimo do homem.
Tem de ser o reconhecimento inequívoco, sem desculpas ou falsas razões, de um comportamento ou atitude em si mesmo ilícitos e proibidos e ter a consciência disso mesmo sem tergiversações:

“Fiz isto, nestas circunstâncias e com conhecimento de que não deveria fazê-lo, ou, eu não fiz o que devia ou o que era expectável que fizesse”.

Sentir pena, mágoa do mal que se fez ou do bem que se deixou de fazer.
Assim deve ser o arrependimento.

Só depois virá a penitência que consiste em fazer algo que de alguma forma apague ou pelo menos “esbata” mal que se fez.

(ama, comentário sobre Mt 21, 28-32, V. Moura, 2011.09.26)  

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