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24/10/2011

Princípios filosóficos do Cristianismo

Filósofo
Rembrandt

Princípio da substância (II):

D) Heidegger

Em Heidegger o fenomenológico remonta à experiencia e ao sentido do ser. Se Heidegger estuda as dimensões existenciais do homem (Sein und Zeit) e a linguagem (Unterwegs zur Sprache) é porque nestas se revela o ser. Heidegger, queixando-se de que a metafísica se tivesse dedicado ao estudo dos entes, propugna superar o esquecimento do ser e abrir-se ao sentido do ser. Há uma diferença ontológica entre os entes e o ser. A questão heideggeriana versa sobre o ser dos entes. Os entes são-no graças ao ser. Se se parte do homem, é porque este é o único ser capaz de se interrogar pelo seu próprio ser e pelo ser dos entes. O homem é precisamente Dasein, porque nele se revela o Sein.
A questão do nada é o contraponto do ser: a experiencia do nada provem de que os entes não são o ser. O nada é o véu do ser, e é, por si mesmo, o caminho que abre o homem à experiencia do ser. O homem transcende os entes enquanto está aberto ao mundo e, através do mundo, ao ser. O homem transcende os entes e supera-os conferindo-lhes inteligibilidade, projectando sobre eles a luz do ser.

josé antonio sayés, [i] trad ama,


[i] Sacerdote, doutor em teologia pela Universidade Gregoriana e professor de Teologia fundamental na Faculdade de Teologia do Norte de Espanha.
Escreveu mais de quarenta obras de teologia e filosofia e é um dos Teólogos vivos mais importantes da Igreja Católica. Destacou-se pelas suas prolíferas conferências, a publicação de livros quase anualmente e pelos seus artigos incisivos em defesa da fé verdadeira.

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