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10/11/2011

Educar a afectividade 1

Os afectos são imprescindíveis para uma vida plena. Mas é necessário educá-los para que contribuam realmente para a felicidade da pessoa.

A ideia de que aqueles sentimentos que diminuam ou anulem a liberdade são maus é muito antiga. Foi esta a grande preocupação da época grega, do pensamento oriental e de muitas das religiões antigas. Em todas as grandes tradições sapienciais da humanidade encontramos uma advertência sobre a importância de educar a liberdade do homem face aos seus desejos e sentimentos. Parece como se todas elas tivessem experimentado, já desde tempos muito remotos, que no interior do coração do homem há forças e solicitações contrapostas que com frequência lutam violentamente entre si.
Todas essas tradições falam da agitação das paixões; desejam a paz de uma conduta prudente, guiada por uma razão que se imponha sobre os desejos; apontam para uma liberdade interior no homem, para uma liberdade que não é um ponto de partida mas uma conquista que cada homem há-de realizar. Cada um deve adquirir domínio de si mesmo, impondo-se a regra da razão, e esse é o caminho daquilo que se começou a chamar virtude: a alegria e a felicidade virão como fruto de uma vida conforme a ela.

a. aguiló

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