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17/10/2011

Evangelho do dia e comentário
















T. Comum– XXIX Semana

Evangelho: Lc 12, 13-21

13 Então disse-Lhe alguém da multidão: «Mestre, diz a meu irmão que me dê a minha parte da herança». 14 Jesus respondeu-lhe: «Meu amigo, quem Me constituiu juiz ou árbitro entre vós?». 15 Depois disse-lhes: «Guardai-vos cuidadosamente de toda a avareza, porque a vida de cada um, ainda que esteja na abundância, não depende dos bens que possui». 16 Sobre isto propôs-lhes esta parábola: «Os campos de um homem rico tinham dado abundantes frutos. 17 Ele andava a discorrer consigo: Que farei, pois não tenho onde recolher os meus frutos? 18 Depois disse: Farei isto: Demolirei os meus celeiros, fá-los-ei maiores e neles recolherei o meu trigo e os meus bens, 19 e direi à minha alma: Ó alma, tu tens muitos bens em depósito para largos anos; descansa, come, bebe, regala-te. 20 Mas Deus disse-lhe: Néscio, esta noite virão demandar-te a tua alma; e as coisas que juntaste, para quem serão? 21 Assim é o que entesoura para si e não é rico perante Deus».

Comentário:

Ainda muito viva na minha mente a imagem do meu amigo António depositado no caixão na pequena capela da sua casa. De facto, quem ali estava já não era o António mas apenas o seu corpo de que a rigidez da morte já tomara posse.
Enquanto rezava pedindo pela sua alma, ocorreu-me a verdade patente no Evangelho. Não somos nada, não valemos nada e, sobretudo, morremos sem nada. Tudo quanto tivemos em vida, abundância ou escassez de bens, sabedoria ou ignorância, amor ou desafectos tudo fica num espólio que não levamos connosco. O Senhor, não saberia o que fazer com tudo isso tão importante para nós enquanto vivos e sem qualquer préstimo na hora, que sempre chega quando não sabemos, de prestarmos as nossas contas.
O António já pertence, neste momento, há história da sua família e dos seus amigos, mas, de facto, vive agora a verdadeira Vida que não acabará jamais.

Deve ser, esta, a vida que nos deve interessar e, tudo o resto, devemos fazê-lo e usufrui-lo com esse objectivo.

(ama, comentário sobre Lc 12, 13-21, 2010.08.01)

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