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28/07/2011

Uma história real com o Anjo da Guarda

Em 19 de Abril de 1912 o Papa Pio X  recebeu afavelmente Don Orione, [1] que o pôs ao corrente dos progressos conquistados na Vía Apia Nueva, a Patagónia italiana, sugerindo-lhe a necessidade de erigir ali um grande templo. O Pontífice prometeu-lhe criar naquele bairro a Paróquia de Todos os Santos, a qual poria sob a direcção dos Filhos da Divina Providência. Com efeito, em 1920 inaugurou o templo nos arredores de São João de Latrão e Don Orione designou como seu primeiro pároco Don Roberto Rizzi.
Don Orione ao ver a paternal benevolência que o Papa lhe dispensava, animou-se a expressar-lhe o anseio que guardava no seu coração.
- Santo Padre: desejo pedir-lhe uma graça muito grande.
- Vejamos em que consiste esta graça tão grande disse Pio X, sorrindo.
Don Orione expôs-lhe confiadamente os principais fins dos seus institutos e pediu-lhe, que desejando fazer os votos perpétuos, se dignasse recebe-los pessoalmente. Pio X acedeu. Don Orione, pensando que deveria fazê-los noutra audiência, continuou a falar, e ao concluir a sua exposição e dispor-se a sair, perguntou:
- Santo Padre, quando posso vir para fazer os santos votos?
- Pois, agora mesmo! - respondeu o Papa.
Profundamente emocionado, Don Orione ajoelhou-se, abraçando e beijando os pés do venerando pontífice. Tirou do bolso o estatuto dos Pequenos Filhos da Divina Providencia e abriu-o na página assinalada com a fórmula do juramento. Nesse instante solene lembrou-se, consternado, que era necessária a presencia de duas testemunhas, e não havia ali ninguém que pudesse oficiar, pois a audiência era privada. Alzando los ojos, imploró:
- Santo Padre, são necessárias duas testemunhas… a menos que Vossa Santidade se digne dispensá-las…
O Papa olhou com um sorriso beatífico o filho fiel que tinha a seus pés:
- Serão testemunhas o meu anjo da guarda e o teu.
E ali, prostrado ante o vigário de Cristo, Don Orione formulou os seus votos perpétuos”

luis antequera, trad ama



[1] Luigi Orione, conhecido como Don Orione (1872-1940), é um santo italiano canonizado por João Paulo II en 1984 que missionou no Brasil, Uruguay, Argentina e Chile, países em que se lhe professa merecida veneração. Ordenado sacerdote em 1895, é o fundador numerosas ordens missionárias, como a Pequeña Obra de la Divina Providencia,  conhecida também como Obra Don Orione, os Ermitaños de la Divina Providencia, as Pequeñas Hermanas Misioneras de la Caridad, as Hermanas Adoratrices Sacramentinas

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