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01/06/2011

Evangelho do dia e comentário








Páscoa – VI Semana




Evangelho: Jo 16, 12-15

12 Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não as podeis compreender agora. 13 Quando vier, porém, o Espírito da Verdade, Ele vos guiará no caminho da verdade total, porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e anunciar-vos-á as coisas que estão para vir. 14 Ele Me glorificará, porque receberá do que é Meu e vo-lo anunciará. 15 Tudo quanto o Pai tem é Meu. Por isso Eu vos disse que Ele receberá do que é Meu e vo-lo anunciará.

Comentário:

Santíssima Trindade.
Algumas religiões, concretamente, a Judaica, o Islamismo e o Cristianismo, são teocráticas, isto é, acreditam num Deus único.
A religião cristã considera como dogma que Deus é, de facto um só, mas formado por Três Pessoas distintas: o Pai, o Filho, o Espírito Santo.
Como se explica isto?
Não sei, mas deixo-me divagar.
Vejo a Santíssima Trindade, este Deus Uno e Trino, como se fosse um livro.
·         Primeiro: tomemos três folhas de papel;
·         Segundo: enchemos essas folhas de papel, com escrita, talvez sequencial e, provavelmente, considerando um mesmo tema;
·         Terceiro: juntamos as três folhas de papel escritas, unindo-as fortemente formando um todo.

Esta acção transforma as folhas de papel em páginas.
Porquê?

Porque pelo facto de estarem unidas num todo, assumem essa identidade.
A esta nova realidade chamamos livro.
Continuamos a ter, essencialmente, três folhas de papel com algo escrito, mas passaram a designar-se páginas, porque estão unidas num livro.
Ou seja, para termos um livro precisamos de, pelo menos, estas duas coisas:
·         Páginas (Folhas de papel escritas;
·         União firme das páginas;

A entidade de cada coisa permanece individual, a sua união, porém, dá origem a uma coisa nova: um livro.
O livro tem valor enquanto tal, mas o valor de cada coisa mantém-se, ou seja, não é a soma do valor intrínseco de cada coisa que determina o valor do livro mas a união das três coisas.
Não posso considerar um livro que seja apenas uma união de folhas de papel, estas têm de estar escritas.
A escrita tem de ser feita em folhas de papel para poderem assumir a identidade de páginas e formar um livro.

Deus é uma única pessoa?

Sim, Deus poderia ser o que quisesse ser: duas, cinco, mil pessoas, mas Jesus Cristo revelou que Deus é Trino, isto é, Três Pessoas: Pai, Filho, Espírito Santo.
O que acontece é que a ''substância'' de Deus é Amor.
Um amor de tal, forma incomensurável que gera uma Segunda Pessoa. Por sua vez, o amor destas duas Pessoas gera uma Terceira Pessoa: o Espírito Santo.
São, de facto, Três Pessoas distintas, mas, tão fortemente unidas pelo Amor, que formam um único Deus.
Assim, não temos três deuses mas um único Deus constituído por três Pessoas.
Isto não é uma explicação, porque os mistérios não se explicam. Abordam-se e pensam-se numa lógica humana.
Para se aceitarem, isto nunca pode ser suficiente e bastante, sendo absolutamente necessária FÉ.


(ama, Domingo da Santíssima Trindade, Esposende, 2010.05.30)

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