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17/11/2011

Evangelho do dia e comentário













T. Comum– XXXIII Semana




Evangelho: Lc 19, 41-44

41 Quando chegou perto, ao ver a cidade, chorou sobre ela, dizendo: 42 «Se ao menos neste dia que te é dado, tu também conhecesses o que te pode trazer a paz!... Mas agora isto está encoberto aos teus olhos. 43 Porque virão para ti dias em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, te sitiarão, te apertarão por todos os lados, 44 te deitarão por terra a ti e aos teus filhos que estão dentro de ti, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, porque não conheceste o tempo em que foste visitada».

Comentário:

A humanidade de Jesus está bem patente, sobretudo, quando, por um motivo ou outro, não consegue esconder a sua tristeza, o cansaço, a fome, a sede, o desejo de conviver com os amigos e a sua preocupação com os outros.
De facto Jesus chora com a notícia da morte de Lázaro, comove-se profundamente ante a viúva que, em, Naím, levava o único filho à sepultura; a fome leva-o a mostrar o seu desapontamento por não haver figos na figueira que depois ficou estéril; a sede que sentia determina a sua conversa com a Samaritana; o profundo cansaço rende-o ao ponto de adormecer numa barca no meio de uma tempestade; aceita convites para refeições em casa de pobres e de ricos, de fariseus, publicanos ou cobradores de impostos; e, foi a Sua preocupação pelos mais próximos, que determinou o seu acatamento à incitação de Santa Maria em Caná: Não têm vinho!
Jesus Cristo é, de facto, um verdadeiro Homem, está vivo, tem sentimentos, vibra como qualquer outro ante os acontecimentos da vida diária.
Deixemo-nos arrastar por este Jesus tão humano, tão – atrever-me-ia a dizer – igual a nós, não fora as nossas numerosas faltas e pecados.
Deixemos que, também o nosso coração, seja um coração de carne, com sentimentos autênticos de homens verdadeiros, que sabem dar valor mais às pessoas e menos às coisas, que conhecem e avaliam as circunstâncias da vida de todos os dias, não com o motivo de criticar, pesar ou avaliar, mas o de ser solidário, atento às necessidades dos outros, particularmente dos que estão próximos, empenhados na salvação das suas almas, de lhes proporcionar, se for caso disso, e os caminhos e direcções necessárias para chegar a esse Jesus que nos espera de braços abertos numa atitude acolhimento irrecusável.
(AMA, CE Pinheiro Manso, Porto, Lc 19, 41-44, 2006.11.23)

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