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11/07/2011

Centenário da morte de Francisco José de Sousa Gomes (1860-1911)

Observando
Nascido em Braga, a 18 de Dezembro de 1860, Francisco Sousa Gomes chegou a Coimbra, em 1877, onde se matricula nas Faculdades de Matemática e de Filosofia. Depois de feito o doutoramento em Filosofia (1882) é eleito sócio da Academia Real de Ciências (1886) e presidente da Confraria da Rainha Santa (1893). A sua fama ultrapassa fronteiras e, em 1895, é eleito sócio da Sociedade Química de Paris.

«O catolicismo sabe bem que o homem não vive só de pão, mas sabe igualmente que lhe é indispensável o pão. Para ele o problema social não é um simples problema moral, como alguns espiritualistas utópicos pensam; nem uma questão meramente económica, como julgam os socialistas. Ele sabe que a igualdade absoluta é irrealizável neste mundo; mas sabe também que se pode alcançar uma igualdade relativa, que se podem atenuar as desigualdades actuais e nisso trabalha com todas as forças».[i]

«É preciso ser-se católico, mas é preciso sê-lo a valer. Ser católico só para ir à igreja sem consulta prévia quando nos levam ao baptismo e aos responsos da sepultura; para ir à igreja por um mero ato de condescendência social quando nos vamos casar, por cumprimento de deveres de civilidade quando se canta um «Te Deum» oficial ou se enterra algum amigo nosso; por curiosidade de bom-tom quando vamos à missa da moda ou a alguma festa que meta boa música e sermão com muitas flores de retórica – não basta! Esse é catolicismo à flor da pele que não serve para nada, e que até me é menos simpático do que a irreligiosidade declarada mas cortês».[ii]

Ecclesia


[i] (Conferência no Círculo Católico Operário de Viseu sobre «A Questão Social»)
[ii] (Conferência no Círculo Católico Operário do Porto, em Julho de 1907)

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