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07/06/2011

Criação, Fé e Ciência

Caminho e Luz
A debilidade do relativismo

6. O relativismo cultural é uma teoria débil


O autor agora põe a sua atenção num dos conceitos mais populares, o do relativismo cultural, assinalando os pontos seguintes.
Primeiro, contradiz-se a si mesmo. O relativismo cultural parte da noção de que não existe o bom nem o mau nas culturas, quer dizer, aplica um critério que é o da flexibilidade para comparar culturas.
Necessariamente supõe que esse padrão de comparação é bom e se o bom e o mau são impossíveis de identificar, então esse padrão não existiria. Usar um padrão de bom-mau significa admitir que é possível diferenciar entre o certo-falso, o entre o bom-mau.
Segundo, tudo seria admissível. Se se admite como bom o que se pensa, crê e faz numa cultura, então teria que aceitar-se que, por exemplo, o nazismo deve ser visto positivamente. Se nalgumas culturas a escravidão foi considerada aceitável, deve admitir-se que a escravidão é boa, pelo menos em alguns tempos, mas que agora já não o é.
Além disso, o relativismo cultural é uma ideia das culturas ocidentais. Aceitá-lo seria admitir que esse traço é positivo e deve ser imposto em culturas nas quais não existe, o que contradiz a expectativa lógica: que a não existência do relativismo cultural nalgumas culturas deve ser visto como bom.

eduardo garcía gaspar, conoZe, 2011.04.13, trad ama


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